tag:blogger.com,1999:blog-41844185935785214032024-02-07T02:29:26.357-03:00Porto Alegre RESISTE!*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.comBlogger29125tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-42484117872901427932012-12-14T21:03:00.000-02:002012-12-14T21:03:23.415-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte XX<span style="color: #660000;"><b>Definido, no capítulo anterior, o que é um Contra-Revolucionário, passo a trancrever o Capítulo V, da Parte II, do livro "Revolução e Contra-Revolução", no qual o Prof. Dr. Plínio Correa de Oliveira nos ensina a TÁTICA a ser usada para combater a Revolução e o Capítulo VI, da parte II, do mesmo livro, no qual é descrito pelo autor os MEIOS DE AÇÃO Contra-Revolucionária. </b></span><br />
<span style="color: #660000;"><b>Creio serem estes, os mais importantes capítulos para quem quer, de fato, combater a desordem instalada no cenário atual.</b></span><br />
<br />
<div align="center" class="tituloRCR">
Parte II</div>
<br />
<div align="center" class="tituloartigo">
Capítulo V<br />A Tática da Contra-Revolução</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGVg4NArFHfyRiZpRtafgT7_Ver-18AOTR3TV2cOYBeDyMvS0rwxIa2z_hxTweI5mDI4HymVOMS9hO4uoLLGzyAg1TQbK48PPaD5Qm0KgIMD13LLDRyxSi5rwOGdxINpCTlnuZlkhIxtA/s1600/Rosario_armadocontrarevolucionario.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGVg4NArFHfyRiZpRtafgT7_Ver-18AOTR3TV2cOYBeDyMvS0rwxIa2z_hxTweI5mDI4HymVOMS9hO4uoLLGzyAg1TQbK48PPaD5Qm0KgIMD13LLDRyxSi5rwOGdxINpCTlnuZlkhIxtA/s320/Rosario_armadocontrarevolucionario.jpg" width="270" /></a></div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">A Tática da Contra-Revolução pode
ser considerada em pessoas, grupos, ou correntes de opinião, em função
de três tipos de mentalidade: o contra-revolucionário atual, o
contra-revolucionário potencial e o revolucionário.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><strong> 1. EM RELAÇÃO AO CONTRA-REVOLUCIONÁRIO ATUAL</strong></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"> O contra-revolucionário atual é
menos raro do que nos parece à primeira vista. Possui ele uma clara
visão das coisas, um amor fundamental à coerência e um ânimo forte. Por
isto tem uma noção lúcida das desordens do mundo contemporâneo e das
catástrofes que se acumulam no horizonte. Mas sua própria lucidez lhe
faz perceber toda a extensão do isolamento em que tão freqüentemente se
encontra, num caos que lhe parece sem solução. Então o
contra-revolucionário, muitas vezes, se cala, abatido. Triste situação: “<em>Vae soli</em>”, diz a Escritura<sup>[1]</sup>. </span></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial;"><em><sup>[1]</sup> Ecle. 4,10. </em><br />
</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"> Uma ação contra-revolucionária
deve ter em vista, antes de tudo, detectar esses elementos, fazer com
que se conheçam, com que se apoiem uns aos outros para a profissão
pública de suas convicções. Ela pode realizar-se de dois modos diversos:</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><strong>A. Ação individual</strong></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Esta ação deve ser feita antes de
tudo na escala individual. Nada mais eficiente que a tomada de posição
contra-revolucionária franca e ufana de um jovem universitário, de um
oficial, de um professor, de um Sacerdote sobretudo, de um aristocrata
ou um operário influente em seu meio. A primeira reação que obterá será
por vezes de indignação. Mas se perseverar por um tempo que será mais
longo, ou menos, conforme as circunstâncias, verá, pouco a pouco,
aparecerem companheiros.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><strong>B. Ação em conjunto</strong> </span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"> Esses contactos individuais
tendem, naturalmente, a suscitar nos diversos ambientes vários
contra-revolucionários que se unem numa família de almas cujas forças se
multiplicam pelo próprio fato da união.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><strong> 2. EM RELAÇÃO AO CONTRA-REVOLUCIONÁRIO POTENCIAL</strong></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"> Os contra-revolucionários devem
apresentar a Revolução e a Contra Revolução em todos os seus aspectos,
religioso, político, social, econômico, cultural, artístico, etc. Pois
os contra-revolucionários potenciais as vêem em geral por alguma faceta
particular apenas, e por esta podem e devem ser atraídos para a visão
total de uma e de outra. Um contra-revolucionário que argumentasse
apenas em um plano, o político, por exemplo, limitaria muito seu campo
de atração, expondo sua ação à esterilidade, e, pois, à decadência e à
morte.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"> <strong> 3. EM RELAÇÃO AO REVOLUCIONÁRIO</strong></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"> <strong> A. A iniciativa contra-revolucionária </strong></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"> Em face da Revolução e da
Contra-Revolução não há neutros. Pode haver, isto sim, não combatentes,
cuja vontade ou cujas veleidades estão, porém, conscientemente ou não em
um dos dois campos. Por revolucionários entendemos, pois, não só os
partidários integrais e declarados da Revolução, como também os
“semicontra-revolucionários”. </span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"> A Revolução tem progredido, como vimos, à custa de ocultar seu vulto total, seu espirito verdadeiro, seus fins últimos. </span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"> O meio mais eficiente de
refutá-la junto aos revolucionários consiste em mostrá-la inteira, quer
em seu espirito e nas grandes linhas de sua ação, quer em cada uma de
suas manifestações ou manobras aparentemente inocentes e
insignificantes. Arrancar-lhe, assim, os véus é desferi-lhe o mais duro
dos golpes. </span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"> Por esta razão, o esforço contra-revolucionário deve entregar-se a esta tarefa com o maior empenho. </span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"> Secundariamente, é claro, os
outros recursos de uma boa dialética são indispensáveis para o êxito de
uma ação contra-revolucionária. </span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"> Com o “<em>semicontra-revolucionário</em>”, como aliás também com o revolucionário que tem “<em>coágulos</em>”
contra-revolucionários, há certas possibilidades de colaboração, e esta
colaboração cria um problema especial: até que ponto é ela prudente? A
nosso ver, a luta contra a Revolução só se desenvolve convenientemente
ligando entre si pessoas radical e inteiramente isentas do vírus desta.
Que os grupos contra-revolucionários possam colaborar com elementos como
os acima mencionados, em alguns objetivos concretos, facilmente se
concebe. Mas, admitir uma colaboração onímoda e estável com pessoas
infectadas de qualquer influência da Revolução é a mais flagrante das
imprudências e a causa, talvez, da maior parte dos malogros
contra-revolucionários.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"> <strong> B. A contra-ofensiva revolucionária </strong></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"> O revolucionário, em via de
regra, é petulante, verboso e afeito à exibição, quando não tem
adversários diante de si, ou os tem fracos. Contudo, se encontra quem o
enfrente com ufania e arrojo, ele se cala e organiza a campanha de
silêncio. Um silêncio em meio ao qual se percebe o discreto zumbir da
calúnia, ou algum murmúrio contra o “excesso de lógica” do adversário,
sim. Mas um silêncio confuso e envergonhado que jamais é entrecortado
por alguma réplica de valor. Diante desse silêncio de confusão e
derrota, poderíamos dizer ao contra-revolucionário vitorioso as palavras
espirituosas escritas por Veuillot em outra ocasião: “<em>Interrogai o silêncio, e ele nada vos responderá</em>”<sup>[2]</sup>. </span></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial;"><em><sup>[2]</sup> Oeuvres Complètes, P. Lethielleux Librairie-Editeur, Paris, vol. XXXIII, p. 349.</em></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"> <strong> 4. ELITES E MASSAS NA TÁTICA CONTRA-REVOLUCIONÁRIA </strong></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"> A Contra-Revolução deve procurar,
quanto possível, conquistar as multidões. Entretanto, não deve fazer
disso, no plano imediato, seu objetivo principal, e um
contra-revolucionário não tem razão para desanimar pelo fato de que a
grande maioria dos homens não está atualmente de seu lado. Um estudo
exato da Historia nos mostra, com efeito, que não foram as massas que
fizeram a Revolução. Elas se moveram num sentido revolucionário porque
tiveram atrás de si elites revolucionárias. Se tivessem tido atrás de si
elites de orientação oposta, provavelmente se teriam movido num sentido
contrário. O fator massa, segundo mostra a visão objetiva da História, é
secundário; o principal é a formação das elites. Ora, para essa
formação, o contra-revolucionário pode estar sempre aparelhado com os
recursos de sua ação individual, e pode pois obter bons frutos, apesar
da carência de meios materiais e técnicos com que, às vezes, tenha que
lutar.</span></div>
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
<div align="center" class="tituloRCR">
Parte II</div>
<br />
<div align="center" class="tituloartigo">
Capítulo VI<br />Os meios de ação da Contra-Revolução</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><strong>1. TENDER PARA OS GRANDES MEIOS DE AÇÃO</strong></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Em principio, é claro, a ação
contra-revolucionária merece ter à sua disposição os melhores meios de
televisão, rádio, imprensa de grande porte, propaganda racional,
eficiente e brilhante. O verdadeiro contra-revolucionário deve tender
sempre à utilização de tais meios, vencendo o estado de espírito
derrotista de alguns de seus companheiros que, de antemão, abandonam a
esperança de dispor deles porque os vêm sempre na posse dos filhos das
trevas.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Entretanto, devemos reconhecer
que, in concreto, a ação contra-revolucionária terá de se realizar
muitas vezes sem esses recursos.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><strong>2. UTILIZAR TAMBÉM OS MEIOS MODESTOS: SUA EFICÁCIA</strong></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Ainda assim, e com meios dos mais
modestos, poderá ela alcançar resultados muito apreciáveis, se tais
meios forem utilizados com retidão de espírito e inteligência. Como
vimos, é concebível uma ação contra-revolucionária reduzida à mera
atuação individual. Mas não se pode concebê-la sem esta última. A qual,
por sua vez, desde que bem feita, abre as portas para todos os
progressos.<br />
Os pequenos jornais de inspiração contra-revolucionária, quando de bom
nível, têm uma eficácia surpreendente, principalmente para a tarefa
primordial de fazer com que os contra-revolucionários se conheçam.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Tão ou mais eficientes podem ser o livro, a tribuna e a cátedra, a serviço da Contra-Revolução.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="color: #660000;"><b>Até o próximo Capítulo, no qual o autor adverte sobre alguns obstáculos que a Contra-Revolução poderá encontrar. Até lá!</b></span></div>
</div>
</div>
*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-46612039687668555192012-12-02T19:18:00.002-02:002012-12-14T21:12:50.956-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte XIX<span style="color: #660000;"><b>Neste artigo, transcreverei o Capítulo IV, da Parte II, do livro "Revolução e Contra-Revolução", onde Dr. Plínio Corrêa de Oliveira define o que é um contra-revolucionário e, também, estabelece a diferença entre este e o "semicontra-revolucionário" - que é um filho da Revolução - como explicitou muito bem, anteriormente, no Capítulo IX da parte I, deste mesmo livro. Ou seja: segundo o autor, na alma do semicontra-revolucionário começa a vacilar o ídolo da Revolução, pois embora possa viver em meio fortemente tradicionalista e moralizado, tem o espírito marcado pela mesma. Assim que um autêntico contra-revolucionário só poderá ser total! Vejamos, então, o que é um contra-revolucionário:</b></span><br />
<br />
<div align="center" class="tituloRCR">
Parte II</div>
<br />
<div align="center" class="tituloartigo">
Capitulo IV<br />
O que é um contra-revolucionário?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqknsxQ_eXDXFI56Y9yAsJ_vFVz7qYOLFm5FZ3Bu9Mc00kg-zXVEVaOSHjVAZqTfVUlyqOAW2quAEVKbrv5WhzuahkvSsWEaOZpn0c9Hv6KU89PEsPhff6Dj0PNkXz5ABlbJexrnzYvKk/s1600/385023_323279767683358_2105985731_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqknsxQ_eXDXFI56Y9yAsJ_vFVz7qYOLFm5FZ3Bu9Mc00kg-zXVEVaOSHjVAZqTfVUlyqOAW2quAEVKbrv5WhzuahkvSsWEaOZpn0c9Hv6KU89PEsPhff6Dj0PNkXz5ABlbJexrnzYvKk/s320/385023_323279767683358_2105985731_n.jpg" width="266" /></a></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div class="tituloartigo" style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial;">Pode-se responder à pergunta em epígrafe de duas maneiras:<br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial;"><b>1. EM ESTADO ATUAL</b><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Em estado atual, contra-revolucionário é quem:<br />
</span><br />
<blockquote>
<span style="font-family: Arial;">- Conhece a Revolução, a ordem e a Contra-Revolução em seu espírito, suas doutrinas, seus métodos respectivos.</span></blockquote>
<blockquote>
<span style="font-family: Arial;">- Ama a Contra-Revolução e a ordem cristã, odeia a Revolução e a “anti-ordem”.</span></blockquote>
<blockquote>
<span style="font-family: Arial;">- Faz desse amor e desse ódio o eixo em torno do qual gravitam todos os seus ideais, preferências e atividades.</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Claro está que essa atitude de alma não exige
instrução superior. Assim como Santa Joana D Arc não era teólogo mas
surpreendeu seus juizes pela profundidade teológica de seus pensamentos,
assim os melhores soldados da Contra-Revolução, animados por uma
admirável compreensão do seu espírito e dos seus objetivos, têm sido
muitas vezes simples camponeses, da Navarra, por exemplo, da Vendéa ou
do Tirol.</span></blockquote>
<span style="font-family: Arial;"><b>2. EM ESTADO POTENCIAL</b><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Em estado potencial, contra-revolucionários são os
que têm uma ou outra das opiniões e dos modos de sentir dos
revolucionários, por inadvertência ou qualquer outra razão ocasional, e
sem que o próprio fundo de sua personalidade esteja afetado pelo
espirito da Revolução. Alertadas, esclarecidas, orientadas, essas
pessoas adotam facilmente uma posição contra-revolucionária. E nisto se
distinguem dos “semicontra-revolucionários” de que atrás falávamos<sup>[1]</sup>.</span><br />
<i><sup>[1]</sup> Parte I - Cap. IX.</i> </div>
<div class="tituloartigo" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="tituloartigo" style="text-align: left;">
<span style="color: #660000;"><b>Interessante observar que aqui se faz mais nítida a distinção entre os semicontra-revolucionários e o autêntico contra-revolucionário: este</b></span> "<span style="font-family: Arial;">Ama a Contra-Revolução e a ordem cristã, odeia a Revolução e a “anti-ordem”<span style="color: #660000;"><b>, </b></span></span><span style="color: #660000;"><b>como disse o Dr. Plínio. Mas estes ainda são poucos, hoje em dia. Não obstante, os semicontra-revolucionários até conservam - em um ou muitos pontos - uma atitude contra-revolucionária, porém se encontram impregnados pela Revolução, mormente, pela tática gramscista da mesma, como já falei anteriormente. São ainda a grande maioria!</b></span></div>
<div class="tituloartigo" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="tituloartigo" style="text-align: left;">
<span style="color: #660000;"><b>No próximo artigo será abordada a tática da Contra-Revolução. Até lá!</b></span></div>
*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-43652950439094606922012-11-16T21:27:00.000-02:002012-11-22T23:16:48.952-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte XVIII<span style="color: #660000;"><b>Neste artigo transcreverei o Capítulo III, da Parte II, da magna obra do Dr. Plínio Corrêa de Oliveira, "Revolução e Contra-Revolução", no qual ele define como deverá ser a Ordem nascida da Contra-Revolução - que deverá refulgir ainda mais do que a da Idade Média -, a missão de defender os valores ainda vivos do passado e a concepção contra-revolucionária do progresso. </b></span><br />
<br />
<div align="center" class="tituloRCR">
Parte II</div>
<br />
<div align="center" class="tituloartigo">
Capitulo III<br />
A Contra-Revolução e o prurido de novidades<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5hhflyEkBhqJAPvY38AtQtotYFiEfpVy7Zd1FSuDvAbU4LrtygXe70aBCV68YMEePyinWIghNEzCyWCFrF6ymBryjVHOnsJd6J-BVSz7DEQZ2nc9NuLOHIvyQ01iPI9KAPV7hyUygJrk/s1600/Heilbronn-Kilianskirche-Glasscheibe-ErzEngelMichael-521x1024.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5hhflyEkBhqJAPvY38AtQtotYFiEfpVy7Zd1FSuDvAbU4LrtygXe70aBCV68YMEePyinWIghNEzCyWCFrF6ymBryjVHOnsJd6J-BVSz7DEQZ2nc9NuLOHIvyQ01iPI9KAPV7hyUygJrk/s320/Heilbronn-Kilianskirche-Glasscheibe-ErzEngelMichael-521x1024.jpg" width="217" /></a></div>
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">A tendência de tantos de nossos
contemporâneos, filhos da Revolução, de amar sem restrições o presente,
adorar o futuro e votar incondicionalmente o passado ao desprezo e ao
ódio, suscita a respeito da Contra-Revolução um conjunto de
incompreensões que importa fazer cessar. Sobretudo, afigura-se a muitas
pessoas que o caráter tradicionalista e conservador desta última faz
dela uma adversaria nata do progresso humano.<br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>1. A CONTRA-REVOLUÇÃO É TRADICIONALISTA</b><br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><i><b>A. Razão</b></i><br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">A Contra-Revolução, como vimos, é
um esforço que se desenvolve em função de uma Revolução. Esta se volta
constantemente contra todo um legado de instituições, de doutrinas, de
costumes, de modos de ver, sentir e pensar cristãos que recebemos de
nossos maiores, e que ainda não estão completamente abolidos. A
Contra-Revolução é, pois, a defensora das tradições cristãs.<br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><i><b>B. A mecha que ainda fumega</b></i><br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">A Revolução ataca a civilização
cristã mais ou menos como certa árvore da floresta brasileira, a
figueira brava (Urostigma olearia), que, crescendo no tronco de outra, a
envolve completamente e a mata. Em suas correntes “moderadas” e de
velocidade lenta, acercou-se a Revolução da civilização cristã para
envolvê-la de todo e matá-la. Estamos num período em que esse estranho
fenômeno de destruição ainda não se completou, isto é, numa situação
híbrida em que aquilo a que quase chamaríamos restos mortais da
civilização cristã, somado ao perfume e à ação remota de muitas
tradições, só recentemente abolidas, mas que ainda têm alguma coisa de
vivo na memória dos homens, coexiste com muitas instituições e costumes
revolucionários.<br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Em face dessa luta entre uma
esplendida tradição cristã em que ainda palpita a vida, e uma ação
revolucionária inspirada pela mania de novidades a que se referia Leão
XIII, nas palavras iniciais da Encíclica Rerum Novarum, é natural que o
verdadeiro contra-revolucionário seja o defensor nato do tesouro das
boas tradições, porque elas são os valores do passado cristão ainda
existentes e que se trata exatamente de salvar. Nesse sentido, o
contra-revolucionário atua como Nosso Senhor, que não veio apagar a
mecha que ainda fumega, nem romper o arbusto partido<sup>[1]</sup>. Deve
ele, portanto, procurar salvar amorosamente todas essas tradições
cristãs. Uma ação contra-revolucionária é, essencialmente, uma ação
tradicionalista.</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="right">
<i><span style="font-family: Arial;"><sup>[1]</sup></span><span style="font-family: Arial;"> Cfr. Mt. 12,20.</span></i></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><i><b>C. Falso tradicionalismo</b></i><br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">O espirito tradicionalista da
Contra-Revolução nada tem de comum com um falso e estreito
tradicionalismo que conserva certos ritos, estilos ou costumes por mero
amor às formas antigas e sem qualquer apreço pela doutrina que os gerou.
Isto seria arqueologismo, não sadio e vivo tradicionalismo.<br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>2. A CONTRA-REVOLUÇÃO É CONSERVADORA</b><br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">A Contra-Revolução é conservadora? Em um sentido, sim, e profundamente. E em outro sentido, não, também profundamente.<br />
Se se trata de conservar, do presente, algo que é bom e merece viver, a Contra-Revolução é conservadora.<br />
Mas se se trata de perpetuar a situação híbrida em que nos encontramos,
de sustar o processo revolucionário nesta etapa, mantendo-nos imóveis
como uma estátua de sal, à margem do caminho da História e do Tempo,
abraçados ao que há de bom e de mau em nosso século, procurando assim
uma coexistência perpétua e harmônica do bem e do mal, a
Contra-Revolução não é nem pode ser conservadora.<br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>3. A CONTRA-REVOLUÇÃO É CONDIÇÃO ESSENCIAL DO VERDADEIRO PROGRESSO</b><br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">A Contra-Revolução é
progressista? Sim, se o progresso for autêntico. E não, se for a marcha
para a realização da utopia revolucionaria.<br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Em seu aspecto material,
consiste o verdadeiro progresso no reto aproveitamento das forças da
natureza, segundo a Lei de Deus e a serviço do homem. Por isso, a
Contra-Revolução não pactua com o tecnicismo hipertrofiado de hoje, com a
adoração das novidades, das velocidades e das máquinas, nem com a
deplorável tendência a organizar <i>more mechanico</i> a sociedade humana. Estes são excessos que Pio XII condenou com profundidade e precisão</span><span style="font-family: Arial;"><sup>[2]</sup></span><span style="font-family: Arial;">.</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="right">
<i><span style="font-family: Arial;"><sup>[1]</sup></span><span style="font-family: Arial;"> Cfr. Radiomensagem de Natal de 1957 – Discorsi e Radiomessaggi, vol. XIX, p. 670.</span></i></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">E nem é o progresso material de
um povo o elemento capital do progresso cristãmente entendido. Consiste
este, sobretudo, no pleno desenvolvimento de todas as suas potências de
alma, e na ascensão dos homens rumo à perfeição moral. Uma concepção
contra-revolucionária do progresso importa, pois, na prevalência dos
aspectos espirituais deste sobre os aspectos materiais. Em conseqüência,
é próprio à Contra-Revolução promover, entre os indivíduos e as
multidões, um apreço muito maior por tudo quanto diz respeito à Religião
verdadeira, à verdadeira filosofia, à verdadeira arte e à verdadeira
literatura, do que pelo que se relaciona com o bem do corpo e o
aproveitamento da matéria.<br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Por fim, para demarcar a
diferença entre os conceitos revolucionário e contra-revolucionário de
progresso, importa notar que o último toma em consideração que este
mundo será sempre um vale de lágrimas e uma passagem para o Céu, ao
passo que para o primeiro o progresso deve fazer da terra um paraíso no
qual o homem viva feliz, sem cogitar da eternidade.<br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Pela própria noção de reto progresso, vê-se que este tem por contrário o progresso da Revolução.<br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Assim, a Contra-Revolução é
condição essencial para que seja preservado o desenvolvimento normal do
verdadeiro progresso, e derrotada a utopia revolucionaria, que de
progresso só tem aparências falaciosas.</span><br />
<br />
<span style="color: #660000;"><b>Aguardem os próximos artigos!</b></span></div>
</div>
*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-19373953519486615352012-11-13T20:21:00.000-02:002012-11-13T20:21:47.223-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte XVII<b style="color: #660000;">Tendo encerrado no último artigo a publicação da Parte I - "A Revolução" - do livro do Dr. Plínio Corrêa de Oliveira, "Revolução e Contra-Revolução", passo agora, no presente artigo, a reproduzir, a Parte II – "A Contra-Revolução".<br /><br />Na Primeira Parte, Dr. Plínio denominou Revolução o processo já cinco vezes secular que vem destruindo a Cristandade, desde o declínio da Idade Média, época em que o ideal católico de sociedade mais se aproximou de sua realização. Na Segunda Parte, o autor falará sobre a Contra-Revolução, a qual entende como sendo a reação organizada que se opõe à Revolução e que visa restaurar a Cristandade.<br /><br />No presente artigo, irei postar os Capítulos I e II, da Segunda Parte do livro "Revolução e Contra-Revolução".</b><br /><br />
<div align="center" class="tituloRCR">
Parte II</div>
<br />
<div align="center" class="tituloartigo">
Capítulo I<br />Contra-Revolução é Reação</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2rQeZTECK0w1Zz2HcgeyBmz2iqgZ1NVJEVAGQJoF8RPm1xroq5znHxQNr8YaAcL08PXAJJpnxXRAbhr9kgjwq4BgBgMdGEbYYOcbXFS2sspVhAU2gTJzIqjnh3Tepi9nfo8wPefPRd8o/s1600/396326_485027178204593_557814982_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2rQeZTECK0w1Zz2HcgeyBmz2iqgZ1NVJEVAGQJoF8RPm1xroq5znHxQNr8YaAcL08PXAJJpnxXRAbhr9kgjwq4BgBgMdGEbYYOcbXFS2sspVhAU2gTJzIqjnh3Tepi9nfo8wPefPRd8o/s320/396326_485027178204593_557814982_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="tituloartigo">
<br /><br /></div>
<div style="color: black;">
<span style="font-family: Arial;"><strong><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">1.</span></span> A CONTRA-REVOLUÇÃO, LUTA ESPECÍFICA E DIRETA CONTRA A REVOLUÇÃO</strong></span></div>
<span style="font-family: Arial;">Se tal é a Revolução, a Contra-Revolução é, no
sentido literal da palavra, despido das conexões ilegítimas e mais ou
menos demagógicas que a ela se juntaram na linguagem corrente, uma
“re-ação”. Isto é, uma ação que é dirigida contra outra ação. Ela está
para a Revolução como, por exemplo, a Contra-Reforma está para a
Pseudo-Reforma.</span><br />
<div style="color: black;">
<span style="font-family: Arial;"><strong><span style="color: black; font-size: medium;">2.</span> NOBREZA DESSA REAÇÃO</strong></span></div>
<span style="font-family: Arial;">E deste caráter de reação vem à Contra-Revolução
sua nobreza e sua importância. Com efeito, se é a Revolução que nos vai
matando, nada é mais indispensável do que uma reação que vise esmagá-la.
Ser infenso, em princípio, a uma reação contra-revolucionária é o mesmo
que querer entregar o mundo ao domínio da Revolução.</span><br />
<div style="color: black;">
<span style="font-family: Arial;"><strong><span style="color: black; font-size: medium;">3.</span> REAÇÃO VOLTADA TAMBÉM CONTRA OS ADVERSÁRIOS DE HOJE</strong></span></div>
<span style="font-family: Arial;">Importa acrescentar que a Contra Revolução, assim
vista, não é nem pode ser um movimento nas nuvens, que combata
fantasmas. Ela tem de ser a Contra-Revolução do século XX, feita contra a
Revolução como hoje em concreto esta existe e, pois, contra as paixões
revolucionárias como hoje crepitam, contra as idéias revolucionárias
como hoje se formulam, os ambientes revolucionários como hoje se
apresentam, a arte e a cultura revolucionárias como hoje são, as
correntes e os homens que, em qualquer nível, são atualmente os fautores
mais ativos da Revolução. A Contra-Revolução não é, pois, um mero
retrospecto dos malefícios da Revolução no passado, mas um esforço para
lhe cortar o caminho no presente.</span><br />
<div style="color: black;">
<span style="font-family: Arial;"><strong><span style="color: black; font-size: medium;">4.</span> MODERNIDADE E INTEGRIDADE DA CONTRA-REVOLUÇÃO</strong></span></div>
<span style="font-family: Arial;">A modernidade da Contra-Revolução não consiste em
fechar os olhos nem em pactuar, ainda que em proporções insignificantes,
com a Revolução. Pelo contrario, consiste em conhecê-la em sua essência
invariável e em seus tão relevantes acidentes contemporâneos,
combatendo-a nestes e naquela, inteligentemente, argutamente,
planejadamente, com todos os meios lícitos, e utilizando o concurso de
todos os filhos da luz.<br /></span><br />
<div align="center" class="tituloRCR">
Parte II</div>
<br />
<div align="center" class="tituloartigo">
Capítulo II<br />Reação e imobilismo histórico</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<span style="font-family: Arial;"><strong style="color: black;"><span style="color: black;">1.</span> O QUE RESTAURAR</strong><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Se a Revolução é a desordem, a Contra-Revolução é a
restauração da ordem. E por ordem entendemos a paz de Cristo no reino
de Cristo. Ou seja, a civilização cristã, austera e hierárquica,
fundamentalmente sacral, antiigualitária e antiliberal.<strong><br />
</strong></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><strong style="color: black;"><span style="color: black;">2.</span> O QUE INOVAR</strong><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Entretanto, por força da lei histórica segundo a
qual o imobilismo não existe nas coisas terrenas, a ordem nascida da
Contra-Revolução deverá ter características próprias que a diversifiquem
da ordem existente antes da Revolução. Claro está que esta afirmação
não se refere aos princípios, mas aos acidentes. Acidentes, entretanto,
de tal importância, que merecem ser mencionados.<br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Na impossibilidade de nos estendermos sobre este
assunto, digamos simplesmente que, em geral, quando num organismo se
opera uma fratura ou dilaceração, a zona de soldadura ou recomposição
apresenta dispositivos de proteção especiais. É, pelas causas segundas, o
desvelo amoroso da Providência contra a eventualidade de novo desastre.
Observa-se isto com os ossos fraturados, cuja soldadura se constitui à
maneira de reforço na própria zona de fratura, ou com os tecidos
cicatrizados. Esta é uma imagem material de fato análogo que se passa na
ordem espiritual. O pecador que verdadeiramente se emenda tem ao
pecado, em via de regra, horror maior do que teve nos melhores anos
anteriores à queda. É a historia dos Santos penitentes. Assim também,
depois de cada prova, a Igreja emerge particularmente armada contra o
mal que procurou prostrá-La. Exemplo típico disto é a Contra-Reforma.<br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial;">Em virtude dessa lei, a ordem nascida da
Contra-Revolução deverá refulgir, mais ainda do que a da Idade Media,
nos três pontos capitais em que esta foi vulnerada pela Revolução:<br />
</span><br />
<blockquote>
<span style="font-family: Arial;">* Um profundo respeito dos direitos da
Igreja e do Papado e uma sacralização, em toda a extensão do possível,
dos valores da vida temporal, tudo por oposição ao laicismo, ao
interconfessionalismo, ao ateísmo e ao panteísmo, bem como a suas
respectivas seqüelas.</span> </blockquote>
<blockquote>
<span style="font-family: Arial;">*
Um espirito de hierarquia, marcando todos os aspectos da sociedade e do
Estado, da cultura e da vida, por oposição à metafísica igualitária da
Revolução.</span></blockquote>
<blockquote>
<span style="font-family: Arial;">* Uma diligência no detectar e no combater o mal em
suas formas embrionárias ou veladas, em fulminá-lo com execração e nota
de infâmia, e em puni-lo com inquebrantável firmeza em todas as suas
manifestações, e particularmente nas que atentarem contra a ortodoxia e a
pureza dos costumes, tudo por oposição à metafísica liberal da
Revolução e à tendência desta a dar livre curso e proteção ao mal.</span></blockquote>
<br />
<div style="color: #660000;">
<b> Até o próximo artigo, com os demais Capítulos da Segunda Parte.</b> </div>
*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-67660924111265794772012-11-04T02:56:00.000-02:002012-11-07T23:51:30.563-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte XVI <span style="color: #660000;"><b>No presente artigo apresentarei os Cap. XI e XII, da parte I, do livro "Revolução e Contra-Revolução", do Dr. Plínio de Oliveira. Nos itens 1 e 2, do capitulo XI, ele deixa claro por que a Revolução nega a noção de pecado e o uso de táticas para destruir a noção de bem e de mal no homem contemporâneo e, assim, a própria Redenção de Nosso Senhor Jesus Cristo. No item 3 e em todo o Cap. XII, o autor denuncia a utopia pacifista para a qual a Revolução tenta impelir a humanidade.</b></span><br />
<br />
<div align="center" class="tituloRCR">
Parte I</div>
<br />
<div align="center" class="tituloartigo">
Capítulo XI<br />
A Revolução, o pecado e a Redenção - A utopia revolucionária</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVVrMb4vdso9FyS_cVymhT3xqpbMYo7zNulmIjseR0fQF0EmgcDvdqGX6D1p9_aDNIM0YjLQtf8A57TXRzx8600P-l1NOQl14EtEBfK75BJBc5OgxDzLIzFoiDGnAorhsSMr-G_lMBQas/s1600/Juizo+Final,+Fra+Angelico.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVVrMb4vdso9FyS_cVymhT3xqpbMYo7zNulmIjseR0fQF0EmgcDvdqGX6D1p9_aDNIM0YjLQtf8A57TXRzx8600P-l1NOQl14EtEBfK75BJBc5OgxDzLIzFoiDGnAorhsSMr-G_lMBQas/s320/Juizo+Final,+Fra+Angelico.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Dentre os múltiplos aspectos da
Revolução, é importante ressaltar que ela induz seus filhos a
subestimarem ou negarem as noções de bem e mal, de pecado original e de
Redenção.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>1. A REVOLUÇÃO NEGA O PECADO E A REDENÇÃO</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">A Revolução é, como vimos, filha
do pecado. Mas, se ela o reconhecesse, desmascarar-se-ia e se voltaria
contra sua própria causa.<br />
Explica-se, assim, porque a Revolução tende, não só a passar sob
silêncio a raiz de pecado da qual brotou, mas a negar a própria noção do
pecado. Negação radical, que inclui tanto a culpa original quanto a
atual, e se efetua principalmente:</span></div>
<div align="justify">
<blockquote>
<span style="font-family: Arial;">• Por sistemas
filosóficos ou jurídicos que negam a validade e a existência de qualquer
Lei moral ou dão a esta os fundamentos vãos e ridículos do laicismo.</span></blockquote>
<blockquote>
<span style="font-family: Arial;">• Pelos mil processos de propaganda que criam nas
multidões um estado de alma em que, sem se afirmar diretamente que a
moral não existe, se faz abstração dela, e toda a veneração devida à
virtude é tributada a ídolos como o ouro, o trabalho, a eficiência, o
êxito, a segurança, a saúde, a beleza física, a força muscular, o gozo
dos sentidos, etc.</span></blockquote>
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">É a própria noção de pecado, a
distinção mesma entre o bem e o mal, que a Revolução vai destruindo no
homem contemporâneo. E, ipso facto, vai ela negando a Redenção de Nosso
Senhor Jesus Cristo, que, sem o pecado, se torna incompreensível e perde
qualquer relação lógica com a História e a vida.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>2. EXEMPLIFICAÇÃO HISTÓRICA: NEGAÇÃO DO PECADO NO LIBERALISMO E NO SOCIALISMO</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Em cada uma de suas etapas, a Revolução tem procurado subestimar ou negar radicalmente o pecado.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>A. A conceição imaculada do indivíduo</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Na fase liberal e individualista,
ela ensinou que o homem é dotado de uma razão infalível, de uma vontade
forte e de paixões sem desregramentos. Daí uma concepção da ordem
humana, em que o indivíduo, reputado um ente perfeito, era tudo, e o
Estado nada, ou quase nada, um mal necessário... provisoriamente
necessário, talvez. Foi o período em que se pensava que a causa única de
todos os erros e crimes era a ignorância. Abrir escolas era fechar
prisões. O dogma básico destas ilusões foi a conceição imaculada do
indivíduo.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">A grande arma do liberal, para se
defender contra as possíveis prepotências do Estado, e para impedir a
formação de camarilhas que lhe tirassem a direção da coisa pública, eram
as liberdades políticas e o sufrágio universal.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>B. A conceição imaculada das massas e do Estado</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Já no século passado, o desacerto
desta concepção se tornara patente, pelo menos em parte. Mas a Revolução
não recuou. Em vez de reconhecer seu erro, ela o substituiu por outro.
Foi a conceição imaculada das massas e do Estado. Os indivíduos são
propensos ao egoísmo e podem errar. Mas as massas acertam sempre, e
jamais se deixam levar pelas paixões. Seu impecável meio de ação é o
Estado. Seu infalível meio de expressão, o sufrágio universal, do qual
decorrem os parlamentos impregnados de pensamento socialista, ou a
vontade forte de um ditador carismático, que guia sempre as massas para a
realização da vontade delas.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>3. A REDENÇÃO PELA CIÊNCIA E PELA TÉCNICA: A UTOPIA REVOLUCIONÁRIA</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">De qualquer maneira, depositando
toda a sua confiança no indivíduo considerado isoladamente, nas massas,
ou no Estado, é no homem que a Revolução confia. Auto-suficiente pela
ciência e pela técnica, pode ele resolver todos os seus problemas,
eliminar a dor, a pobreza, a ignorância, a insegurança, enfim tudo
aquilo a que chamamos efeito do pecado original ou atual.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Um mundo em cujo seio as pátrias
unificadas numa República Universal não sejam senão denominações
geográficas, um mundo sem desigualdades sociais nem econômicas, dirigido
pela ciência e pela técnica, pela propaganda e pela psicologia, para
realizar, sem o sobrenatural, a felicidade definitiva do homem: eis a
utopia para a qual a Revolução nos vai encaminhando.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Nesse mundo, a Redenção de Nosso
Senhor Jesus Cristo nada tem a fazer. Pois o homem terá superado o mal
pela ciência e terá transformado a terra em um “céu” tecnicamente
delicioso. E pelo prolongamento indefinido da vida esperará vencer um
dia a morte.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><br />
</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="center" class="tituloRCR">
Parte I</div>
<br />
<div align="center" class="tituloartigo">
Capítulo XII<br />
Caráter pacifista e antimilitarista da Revolução</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
<br />
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">O exposto no capítulo anterior nos faz compreender facilmente o caráter pacifista, e portanto antimilitarista da Revolução.<br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>1. A CIÊNCIA ABOLIRÁ AS GUERRAS, AS FORÇAS ARMADAS E A POLÍCIA</b><br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">No paraíso técnico da Revolução,
a paz tem de ser perpétua. Pois a ciência demonstra que a guerra é um
mal. E a técnica consegue evitar todas as causas das guerras.<br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Daí uma incompatibilidade
fundamental entre a Revolução e as forças armadas, que deverão ser
inteiramente abolidas. Na República Universal haverá apenas uma polícia,
enquanto os progressos da ciência e da técnica não acabarem de eliminar
o crime.<br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>2. INCOMPATIBILIDADE DOUTRINÁRIA ENTRE A REVOLUÇÃO E A FARDA</b><br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">A farda, por sua simples
presença, afirma implicitamente algumas verdades, um tanto genéricas,
sem dúvida, mas de índole certamente contra-revolucionária:<br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<blockquote>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">- A existência de valores que
são mais que a vida e pelos quais se deve morrer, - o que é contrário à
mentalidade socialista, toda feita de horror ao risco e à dor, de
adoração da segurança, e do supremo apego à vida terrena.<br />
</span></div>
</blockquote>
<blockquote>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">- A existência de uma moral,
pois a condição militar é toda ela fundada sobre idéias de honra, de
força posta ao serviço do bem e voltada contra o mal, etc.<br />
</span></div>
</blockquote>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>3. O “TEMPERAMENTO” DA REVOLUÇÃO É INFENSO À VIDA MILITAR</b><br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Por fim, entre a Revolução e o
espírito militar há uma antipatia “temperamental”. A Revolução, enquanto
não tem todas as rédeas na mão, é verbosa, enredadeira, declamatória.
Resolver as coisas diretamente, drasticamente, secamente more militari,
desagrada o que poderíamos chamar o atual temperamento da Revolução.
“Atual”, frisamos, para aludir a esta no estágio em que se encontra
entre nós. Pois nada há de mais despótico e cruel do que a Revolução
quando é onipotente: a Rússia dá disto um eloqüente exemplo. Mas ainda
aí a divergência subsiste, posto que o espírito militar é coisa bem
diferente de espírito de carrasco.<br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="center">
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-size: medium;">* * *</span><br />
</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Analisada assim em seus vários aspectos a utopia revolucionária, damos por concluído o estudo da Revolução.</span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span style="color: #660000;"><b>Assim, concluímos a Parte I, do livro "Revolução e Contra-Revolução", do Dr. Plínio Corrêa de Oliveira. No próximo artigo, entrarei na Parte II deste mesmo livro. </b></span></div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
</div>
</div>
</div>
*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-38543507127593038842012-11-04T01:49:00.002-02:002012-11-04T22:24:37.787-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte XV <span style="color: #660000;"><b>Hoje, neste 15º artigo, apresentarei os Capítulos IX e X, da Parte I, do memorável livro do Dr. Plínio Correa de Oliveira, "Revolução e Contra Revolução". No capítulo IX ele mostra que na mentalidade dos
semi-contra-revolucionários entroniza-se a Revolução. No capítulo X, ressaltará a
importância da cultura, das artes e dos ambientes na marcha da mesma.</b></span><br />
<br />
<br />
<div align="center" class="tituloRCR">
Parte I</div>
<br />
<div align="center" class="tituloartigo">
Capítulo IX<br />
Também é filho da Revolução o “semicontra-revolucionário”<br />
<br />
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJnHzyu-MJHmEXFPYHEYhN4hx1Hce9lDOPW1dJr4yzEGqmUQW2vK5-YrydiSpc3bCcUAvAHAW756EttitWODrBpG6cs7F518lk1IFThuzhK4dMDXCr9YjsXU2kmrSQCkGH1DAPtAkf6os/s1600/Residuum_revertetur_pupitreSRM+Pormenor+da+pupitre+utilizada+para+as+confer%25C3%25AAncias+na+Sala+do+Reino+de+Maria%252C+na+Sede+da+Rua+Maranh%25C3%25A3o%252C+decorada+pelo+Prof.+Plinio.+O+le%25C3%25A3o+%25C3%25A0+esquerda+est%25C3%25A1+lutando+contra+uma+serpente+bic%25C3%25A9fala+si.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="241" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJnHzyu-MJHmEXFPYHEYhN4hx1Hce9lDOPW1dJr4yzEGqmUQW2vK5-YrydiSpc3bCcUAvAHAW756EttitWODrBpG6cs7F518lk1IFThuzhK4dMDXCr9YjsXU2kmrSQCkGH1DAPtAkf6os/s320/Residuum_revertetur_pupitreSRM+Pormenor+da+pupitre+utilizada+para+as+confer%25C3%25AAncias+na+Sala+do+Reino+de+Maria%252C+na+Sede+da+Rua+Maranh%25C3%25A3o%252C+decorada+pelo+Prof.+Plinio.+O+le%25C3%25A3o+%25C3%25A0+esquerda+est%25C3%25A1+lutando+contra+uma+serpente+bic%25C3%25A9fala+si.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Tudo quanto aqui se disse dá fundamento a uma observação de importância prática.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Espíritos marcados por essa
Revolução interior poderão talvez, por um jogo qualquer de
circunstâncias e de coincidência, como uma educação em meio fortemente
tradicionalista e moralizado, conservar em um ou muitos pontos uma
atitude contra-revolucionária<sup>[1]</sup>.</span></div>
<div align="right">
<i><sup>[1]</sup> Cfr. <a href="http://www.revolucao-contrarevolucao.com/verrevcontrarev.asp?id=8">Parte I - Cap. VI</a>, 5, A.</i></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Sem embargo, na mentalidade destes “<i>semicontra-revolucionários</i>”
se terá entronizado o espírito da Revolução. E num povo onde a maioria
esteja em tal estado de alma, a Revolução será incoercível enquanto este
não mudar.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Assim, a unidade da Revolução trás, como contrapartida, que o contra-revolucionário autêntico só poderá ser total.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Quanto aos “<i>semicontra-revolucionários</i>” em cuja alma começa a vacilar o ídolo da Revolução, a situação é algum tanto diversa. </span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="center" class="tituloRCR">
Parte I</div>
<br />
<div align="center" class="tituloartigo">
Capítulo X<br />
A cultura, a arte e os ambientes, na Revolução</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Assim descrita a complexidade e
amplitude que o processo revolucionário tem nas camadas mais profundas
das almas, e portanto da mentalidade dos povos, é mais fácil apontar
toda a importância da cultura, das artes e dos ambientes na marcha da
Revolução.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>1. A CULTURA</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">As idéias revolucionárias fornecem
às tendências de que nasceram o meio de se afirmarem com foros de
cidadania, aos olhos do próprio indivíduo e de terceiros. Elas servem ao
revolucionário para abalar nestes últimos as convicções verdadeiras, e
para assim desencadear ou agravar neles a revolta das paixões. Elas são
inspiração e molde para as instituições geradas pela Revolução. Essas
idéias podem encontrar-se nos mais variados ramos do saber ou da
cultura, pois é difícil que algum deles não esteja implicado, pelo menos
indiretamente, na luta entre a Revolução e a Contra-Revolução.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>2. AS ARTES</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Quanto às artes, como Deus
estabeleceu misteriosas e admiráveis relações entre certas formas,
cores, sons, perfumes e sabores e certos estados de alma, é claro que
por estes meios se podem influenciar a fundo as mentalidades e induzir
pessoas, famílias e povos à formação de um estado de espírito
profundamente revolucionário. Basta lembrar a analogia entre o espírito
da Revolução Francesa e as modas que durante ela surgiram. Ou entre as
efervescências revolucionárias de hoje e as presentes extravagâncias das
modas e das escolas artísticas ditas avançadas.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>3. OS AMBIENTES</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Quanto aos ambientes na medida em
que favorecem costumes bons ou maus, podem opor à Revolução as
admiráveis barreiras de reação, ou pelo menos de inércia, de tudo quanto
é sadiamente consuetudinário; ou podem comunicar às almas as toxinas e
as energias tremendas do espírito revolucionário.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>4. PAPEL HISTÓRICO DAS ARTES E DOS AMBIENTES NO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Por isto, em concreto, é
necessário reconhecer que a democratização geral dos costumes e dos
estilos de vida, levado aos extremos de uma vulgaridade sistemática e
crescente, e a ação proletarizante de certa arte moderna, contribuíram
para o triunfo do igualitarismo tanto ou mais do que a implantação de
certas leis, ou de certas instituições essencialmente políticas.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Como também é preciso reconhecer
que quem, por exemplo, conseguisse fazer cessar o cinema ou a televisão
imorais ou agnósticos teria feito pela Contra-Revolução muito mais do
que se provocasse a queda de um gabinete esquerdista, na rotina de um
regime parlamentar.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="color: #660000;"><b>Fiquem atentos pois no próximo artigo, publicarei os capítulos XI e XII.</b></span></div>
</div>
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
<br /></div>
<div align="center" class="tituloartigo">
<br /></div>
<div align="center" class="tituloartigo">
<br /></div>
*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-1450644706361914862012-11-02T00:58:00.001-02:002012-11-02T00:58:48.283-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte XIV<span style="color: #660000;"><b>No capítulo anterior o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, discorreu sobre a Essência da Revoluçäo, o orgulho e a sensualidade enquanto valores metafísicos da Revoluçäo. No capítulo VIII, da Parte I, do livro "Revolução e Contra-Revolução", o qual transcrevo neste artigo, ele passa a explicitar as relaçöes entre erro e paixäo e o papel deles no processo revolucionário e<span> do tema da perda de objetividade no homem que se deixa levar pelas paixões desordenadas.</span></b></span> .<br /><br /><div align="center" class="tituloRCR">
Parte I</div>
<br />
<div align="center" class="tituloartigo">
Capítulo VIII<br />A inteligência, a vontade e a sensibilidade, na determinação dos atos humanos</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwAMwUBkzWr53fXrUMjOQCIEMOmwXm_W0pIOYVitGaOOs3Oy-3f9vMuLtBKf_dpls1vgo25hmzyBpEntwc1QyW10EdPsscWHpC3VHdN1SwYDTRq_w__sz_TWIh2FIrlED5s_z6Th7rtCU/s1600/adaoeeva.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwAMwUBkzWr53fXrUMjOQCIEMOmwXm_W0pIOYVitGaOOs3Oy-3f9vMuLtBKf_dpls1vgo25hmzyBpEntwc1QyW10EdPsscWHpC3VHdN1SwYDTRq_w__sz_TWIh2FIrlED5s_z6Th7rtCU/s320/adaoeeva.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<br /><div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">As anteriores considerações
pedem um desenvolvimento quanto ao papel da inteligência, da vontade e
da sensibilidade, nas relações entre erro e paixão.<br />
<br />
Poderia parecer, com efeito, que afirmamos que todo erro é concebido
pela inteligência para justificar alguma paixão desregrada. Assim, o
moralista que afirmasse uma máxima liberal seria sempre movido por uma
tendência liberal.<br />
<br />
Não é o que pensamos. Pode suceder que unicamente por fraqueza da
inteligência atingida pelo pecado original, o moralista chegue a uma
conclusão liberal.<br />
<br />
Em tal caso terá havido necessariamente alguma falta moral de outra
natureza, o descuido, por exemplo? É questão alheia a nosso estudo.<br />
<br />
Afirmamos, isto sim, que, historicamente, esta Revolução teve sua
primeira origem em uma violentíssima fermentação de paixões. E estamos
longe de negar o grande papel dos erros doutrinários nesse processo.<br />
<br />
Muitos têm sido os estudos de autores de grande valor, como <em>de Maistre</em>, <em>de Bonald</em>, <em>Donoso Cortés</em>
e tantos outros, sobre tais erros e o modo por que foram eles derivando
uns dos outros, do século XV ao século XVI, e assim por diante até o
século XX. Não é, pois, nossa intenção insistir aqui sobre o assunto.<br />
<br />
Parece-nos, entretanto, particularmente oportuno focalizar a importância
dos fatores “passionais” e a influência destes nos aspectos
estritamente ideológicos do processo revolucionário em que nos achamos.
Pois, a nosso ver, as atenções estão pouco voltadas para este ponto, o
que traz uma visão incompleta da Revolução, e acarreta em conseqüência a
adoção de métodos contra-revolucionários inadequados.<br />
<br />
Sobre o modo por que as paixões podem influir nas idéias, há algo a acrescentar aqui.<br />
<br />
<strong>1. A NATUREZA DECAÍDA, A GRAÇA E O LIVRE ARBÍTRIO</strong><br />
<br />
O homem, pelas simples forças de sua natureza, pode conhecer muitas
verdades e praticar várias virtudes. Entretanto, não lhe é possível, sem
o auxílio da graça, permanecer duravelmente no conhecimento e na
prática de todos os Mandamentos<sup>[1]</sup> .<br />
</span>
<div align="right">
<em></em></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial;"> </span></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial;"><em><span style="font-family: Arial;"><sup>[1] </sup> Cfr. Parte I - Cap. VII, 2, D.</span></em></span></div>
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><br />
Isto quer dizer que em todo homem decaído há sempre a debilidade da
inteligência e uma tendência primeira, e anterior a qualquer raciocínio,
que o incita a revoltar-se contra a Lei<sup>[2]</sup>.<br />
</span> </span>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><em> </em></span></span></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><em><span style="font-family: Arial;"><em><sup>[2] </sup>Donoso
Cortés, in Ensayo sobre el Catolicismo, el Liberalismo y el Socialismo –
Obras completas, B. A. C., Madrid, 1946, tomo II, p. 377 - dá um
importante desenvolvimento dessa verdade, o qual muito se relaciona com o
presente trabalho.</em></span></em></span></span></div>
<div align="right">
<div align="right">
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><em> </em></span></span></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><em><span style="font-family: Arial;"><em>[<u><strong>NOTA DO SITE</strong></u>: Encontra-se disponível para estudo o trecho da obra de Donoso Cortês acima citado: <a href="http://www.revolucao-contrarevolucao.com/verartigo.asp?id=9">clique aqui</a>]</em></span><br />
</em></span></span></div>
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><em><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><br />
</span></span></em></span> </span>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><strong>2. O GERME DA REVOLUÇÃO</strong></span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> Tal tendência
fundamental à revolta pode, em dado momento, ter o consentimento do
livre arbítrio. O homem decaído peca, assim, violando um ou outro
Mandamento. Mas sua revolta pode ir além, e chegar até o ódio, mais ou
menos inconfessado, à própria ordem moral em seu conjunto. Esse ódio,
revolucionário por essência, pode gerar erros doutrinários, e até levar à
profissão consciente e explícita de princípios contrários à Lei moral e
à doutrina revelada, enquanto tais, o que constitui um pecado contra o
Espírito Santo. Quando esse ódio começou a dirigir as tendências mais
profundas da História do Ocidente, teve início a Revolução cujo processo
hoje se desenrola e em cujos erros doutrinários ele imprimiu
vigorosamente sua marca. Ele é a causa mais ativa da grande apostasia
hodierna. Por sua natureza, é ele algo que não pode ser reduzido
simplesmente a um sistema doutrinário: é a paixão desregrada, em
altíssimo grau de exacerbação.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> Como é fácil
ver, tal afirmação, relativa a esta Revolução em concreto, não implica
em dizer que há sempre uma paixão desordenada na raiz de todo erro.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> E nem implica
em negar que muitas vezes foi um erro que desencadeou nesta ou naquela
alma, ou mesmo neste ou naquele grupo social, o desregramento das
paixões.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> Afirmamos tão
somente que o processo revolucionário, considerado em seu conjunto, e
também em seus principais episódios, teve por germe mais ativo e
profundo o desregramento das paixões.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> <strong>3. REVOLUÇÃO E MÁ FÉ</strong></span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> Poder-se-ia
talvez opor a seguinte objeção: se tal é a importância das paixões no
processo revolucionário, parece que a vítima deste está sempre, em
alguma medida, pelo menos, de má fé. Se o protestantismo, por exemplo, é
filho da Revolução, está de má fé todo protestante? Não colide isto com
a doutrina da Igreja que admite que haja, em outras religiões, almas de
boa fé?</span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> É óbvio que
uma pessoa de inteira boa fé, e dotada de um espírito fundamentalmente
contra-revolucionário, pode estar presa nas malhas dos sofismas
revolucionários (sejam de índole religiosa, filosófica, política, ou
outra qualquer) por uma ignorância invencível. Em pessoas assim não há
qualquer culpa.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> Mutatis
mutandis, pode-se dizer o mesmo quanto às que aderem à doutrina da
Revolução num ou noutro ponto restrito, por um lapso involuntário da
inteligência.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> Mas se alguém
participa do espírito da Revolução, movido pelas paixões desregradas
inerentes a ela, a resposta tem de ser outra.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> Pode um
revolucionário nestas condições estar persuadido das excelências das
suas máximas subversivas. Ele não será portanto insincero. Mas terá
culpa pelo erro em que caiu.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> E pode também
acontecer que o revolucionário professe uma doutrina da qual não esteja
persuadido, ou da qual tenha uma convicção incompleta.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> Será, neste caso, parcial ou totalmente insincero...</span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> Parece-nos
que, a este propósito, quase não seria necessário acentuar que, quando
afirmamos que as doutrinas de Marx estavam implícitas nas negações da
Pseudo-Reforma e da Revolução Francesa, não queremos com isto dizer que
os adeptos daqueles dois movimentos eram, conscientemente, marxistas
avant la lettre, e que ocultavam hipocritamente suas opiniões.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> O próprio da
virtude cristã é a reta disposição das potências da alma e, pois, o
incremento da lucidez da inteligência iluminada pela graça e guiada pelo
Magistério da Igreja. Não é por outra razão que todo o Santo é um
modelo de equilíbrio e de imparcialidade. A objetividade de seus juízos e
a firme orientação de sua vontade para o bem não são debilitadas, nem
de leve, pelo bafo venenoso das paixões desregradas.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> Pelo
contrário, à medida que o homem decai na virtude e se entrega ao jugo
dessas paixões, vai minguando nele a objetividade em tudo quanto com as
mesmas se relacione. De modo particular, essa objetividade fica
perturbada quanto aos julgamentos que o homem formule sobre si mesmo.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> Até que ponto
um revolucionário “de marcha lenta” do século XVI ou do século XVIII,
obnubilado pelo espírito da Revolução, se dava conta do sentido profundo
e das últimas conseqüências de sua doutrina, é em cada caso concreto o
segredo de Deus.</span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> De qualquer forma, a hipótese de que fossem todos eles marxistas conscientes é de se excluir inteiramente.</span></span></span></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Arial;"> </span></span></span></span></div>
<div align="justify">
<b><span style="color: #660000;">Concluído este artigo do Cap. VIII, da Parte I, do livro “Revolução e Contra-Revolução”, no próximo, apresentarei os Capítulos IX e X.</span></b></div>
</div>
</div>
*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-64665785841836706472012-10-21T21:41:00.000-02:002012-10-21T21:41:39.328-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte XIII<span style="color: #660000;"><b>Retomo este blog novamente para dar continuidade à publicação do livro "Revolução e Contra-Revolução" do Dr. Plínio Corrêa de Oliveira, capítulo por capítulo.<br /><br />No artigo anterior, publiquei apenas as duas primeiras partes - 'A Revolução por Excelência' e 'Revolução e Legitimidade' - do Capítulo VII da parte I, cujo título é "A Essência da Revolução". Neste, publicarei a terceira parte, ou seja, 'Os Valores Metafísicos da Revolução' que resolvi deixar separada das anteriores por ser a parte mais longa.<br /><br />Espero que gostem!</b></span><br /><br /><br />
<div align="center" class="tituloRCR">
Parte I</div>
<br />
<div align="center" class="tituloartigo">
Capítulo VII<br />A Essência da Revolução</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
(3ª parte)</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2diU3DWKmdyFS2zfaDkycX_x3jrUxyNWYoflqnbYnQvwwlLPO3ZDU0im-OKSsD2pnwP-sWRqOynD-CweUwC8OuiW8wkYZQiZnbZ04QewYJG-VS4Ge1f0R24VWAe4TomKDevLWUepFbnI/s1600/O-NASCIMENTO-DE-AFRODITE-Venus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2diU3DWKmdyFS2zfaDkycX_x3jrUxyNWYoflqnbYnQvwwlLPO3ZDU0im-OKSsD2pnwP-sWRqOynD-CweUwC8OuiW8wkYZQiZnbZ04QewYJG-VS4Ge1f0R24VWAe4TomKDevLWUepFbnI/s320/O-NASCIMENTO-DE-AFRODITE-Venus.jpg" width="263" /></a></div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><strong>3. A REVOLUÇÃO, O ORGULHO E A SENSUALIDADE - OS VALORES METAFÍSICOS DA REVOLUÇÃO</strong></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;">Duas noções concebidas como
valores metafísicos exprimem bem o espírito da Revolução: a igualdade
absoluta, liberdade completa. E duas são as paixões que mais a servem: o
orgulho e a sensualidade.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;">Referindo-nos às paixões, cumpre
esclarecer o sentido em que tomamos o vocábulo neste trabalho. Para
maior brevidade, conformando-nos com o uso de vários autores
espirituais, sempre que falamos das paixões como fautoras da Revolução,
referimo-nos às paixões desordenadas. E, de acordo com a linguagem
corrente, incluímos nas paixões desordenadas todos os impulsos ao pecado
existentes no homem em conseqüência da tríplice concupiscência: a da
carne, a dos olhos e a soberba da vida<sup>[8]</sup>.<br />
</span></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em><sup>[8]</sup> Cfr. 1 Jo. 2, 16.</em></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><strong>A. Orgulho e Igualitarismo</strong></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;">A pessoa orgulhosa, sujeita à autoridade de outra, odeia primeiramente o jugo que em concreto pesa sobre ela.<br />
Num segundo grau, o orgulhoso odeia genericamente todas as autoridades e
todos os jugos, e mais ainda o próprio princípio de autoridade,
considerado em abstrato.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;">E porque odeia toda autoridade, odeia também toda superioridade, de qualquer ordem que seja.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;">E nisto tudo há um verdadeiro ódio a Deus <sup>[9]</sup>. <br />
</span></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em><sup>[9]</sup> Cfr. Item “m” infra</em></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><br />
Este ódio a qualquer desigualdade tem ido tão longe que, movidas por
ele, pessoas colocadas em alta situação a têm posto em grave risco e até
perdido, só para não aceitar a superioridade de quem está mais alto.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;">Mais ainda. Num auge de virulência
o orgulho poderia levar alguém a lutar pela anarquia, e a recusar o
poder supremo que lhe fosse oferecido. Isto porque a simples existência
desse poder traz implícita a afirmação do princípio de autoridade, a que
todo o homem enquanto tal - e o orgulhoso também - poder ser sujeito.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;">O orgulho pode conduzir, assim, ao igualitarismo mais radical e completo.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;">São vários os aspectos desse igualitarismo radical e metafísico:</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em>a. Igualdade entre os homens e Deus: </em>daí
o panteísmo, o imanentismo e todas as formas esotéricas de religião,
visando estabelecer um trato de igual a igual entre Deus e os homens, e
tendo por objetivo saturar estes últimos de propriedades divinas. O ateu
é um igualitário que, querendo evitar o absurdo que há em afirmar que o
homem é Deus, cai em outro absurdo, afirmando que Deus não existe. O
laicismo é uma forma de ateísmo, e portanto de igualitarismo. Ele afirma
a impossibilidade de se ter certeza da existência de Deus. De onde, na
esfera temporal, o homem deve agir como se Deus não existisse. Ou seja,
como pessoa que destronou a Deus.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em>b. Igualdade na esfera eclesiástica:</em>
supressão do sacerdócio dotado dos poderes de ordem, magistério e
governo, ou pelo menos de um sacerdócio com graus hierárquicos.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em>c. Igualdade entre as diversas religiões:</em>
todas as discriminações religiosas são antipáticas porque ofendem a
fundamental igualdade entre os homens. Por isto, as diversas religiões
devem ter tratamento rigorosamente igual. O pretender-se uma religião
verdadeira com exclusão das outras é afirmar uma superioridade, é
contrário à mansidão evangélica, e impolítico, pois lhe fecha o acesso
aos corações.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em>d. Igualdade na esfera política:</em>
supressão, ou pelo menos atenuação, da desigualdade entre governantes e
governados. O poder não vem de Deus, mas da massa, que manda e à qual o
governo deve obedecer. Proscrição da monarquia e da aristocracia como
regimes intrinsecamente maus, por antiigualitários. Só a democracia é
legítima, justa e evangélica <sup>[10]</sup>. <br />
</span></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em><sup>[10]</sup> Cfr. São Pio X, Carta Apostólica Notre Charge Apostolique, de 25-VIII-1910 - A. A. S., vol. II, pp. 615 a 619.</em></span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em>e. Igualdade na estrutura da sociedade:</em>
supressão das classes, especialmente das que se perpetuam por via
hereditária. Abolição de toda a influência aristocrática na direção da
sociedade e no tônus geral da cultura e dos costumes. A hierarquia
natural constituída pela superioridade do trabalho intelectual sobre o
trabalho manual desaparecerá pela superação da distinção entre um e
outro.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em>f. Abolição dos corpos intermediários</em>
entre os indivíduos e o Estado, bem como dos privilégios que são
elementos inerentes a cada corpo social. Por mais que a Revolução odeie o
absolutismo régio, odeia mais ainda os corpos intermediários e a
monarquia orgânica medieval. É que o absolutismo monárquico tende a pôr
os súditos, mesmo os mais categorizados, num nível de recíproca
igualdade, numa situação diminuída que já prenuncia a aniquilação do
indivíduo e o anonimato que chegam ao auge nas grandes concentrações
urbanas da sociedade socialista. Entre os grupos intermediários a serem
abolidos, ocupa o primeiro lugar a família. Enquanto não consegue
extingui-la, a Revolução procura reduzi-la, mutilá-la e vilipendiá-la de
todos os modos.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em>g. Igualdade </em><em>econômica:</em>
nada pertence a ninguém, tudo pertence à coletividade. Supressão da
propriedade privada, do direito de cada qual ao fruto integral de seu
próprio trabalho e à escolha de sua profissão.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em>h. Igualdade nos aspectos exteriores da existência:</em>
a variedade redunda facilmente em desigualdade de nível. Por isso,
diminuição quanto possível da variedade nos trajes, nas residências, nos
móveis, nos hábitos etc.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em>i. Igualdade de almas:</em> a
propaganda como que padroniza todos as almas, tirando-lhes as
peculiaridades, e quase a vida própria. Até as diferenças de psicologia e
atitude entre sexos tendem a minguar o mais possível. Por tudo isto,
desaparece o povo que é essencialmente uma grande família de almas
diversas mas harmônicas, reunidas em torno do que lhes é comum. E surge a
massa, com sua grande alma vazia, coletiva, escrava <sup>[11]</sup>.<br />
</span></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em><sup>[11]</sup> Cfr. Pio XII, Radiomensagem de Natal de 1944 – Discorsi e Radiomessaggi, vol. VI, p. 239.</em></span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em>j. Igualdade em todo o trato social:</em> como entre mais velhos e mais moços, patrões e empregados, professores e alunos, esposo e esposa, pais e filhos, etc.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em>k. Igualdade na ordem internacional:</em>
o Estado é constituído por um povo independente exercendo domínio pleno
sobre um território. A soberania é, assim, no Direito Público, a imagem
da propriedade. Admitida a idéia de povo, com características que o
diferenciam dos outros, e a de soberania, estamos forçosamente em
presença de desigualdades: de capacidade, de virtude, de número etc.
Admitida a idéia de território, temos a desigualdade quantitativa e
qualitativa dos vários espaços territoriais. Compreende-se, pois, que a
Revolução, fundamentalmente igualitária, sonhe em fundir todas as raças,
todos os povos e todos os Estados em uma só raça, um só povo e um só
Estado <sup>[12] </sup>.<br />
</span></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em><sup>[12]</sup> Cfr. Parte I - Cap. XI, 3.</em></span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em>l. Igualdade entre as diversas partes do país:</em>
pelas mesmas razões, e por um mecanismo análogo, a Revolução tende a
abolir no interior das pátrias ora existentes todo o sadio regionalismo
político, cultural, etc.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em>m. Igualitarismo e ódio a Deus:</em> Santo Tomás ensina<sup>[13]</sup>
que a diversidade das criaturas e seu escalonamento hierárquico são um
bem em si, pois assim melhor resplandecem na criação as perfeições do
Criador. E diz que tanto entre os Anjos<sup>[14]</sup> quanto entre os homens, no Paraíso Terrestre como nesta terra de exílio<sup>[15]</sup>,
a Providência instituiu a desigualdade. Por isso, um universo de
criaturas iguais seria um mundo em que se teria eliminado em toda a
medida do possível a semelhança entre criaturas e Criador. Odiar, em
princípio, toda e qualquer desigualdade é, pois, colocar-se
metafisicamente contra os melhores elementos de semelhança entre o
Criador e a criação, é odiar a Deus.<br />
</span></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em><sup>[13]</sup> Cfr. Contra os Gentios, II, 45; Suma Teológica, I, q. 47, a. 2.</em></span><span style="font-size: small;"><br /><span style="font-family: Arial;"><em><sup>[14]</sup> Cfr. Suma Teológica, I, q. 50, a. 4.</em></span>
<br /><span style="font-family: Arial;"><em><sup>[15]</sup> Cfr. op. cit., I, q. 96, a. 3 e 4.</em></span></span>
</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em>n. Os limites da desigualdade:</em> claro está que de toda esta explanação doutrinária não se pode concluir que a desigualdade é sempre necessariamente um bem.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;">Os homens são todos iguais por
natureza, e diversos apenas em seus acidentes. Os direitos que lhes vêm
do simples fato de serem homens são iguais para todos: direito à vida, à
honra, a condições de existência suficientes, ao trabalho, pois, e à
propriedade, à constituição de família, e sobretudo ao conhecimento e
prática da verdadeira Religião. E as desigualdades que atentem contra
estes direitos são contrárias à ordem da Providência. Porém, dentro
destes limites, as desigualdades provenientes de acidentes como a
virtude, o talento, a beleza, a força, a família, a tradição, etc., são
justas e conformes à ordem do universo<sup>[16]</sup>.<br />
</span></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em><sup>[16]</sup> Cfr. Pio XII, Radiomensagem de Natal de 1944 – Discorsi e Radiomessaggi, vol. VI, p. 239.</em></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><br />
<strong>
</strong></span></div>
<table align="left" border="0" cellpadding="5" cellspacing="0" style="width: 130px;">
<tbody>
<tr>
<td align="center"><span style="font-size: small;"><img alt="" border="0" height="215" src="http://www.revolucao-contrarevolucao.com/userfiles/image/RCR/capVII.jpg" width="166" /><br /><br /><span style="color: maroon;"><span class="legenda">Dois integrantes
do conjunto inglês de rock Rolling Stones. Quando se dá livre curso às
paixões desenfreadas, chega-se aos excessos praticados pelos astros do
rock e por seus fãs</span></span></span>
</td>
</tr>
</tbody>
</table>
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><strong>
B. Sensualidade e liberalismo</strong></span>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;">A par do orgulho gerador de todo o
igualitarismo, a sensualidade, no mais largo sentido do termo, é
causadora do liberalismo. É nestas tristes profundezas que se encontra a
junção entre esses dois princípios metafísicos da Revolução, a
igualdade e a liberdade, contraditórios em tantos pontos de vista.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em>a. A hierarquia na alma:</em>
Deus, que imprimiu um cunho hierárquico em toda a criação, visível e
invisível, fê-lo também na alma humana. A inteligência deve guiar a
vontade, e esta deve governar a sensibilidade. Como conseqüência do
pecado original, existe no homem um constante atrito entre os apetites
sensíveis e a vontade guiada pela razão: “Vejo nos meus membros outra
lei, que combate contra a lei da minha razão”<sup>[17]</sup>.<br />
</span></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em><sup>[17]</sup> Rom. 7,23.</em></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;">Mas a vontade, rainha reduzida a
governar súditos postos em contínuas tentativas de revolta, tem meios de
vencer sempre... desde que não resista à graça de Deus<sup>[18]</sup>.<br />
<br />
<em><sup>[18]</sup> Cfr. Rom. 7,25.</em><br />
<br />
<em>b. O igualitarismo na alma: </em>o processo revolucionário, que visa
o nivelamento geral, mas tantas vezes não tem sido senão a usurpação da
função retriz por quem deveria obedecer, uma vez transposto para as
relações entre as potências da alma haveria de produzir a lamentável
tirania de todas as paixões desenfreadas, sobre uma vontade débil e
falida e uma inteligência obnubilada. Especialmente o domínio de uma
sensualidade abrasada, sobre todos os sentimentos de recato e de pudor.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;">Quando a Revolução proclama a
liberdade absoluta como um princípio metafísico, fá-lo unicamente para
justificar o livre curso das piores paixões e dos erros mais funestos.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em>c. Igualitarismo e liberalismo:</em>
a inversão de que falamos, isto é, o direito de pensar, sentir e fazer
tudo quanto as paixões desenfreadas exigem, é a essência do liberalismo,
isto bem se mostra nas formas mais exacerbadas da doutrina liberal. </span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;">Analisando-as, percebe-se que o
liberalismo pouco se importa com a liberdade para o bem. Só lhe
interessa a liberdade para o mal. Quando no poder, ele facilmente, e até
alegremente, tolhe ao bem a liberdade, em toda a medida do possível.
Mas protege, favorece, prestigia, de muitas maneiras, a liberdade para o
mal. No que se mostra oposto à civilização católica, que dá ao bem todo
o apoio e toda a liberdade, e cerceia quanto possível o mal.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;">Ora, essa liberdade para o mal é
precisamente a liberdade para o homem enquanto “revolucionário” em seu
interior, isto é, enquanto consente na tirania das paixões sobre sua
inteligência e sua vontade.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;">E assim o liberalismo é fruto da mesma árvore que o igualitarismo.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;">Aliás, o orgulho, enquanto gera o ódio a qualquer autoridade<em>[19]</em>
, induz a uma atitude nitidamente liberal. E a este título deve ele ser
considerado um fator ativo do liberalismo. Quando, porém, se deu conta
de que, se deixarmos livres os homens, desiguais por suas aptidões e sua
aplicação, a liberdade engendrará a desigualdade, a Revolução, por ódio
a esta, deliberou sacrificar aquela. Daí nasceu sua fase socialista.
Esta fase não constitui senão uma etapa. A Revolução espera, em seu
termo final, realizar um estado de coisas em que a completa liberdade
coexista com a plena igualdade.<br />
<br />
<em><sup>[19]</sup> Cfr. item “A”, supra.</em><br />
<br />
Assim, historicamente, o movimento socialista é um mero requinte do
movimento liberal. O que leva um liberal autêntico a aceitar o
socialismo é precisamente que, neste, se proíbem tiranicamente mil
coisas boas, ou pelo menos inocentes, mas se favorece a satisfação
metódica, e por vezes com aspectos de austeridade, das piores e mais
violentas paixões, como a inveja, a preguiça, a luxúria. E de outro
lado, o liberal entrevê que a ampliação da autoridade no regime
socialista não passa, dentro da lógica do sistema, de meio para chegar à
tão almejada anarquia final.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;">Os entrechoques de certos liberais
ingênuos ou retardados, com os socialistas, são, pois, meros episódios
superficiais no processo revolucionário, inócuos <em>qui pro quo</em>
que não perturbam a lógica profunda da Revolução, nem sua marcha
inexorável num sentido que, bem vistas as coisas, é ao mesmo tempo
socialista e liberal.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em>d. A geração do “rock and roll”:</em>
o processo revolucionário nas almas, assim descrito, produziu nas
gerações mais recentes, e especialmente nos adolescentes atuais que se
hipnotizam com o “rock and roll”, um feitio de espírito que se
caracteriza pela espontaneidade das reações primárias, sem o controle da
inteligência nem a participação efetiva da vontade; pelo predomínio da
fantasia e das “<em>vivências</em>” sobre a análise metódica da
realidade: fruto, tudo, em larga medida, de uma pedagogia que reduz a
quase nada o papel da lógica e da verdadeira formação da vontade.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;"><em>e. Igualitarismo, liberalismo e anarquismo: </em>conforme
os itens anteriores (“a” a “d”), a efervescência das paixões
desregradas, se desperta de um lado o ódio a qualquer freio e qualquer
lei, de outro lado provoca o ódio contra qualquer desigualdade. Tal
efervescência conduz assim à concepção utópica do “anarquismo” marxista,
segundo a qual uma humanidade evoluída, vivendo numa sociedade sem
classes nem governo, poderia gozar da ordem perfeita e da mais inteira
liberdade, sem que desta se originasse qualquer desigualdade. Como se
vê, o ideal simultaneamente mais liberal e mais igualitário que se possa
imaginar.<br /> </span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: small;">Com efeito, a utopia anárquica do marxismo consiste em um estado de
coisas em que a personalidade humana teria alcançado um alto grau de
progresso, de tal maneira que lhe seria possível desenvolver-se
livremente numa sociedade sem Estado nem governo.<br />
Nessa sociedade - que, apesar de não ter governo, viveria em plena ordem
- a produção econômica estaria organizada e muito desenvolvida, e a
distinção entre trabalho intelectual e manual estaria superada. Um
processo seletivo ainda não determinado levaria à direção da economia os
mais capazes, sem que daí decorresse a formação de classes.</span></div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial; font-size: x-small;"><span style="font-size: small;">Estes seriam os únicos e
insignificantes resíduos de desigualdade. Mas, como essa sociedade
comunista anárquica não é o termo final da História, parece legítimo
supor que tais resíduos seriam abolidos em ulterior evolução.</span><br /></span><span style="color: #660000;"><b>Assim encerramos o Capítulo VII. Até o próximo!</b></span></div>
*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-30241529726243657792012-03-23T09:50:00.003-03:002012-03-24T11:07:34.713-03:00A Silenciosa e Mortal Revolução Cultural<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPTgpQ9UGCTbnlYpimxil2Hib32n8QCW5eDD2B98rPffG5Yt7RwenLk6OBBYQ1dwb9NoEgxvdDzvOeLmSC7J3wDZHHDnz8DnOK28tOyBt3EpO95Kt-teESdNqZPWNvZyih4EbFZzDKC7E/s1600/igreja+destruida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPTgpQ9UGCTbnlYpimxil2Hib32n8QCW5eDD2B98rPffG5Yt7RwenLk6OBBYQ1dwb9NoEgxvdDzvOeLmSC7J3wDZHHDnz8DnOK28tOyBt3EpO95Kt-teESdNqZPWNvZyih4EbFZzDKC7E/s1600/igreja+destruida.jpg" /></a></div><br />
<br />
<b style="color: #660000;">Vivemos em nossos dias um processo revolucionário de grande profundidade e sutileza, mas cujos macabros danos são imperceptíveis aos nossos olhos que nem as revoluções mais sangrentas lograram obter tanto lucro. É ela a Revolução Cultural! Ou seja: um fenômeno astuto e dissimulado que corrói, desde o seu cerne, nossa sociedade e que opera na nossa vida cotidiana, nos costumes, nas mentalidades, nos modos de ser, de sentir e de viver. <br />
<br />
Na verdade, esta modalidade de revolução é uma etapa indispensável para se chegar a estas mudanças. Um processo desagregador, mas aparentemente pacífico, que torna possível a implantação da utopia igualitária (comunismo/socialismo) e a tomada do poder pelos revolucionários, pois, sem este processo, a transformação revolucionária e as consequentes mudanças de ordem tornam-se efêmeras, como aconteceu no passado.<br />
<br />
Ela não é só constituída pela formulação e difusão dos seus intentos através da grande mídia, mas de conceitos e de doutrinas muito bem elaborados - como foi idealizada por Antonio Gramsci em "Cadernos do Cárcere", por exemplo, e que vem sendo praticada "pari passu" desde há cerca de, pelo menos, mais de 50 anos. É uma estratégia que desenrola-se bem em ambientes de despreocupação otimista (ah! isso faz parte da teoria da conspiração) e onde o incentivo aos aspectos de festividade da existência são exaltados (ah! eu quero mais é ser feliz!), bem como, em ambientes de total desinteresse pelos grandes assuntos que dizem respeito aos destinos do País e do mundo - o que leva à total ausência de questionamentos ou polêmicas (uma falsa sensação de paz) e ao relativismo total.<br />
<br />
É uma revolução imperceptível, pois utiliza métodos sofisticadíssimos de ação, tirando do indivíduo toda e qualquer capacidade de guiar sua própria conduta por padrões morais já consagrados desde há séculos. E, por assim ser, promove a tal mudança de mentalidades. Este "andar", aparentemente tranquilo e invisível como um um gás mortal e inodoro, faz com que a Revolução Cultural tenha como consequência o afastamento da verdadeira Fé Católica, a perseguição aos cristãos e a destruição dos restos de moral, de cultura e de hábitos de vida herdados da Civilização Cristã, pois que constituem entraves muito grandes para se chegar ao objetivo almejado.<br />
<br />
Apreciando a realidade brasileira de hoje, por exemplo, vemos a proliferação absurda e inédita do uso das drogas que tem levado as autoridades a cogitarem a despenalização das ilícitas; a impunidade e o consequente aumento da criminalidade, fazendo com que a população se sinta insegura; a promoção do descrédito e do desrespeito às instituições; o incentivo à formação de grupos (os negros, os homossexuais, os índios, os ricos, os sem-tetos, etc), atiçando-os uns contra os outros, numa eterna luta de classes; a tentativa incansável da desagregação e demolição da família, corroendo gradualmente seus fundamentos; a apresentação, nos meios midiáticos, do casamento católico indissolúvel como sendo uma "prisão" e prestigiando todas as formas de infidelidade conjugal, bem como o divórcio ou uniões livres; programas de educação sexual nas escolas, incentivando o hedonismo (prazer acima de tudo!) e a desconstrução de gênero (menino não é mais menino; menina não é mais menina), desde a tenra idade, através de Kits Gays e a descaracterização da linguagem ou idioma por meio de livros didáticos, tornando a linguagem inculta como padrão - um verdadeiro retrocesso só não admitido por apedeutas ou mal intencionados; o homossexualismo, que foi sempre considerado pela Igreja Católica um ato contra a natureza, nos vem sendo imposto goela abaixo pelo movimento gayzista e afins - um fenômeno que vem sendo, pouco a pouco, amparado por decisões judiciais; a promoção da matança de inocentes através de uma hábil propaganda com notas de sentimentalismo, aproveitando-se de histórias chocantes e manipulação de estatísticas, para propugnar a liberação do Aborto; a arte e a cultura, hoje em dia, sendo cada vez mais orientadas para a busca do absurdo, do feio e do irracional; os trajes cada vez mais uniformes e vulgares, tendendo para a despudoração e ao nudismo; a TV com sua transmissão contínua de cenas degradantes, violentas e obscenas vem bombardeando as mentes, aviltando-as e embrutecendo os espíritos até das nossas crianças, além da crescente penetração de modismos e de termos chulos e de palavrões etc - aspectos, todos estes e muitos outros, que têm como pano de fundo a ideologia revolucionária que prossegue sua silenciosa marcha rumo a esta total mudança.<br />
<br />
Ora, como consequência disso, estamos vivenciando, nestes nossos dias, um ambiente de degradação total: destruição da linguagem, da religião e a conivência com a quebra gradual de todos os padrões de moral e de cultura e da própria Ordem Natural da sociedade humana. E esta, sendo desmantelada, gera o caos. O homem que vive sem esta Ordem, passa a viver apenas segundo seus instintos e paixões e, neste caos, a proliferação de conflitos impera, gerando mais e mais desordens. </b><br />
<br />
<b style="color: #660000;">Aí está, em termos práticos e fáticos, o objetivo primordial da Revolução Cultural, qual seja: a geração do conflito entre os homens, a instauração da luta(militância), o parto - com dor e sangue - do ódio gerado pela desordem. Ódio racial, ódio religioso, ódio social, ódio familiar. Em última instância, ódio entre as classes, alicerce macabro do marxismo.<br />
<br />
De se notar, também, que a Revolução Cultural, propulsora do comunismo, pretende(?) atingir a utopia do que considera ser o "paraíso" na Terra, a partir da destruição e do ódio, como se de tão nefastas causas pudesse surgir algo minimamente benéfico.<br />
<br />
No entanto, tendo conhecimento sobre os meandros desta revolução silenciosa, tal qual poderoso veneno percorrendo as artérias de nossa civilização, temos que nos preparar para nos defender dos efeitos nocivos a que estamos sendo submetidos e tentarmos reverter este seu caminhar manso e progressivo que, de tão imperceptível, poucos se dão conta - e menos ainda são os que se mobilizam e reagem contra ela.<br />
<br />
Brademos e lutemos, pois, como cristãos, contra este processo devastador, chamando todos à atenção, valendo-nos de todos os meios possíveis, da contemporânea internet à vetusta, porém sempre eficiente, conversa "tête-à-tête". </b><br />
<br />
<b style="color: #660000;">Atuemos como Cruzados hodiernos, em todos os ambientes, alertando a todos sobre o que se passa! Evoquemos com fervor Maria, Nossa Mãe Santíssima - que por nós sempre intercede. Façamos nossa parte! Sejamos fiéis a Cristo e lutemos pela conservação incólume de nossa Civilização Cristã! Travemos o bom combate com decisão, abnegação e coragem! <br />
<br />
Se Deus é por nós, quem será contra nós?</b>*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-43559756202174339992012-02-20T16:36:00.000-02:002012-10-21T21:08:34.493-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte XII<div style="color: #660000;">
<b>Em falta com meus leitores, volto a repassar, como venho fazendo capítulo por capítulo, o livro "Revolução e Contra-Revolução" do Dr. Plínio Corrêa de Oliveira. Neste artigo, vou transcrever o capítulo VII - o qual dividirei em duas partes - da Parte I desta grande obra, que fala da Essência da Revolução.</b></div>
<div style="color: #660000;">
<b><br />
</b></div>
<div style="color: #660000;">
<b>No artigo anterior, só para recordarmos, o autor descreveu a Marcha da Revolução. Agora ele irá analisá-la em 3 partes: A Revolução por Excelência, Revolução e Legitimidade e Os Valores Metafísicos da Revolução (esta última, publicarei em artigo separado para dar mais destaque e por ser mais longo).</b></div>
<div style="color: #660000;">
<b><br />
</b></div>
<div style="color: #660000;">
<b>Creio que não há o que comentar. Está tudo ali bem explicado. Basta uma leitura atenta para apreendê-la.</b></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEju-6ArNWJCFHYQ7zxr-1E1Om4u2YO_A7CPMH4rUe-n5fIE4hpI9pRAaILbgL8dcAbAe1CpPMHrqs4YHzXqdyTBEP7xzckzr5Vzzq5eVE1T5Gx4kxe-9DOHAaoQyGPvS9TDjcK6SmtNstg/s1600/revolu%C3%A7%C3%A3o-russa-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEju-6ArNWJCFHYQ7zxr-1E1Om4u2YO_A7CPMH4rUe-n5fIE4hpI9pRAaILbgL8dcAbAe1CpPMHrqs4YHzXqdyTBEP7xzckzr5Vzzq5eVE1T5Gx4kxe-9DOHAaoQyGPvS9TDjcK6SmtNstg/s320/revolu%C3%A7%C3%A3o-russa-3.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div align="center" class="tituloRCR">
Parte I</div>
<br />
<div align="center" class="tituloartigo">
Capítulo VII<br />
A Essência da Revolução</div>
<div align="center" class="tituloartigo">
(1ª e 2ª partes) </div>
<div align="center" class="tituloartigo">
</div>
<div class="tituloartigo" style="text-align: left;">
<br />
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Descrita assim rapidamente a crise do Ocidente cristão, é oportuno analisá-la.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>1. A REVOLUÇÃO POR EXCELÊNCIA</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Esse processo crítico de que nos vimos ocupando é, já o dissemos, uma Revolução.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>A. Sentido da palavra “Revolução”</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Damos a este vocábulo o sentido de um movimento que visa destruir um poder ou uma ordem legítima e pôr em seu lugar um estado de coisas (intencionalmente não queremos dizer ordem de coisas) ou um poder ilegítimo.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>B. Revolução cruenta e incruenta</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><input align="left" height="103" hspace="10" longdesc="undefined" src="http://www.revolucao-contrarevolucao.com/userfiles/image/RCR/bombaatomica.jpg" type="image" width="131" />Nesse sentido, a rigor, uma Revolução pode ser incruenta. Esta de que nos ocupamos se desenvolveu e continua a se desenvolver por toda sorte de meios, alguns dos quais cruentos, e outros não. As duas guerras mundiais deste século, por exemplo, consideradas em suas conseqüências mais profundas, são capítulos dela, e dos mais sanguinolentos. Ao passo que a legislação cada vez mais socialista de todos ou quase todos os povos hodiernos constitui um progresso importantíssimo e incruento da Revolução.<br />
</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>C. A amplitude desta Revolução</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">A Revolução tem derrubado muitas vezes autoridades legítimas, substituindo-as por outras sem qualquer título de legitimidade. Mas haveria engano em pensar que ela consiste apenas nisto. Seu objetivo principal não é a destruição destes ou daqueles direitos de pessoas ou famílias. Mais do que isto, ela quer destruir toda uma ordem de coisas legítima, e substituí-la por uma situação ilegítima. E “ordem de coisas” ainda não diz tudo. É uma visão do universo e um modo de ser do homem, que a Revolução pretende abolir, com o intuito de substituí-los por outros radicalmente contrários.<br />
</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>D. A Revolução por excelência</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Neste sentido se compreende que esta Revolução não é apenas uma revolução, mas é a Revolução.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>E. A destruição da ordem por excelência</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Com efeito, a ordem de coisas que vem sendo destruída é a Cristandade medieval. Ora, essa Cristandade não foi uma ordem qualquer, possível como seriam possíveis muitas outras ordens. Foi a realização, nas circunstâncias inerentes aos tempos e aos lugares, da única ordem verdadeira entre os homens, ou seja, a civilização cristã.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Na Encíclica Immortale Dei, Leão XIII descreveu nestes termos a Cristandade medieval: “<i>Tempo houve em que a filosofia do Evangelho governava os Estados. Nessa época, a influência da sabedoria cristã e a sua virtude divina penetravam as leis, as instituições, os costumes dos povos, todas as categorias e todas as relações da sociedade civil. Então a Religião instituída por Jesus Cristo, solidamente estabelecida no grau de dignidade que lhe é devido, em toda parte era florescente, graças ao favor dos Príncipes e à proteção legítima dos Magistrados. Então o Sacerdócio e o Império estavam ligados entre si por uma feliz concórdia e pela permuta amistosa de bons ofícios. Organizada assim, a sociedade civil deu frutos superiores a toda a expectativa, cuja memória subsiste e subsistirá, consignada como está em inúmeros documentos que artifício algum dos adversários poderá corromper ou obscurecer<sup>[1]</sup></i>” .<br />
</span></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial;"><i><sup>[1]</sup> Encíclica “Immortale Dei”, de 1º-XI-1885, Bonne Presse, Paris, vol. II, p. 39.</i></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><br />
Assim, o que tem sido destruído, do século XV para cá, aquilo cuja destruição já está quase inteiramente consumada em nossos dias, é a disposição dos homens e das coisas segundo a doutrina da Igreja, Mestra da Revelação e da Lei Natural. Esta disposição é a ordem por excelência. O que se quer implantar é, per diametrum, o contrário disto. Portanto, a Revolução por excelência.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Sem dúvida, a presente Revolução teve precursores, e também prefiguras. Ario, Maomé, foram prefiguras de Lutero, por exemplo. Houve também utopistas em diferentes épocas, que conceberam, em sonhos, dias muito parecidos com os da Revolução. Houve por fim, em diversas ocasiões, povos ou grupos humanos que tentaram realizar um estado de coisas análogo às quimeras da Revolução.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Mas todos estes sonhos, todas essas prefiguras pouco ou nada são em confronto da Revolução em cujo processo vivemos. Esta, por seu radicalismo, por sua universalidade, por sua pujança, foi tão fundo e está chegando tão longe, que constitui algo de ímpar na História, e faz perguntar a muitos espíritos ponderados se realmente não chegamos aos tempos do Anticristo. De fato, parece que não estamos distantes, a julgar pelas palavras do Santo Padre João XXIII, gloriosamente reinante: “Nós vos dizemos, ademais, que, nesta hora terrível em que o espírito do mal busca todos os meios para destruir o Reino de Deus, devemos pôr em ação todas as energias para defendê-lo, se quereis evitar para vossa cidade ruínas imensamente maiores do que as acumuladas pelo terremoto de cinqüenta anos atrás. Quanto mais difícil seria então o reerguimento das almas, uma vez que tivessem sido separadas da Igreja ou submetidas como escravas às falsas ideologias do nosso tempo!”<sup>[2</sup>].<br />
</span></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial;"><i><sup>[2]</sup> Radiomensagem de 28-XII-1958, à População de Messina, no 50º aniversário do terremoto que destruiu essa cidade - in “L Osservatore Romano”, edição hebdomadária em língua francesa, de 23-I-1959.</i></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><br />
<b>2. REVOLUÇÃO E LEGITIMIDADE</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>A. A legitimidade por excelência</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Em geral, a noção de legitimidade tem sido focalizada apenas com relação a dinastias e governos. Atendidos os ensinamentos de Leão XIII na Encíclica Au Milieu des Solicitudes, de 16 de fevereiro de 1892<sup>[3]</sup> , não se pode entretanto fazer tábua rasa da questão da legitimidade dinástica ou governamental, pois é questão moral gravíssima que as consciências retas devem considerar com toda a atenção.</span></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial;"><i><sup>[3] </sup>Bonne Presse, Paris, vol. III, pp. 112 a 122.</i></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Porém não é só a este gênero de problemas que se aplica o conceito de legitimidade.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Há uma legitimidade mais alta, aquela que é a característica de toda ordem de coisas em que se torne efetiva a Realeza de Nosso Senhor Jesus Cristo, modelo e fonte da legitimidade de todas as realezas e poderes terrenos. Lutar pela autoridade legítima é um dever, e até um dever grave. Mas é preciso ver na legitimidade dos detentores da autoridade não só um bem excelente em si, mas um meio para atingir bem ainda muito maior, ou seja, a legitimidade de toda a ordem social, de todas as instituições e ambientes humanos, o que se dá com a disposição de todas as coisas segundo a doutrina da Igreja.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>B. Cultura e civilização católica</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">O ideal da Contra-Revolução é, pois, restaurar e promover a cultura e a civilização católica. Essa temática não estaria suficientemente enunciada, se não contivesse uma definição do que entendemos por “cultura católica” e “civilização católica”. Sabemos que os termos “civilização” e “cultura” são usados em muitos sentidos diversos. Bem se vê que não pretendemos aqui tomar posição em uma questão de terminologia. E que nos limitamos a usar esses vocábulos como rótulos de precisão relativa para mencionar certas realidade, mais preocupados em dar verdadeira idéia dessas realidades, do que em discutir sobre os termos.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Uma alma em estado de graça está na posse, em grau maior ou menor, de todas as virtudes. Iluminada pela Fé, dispõe dos elementos para formar a única visão verdadeira do universo.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">O elemento fundamental da cultura católica é a visão do universo elaborada segundo a doutrina da Igreja. Essa cultura compreende não só a instrução, isto é, a posse dos dados informativos necessários para uma tal elaboração, mas uma análise e uma coordenação desses dados conforme a doutrina católica. Ela não se cinge ao campo teológico, ou filosófico, ou científico, mas abrange todo o saber humano, reflete-se na arte e implica na afirmação de valores que impregnam todos os aspectos da existência.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Civilização católica é a estruturação de todas as relações humanas, de todas as instituições humanas, e do próprio Estado, segundo a doutrina da Igreja.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>C. Caráter sacral da civilização católica</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Está implícito que uma tal ordem de coisas é fundamentalmente sacral, e que ela importa no reconhecimento de todos os poderes da Santa Igreja, e particularmente do Sumo Pontífice: poder direito sobre as coisas espirituais, poder indireto sobre as coisas temporais, enquanto dizem respeito à salvação das almas.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Realmente, o fim da sociedade e do Estado é a vida virtuosa em comum. Ora, as virtudes que o homem é chamado a praticar são as virtudes cristãs, e destas a primeira é o amor a Deus. A sociedade e o Estado têm, pois, um fim sacral<sup>[4]</sup>. <br />
</span></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial;"><i><sup>[4]</sup> Cfr. Santo Tomás, De Regimine Principum, I, 14 e 15.</i></span></div>
<div align="right">
</div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Por certo é à Igreja que pertencem os meios próprios para promover a salvação das almas. Mas a sociedade e o Estado têm meios instrumentais para o mesmo fim, isto é, meios que, movidos por um agente mais alto, produzem efeito superior a si mesmos.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><b>D. Cultura e civilização por excelência</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">De todos estes dados é fácil inferir que a cultura e a civilização católica são a cultura por excelência e a civilização por excelência. É preciso acrescentar que não podem existir senão em povos católicos. Realmente, se bem que o homem possa conhecer os princípios da Lei Natural por sua própria razão, não pode um povo, sem o Magistério da Igreja, manter-se duravelmente no conhecimento de todos eles<sup>[5]</sup> . E, por este motivo, um povo que não professe a verdadeira Religião não pode duravelmente praticar todos os Mandamentos<sup>[6]</sup>. Nestas condições, e como sem o conhecimento e a observância da Lei de Deus não pode haver ordem cristã, a civilização e a cultura por excelência só são possíveis no grêmio da Santa Igreja. Com efeito, de acordo com o que disse São Pio X, a civilização “é tanto mais verdadeira, mais durável, mais fecunda em frutos preciosos, quanto mais puramente cristã; tanto mais decadente, para grande desgraça da sociedade, quanto mais se subtrai à idéia cristã. Por isto, pela força intrínseca das coisas, a Igreja torna-se também de fato a guardiã e protetora da civilização cristã”<sup>[7] </sup>.<br />
</span></div>
<div align="right">
<span style="font-family: Arial;"><i><sup>[5]</sup> Cfr. Concílio Vaticano I, sess. III, cap. 2 - D. 1786</i></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><i><sup>[6]</sup> Cfr. Concílio de Trento, sess. VI, cap. 2 - D. 812.</i></span><br />
<span style="font-family: Arial;"><i><sup>[7]</sup> Encíclica Il Fermo Proposito, de 11-VI-1905 – Bonne Presse, Paris, vol. II, p. 92.</i></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;"><br />
<b>E. A ilegitimidade por excelência</b></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial;">Se nisto consistem a ordem e a legitimidade, facilmente se vê no que consiste a Revolução. Pois é o contrário dessa ordem. É a desordem e a ilegitimidade por excelência.</span></div>
</div>
<div class="tituloartigo" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="tituloartigo" style="text-align: left;">
<b style="color: #660000;">Em breve, a 3ª parte deste capítulo. Até lá!</b></div>
*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-815196683386602172012-02-12T23:45:00.000-02:002012-02-12T23:45:06.699-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte XI<div style="color: #660000;"><b>Continuando com a leitura do Capítulo VI, Parte I de "Revolução e Contra-Revolução, darei seguimento à segunda parte deste capítulo, no qual Dr. Plínio desfaz algumas objeções, de forma bastante elucidativa.<br />
<br />
Volto a lembrar o leitor que não se esqueça de ler o artigo de Anatoli Oliynik "Gramsci e a Comunização do Brasil", como uma forma de ilustrar o exposto. E, desta vez, para servir de parâmetro sobre os tipos de revolucionários aqui descritos, peço que leiam também o artigo do Prof. Marlon Adami "Desconstruindo Marx", onde ele faz um relato isento de quem foi este ideólogo revolucionário, aparentemente tão distinto de Antonio Gramsci.</b></div><div style="color: #660000;"><b><br />
</b></div><div style="color: #660000;"><b>Boa leitura! Mas leiam atentamente!</b></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifuWBrzjdjAjp5IvhFq1OnFJST_TOoRJRlM7X0RV8Mu6-wMqvxFxZd0bNZ040-B0EKLjdCx1IOrC1KKxns6hAm_fS6smM-wcCgW_1QaDKMZcjmCucqzzO5TXfWMN9YWg7YmDm2-_3NBCI/s1600/clipsas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifuWBrzjdjAjp5IvhFq1OnFJST_TOoRJRlM7X0RV8Mu6-wMqvxFxZd0bNZ040-B0EKLjdCx1IOrC1KKxns6hAm_fS6smM-wcCgW_1QaDKMZcjmCucqzzO5TXfWMN9YWg7YmDm2-_3NBCI/s1600/clipsas.jpg" /></a></div><br />
<br />
<br />
<div align="center" class="tituloRCR">Parte I</div><br />
<div align="center" class="tituloartigo">Capítulo VI<br />
A Marcha da Revolução</div><div align="center" class="tituloartigo">(2ª parte) </div><br />
<h3><span style="font-family: Arial;"><span><span>5. DESFAZENDO OBJEÇÕES</span></span></span></h3><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Vistas estas noções, apresenta-se a ocasião para desfazer algumas objeções que, antes disto, não poderiam ser adequadamente analisadas.</span></div><h4><span style="font-family: Arial;"><span><span>A. Revolucionários de pequena velocidade e “semicontra-revolucionários</span></span><span><span>”</span></span></span></h4><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">O que distingue o revolucionário que seguiu o ritmo da marcha rápida, de quem se vai paulatinamente tornando tal segundo o ritmo da marcha lenta, está em que, quando o processo revolucionário teve início no primeiro, encontrou resistências nulas, ou quase nulas. A virtude e a verdade viviam nessa alma de uma vida de superfície. Eram como madeira seca, que qualquer fagulha pode incendiar. Pelo contrário, quando esse processo se opera lentamente, é porque a fagulha da Revolução encontrou, ao menos em parte, lenha verde. Em outros termos, encontrou muita verdade ou muita virtude que se mantêm infensas à ação do espírito revolucionário. Uma alma em tal situação fica bipartida, e vive de dois princípios opostos, o da Revolução e o da Ordem.</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Da coexistência desses dois princípios, podem surgir situações bem diversas:</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">* a. <em>O revolucionário de pequena velocidade</em>: ele se deixa arrastar pela Revolução, à qual opõe apenas a resistência da inércia.</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">* b. <em>O revolucionário de velocidade lenta, mas com “coágulos” contra-revolucionários</em>. Também ele se deixa arrastar pela Revolução. Mas em algum ponto concreto recusa-a. Assim, por exemplo, será socialista em tudo, mas conservará o gosto das maneiras aristocráticas. Conforme o caso, ele chegará até mesmo a atacar a vulgaridade socialista. Trata-se de uma resistência, sem dúvida. Mas resistência em ponto de pormenor, que não remonta aos princípios, toda feita de hábitos e impressões. Resistência por isto mesmo sem maior alcance, que morrerá com o indivíduo, e que, se se der num grupo social, cedo ou tarde, pela violência ou pela persuasão, em uma geração ou algumas, a Revolução em seu curso inexorável desmantelará.</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">* c. <em>O</em> <em>“semicontra-revolucionário”<sup>[5]</sup>:</em> diferencia-se do anterior apenas pelo fato de que nele o processo de “coagulação” foi mais enérgico, e remontou até a zona dos princípios básicos. De alguns princípios, já se vê, e não de todos. Nele a reação contra a Revolução é mais pertinaz, mais viva. Constitui um obstáculo que não é só de inércia. Sua conversão a uma posição inteiramente contra-revolucionária é mais fácil, pelo menos em tese. Um excesso qualquer da Revolução pode determinar nele uma transformação cabal, uma cristalização de todas as tendências boas, numa atitude de firmeza inabalável. Enquanto esta feliz transformação não se der, o “semi-contra-revolucionário” não pode ser considerado um soldado da Contra-Revolução.</span></div><div align="right" class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;"><em><sup>[5] </sup>Cfr. Parte I, cap. IX.</em></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">É característica do conformismo do revolucionário de marcha lenta, e do “semicontra-revolucionário”, a facilidade com que ambos aceitam as conquistas da Revolução. Afirmando a tese da união da Igreja e do Estado, por exemplo, vivem displicentemente no regime da hipótese, isto é, da separação, sem tentar qualquer esforço sério para que se torne possível restaurar algum dia em condições convenientes a união.</span></div><h4><span style="font-family: Arial;"><span><span>B. Monarquias protestantes - Repúblicas católicas</span></span></span></h4><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Uma objeção que se poderia fazer a nossas teses consistiria em dizer que, se o movimento republicano universal é fruto do espírito protestante, não se compreende como no mundo só haja atualmente<sup>[6]</sup> um Rei católico, e tantos países protestantes se conservem monárquicos.</span></div><div align="right" class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;"><em><sup>[6]</sup> Quando o livro foi escrito, em 1958</em></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">A explicação é simples. A Inglaterra, a Holanda e as nações nórdicas, por toda uma série de razões históricas, psicológicas, etc., são muito afins com a monarquia. Penetrando nelas, a Revolução não conseguiu evitar que o sentimento monárquico “coagulasse”. Assim, a realeza vem sobrevivendo obstinadamente nesses países, apesar de neles a Revolução ir penetrando cada vez mais a fundo em outros campos. “Sobrevivendo”..., sim, na medida em que morrer aos poucos pode ser chamado sobreviver. Pois a monarquia inglesa reduzida em larguíssima medida a um papel de aparato, e as demais realezas protestantes transformadas para quase todos os efeitos em repúblicas cujo chefe é vitalício e hereditário, vão agonizando suavemente, e, a continuarem assim as coisas, se extinguirão sem ruído.</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Sem negar que outras causas contribuem para esta sobrevida, queremos, entretanto, pôr em evidência o fator - muito importante, aliás - que se situa no âmbito de nossa exposição.</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Pelo contrário, nas nações latinas, o amor a uma disciplina externa e visível, a um poder público forte e prestigioso, é - por muitas razões - bem menor.</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">A Revolução não encontrou nelas, pois, um sentimento monárquico tão arraigado. Levou os tronos facilmente. Mas até agora não foi suficientemente forte para arrastar a Religião.</span></div><h4><span style="font-family: Arial;"><span><span>C. A austeridade protestante</span></span></span></h4><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Outra objeção a nosso trabalho poderia vir do fato de que certas seitas protestantes são de uma austeridade que toca as raias do exagero. Como, pois, explicar todo o protestantismo por uma explosão do desejo de gozar a vida?</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Ainda aqui, a objeção não é difícil de resolver. Penetrando em certos ambientes, a Revolução encontrou muito vivaz o amor à austeridade. Assim, formou-se um “coágulo”. E, se bem que ela aí tenha conseguido em matéria de orgulho todos os triunfos, não alcançou êxitos iguais em matéria de sensualidade. Em tais ambientes, goza-se a vida por meio dos discretos deleites do orgulho, e não pelas grosseiras delícias da carne. Pode até ser que a austeridade, acalentada pelo orgulho exacerbado, tenha reagido exageradamente contra a sensualidade. Mas essa reação, por mais obstinada que seja, é estéril: cedo ou tarde, por inanição ou pela violência, será destroçada pela Revolução. Pois não é de um puritanismo hirto, frio, mumificado, que pode partir o sopro de vida que regenerará a terra.</span></div><h4><span style="font-family: Arial;"><span><span>D. A frente única da Revolução</span></span></span></h4><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Tais “coagulações” e cristalizações conduzem normalmente ao entrechoque das forças da Revolução. Considerando-o, dir-se-ia que as potências do mal estão divididas contra si mesmas, e que é falsa nossa concepção unitária do processo revolucionário.</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Ilusão. Por um instinto profundo, que mostra que são harmônicas em seus elementos essenciais, e contraditórias apenas em seus acidentes, têm essas forças uma espantosa capacidade de se unirem contra a Igreja Católica, sempre que se encontrem em face dEla.</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Estéreis nos elementos bons que lhes restem, as forças revolucionárias só são realmente eficientes para o mal. E assim, cada qual ataca de seu lado a Igreja, que fica como uma cidade sitiada por um imenso exército.</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Entre essas forças da Revolução, cumpre não omitir os católicos que professam a doutrina da Igreja mas estão dominados pelo espírito revolucionário. Mil vezes mais perigosos que os inimigos declarados, combatem a Cidade Santa dentro de seus próprios muros, e bem merecem o que deles disse Pio IX: “<em>Embora os filhos do século sejam mais hábeis que os filhos da luz, seus ardis e suas violências teriam, sem dúvida, menor êxito se um grande número, entre aqueles que se intitulam católicos, não lhes estendesse mão amiga. Sim, infelizmente, há os que parecem querer caminhar de acordo com nossos inimigos, e se esforçam por estabelecer uma aliança entre a luz e as trevas, um acordo entre a justiça e a iniqüidade por meio dessas doutrinas que se chamam católico-liberais, as quais, apoiando-se sobre os mais perniciosos princípios, adulam o poder civil quando ele invade as coisas espirituais, e impulsionam as almas ao respeito, ou ao menos à tolerâncias das leis mais iníquas. Como se absolutamente não estivesse escrito que ninguém pode servir a dois senhores. São eles muito mais perigosos certamente e mais funestos do que os inimigos declarados, não só porque lhes secundam os esforços, talvez sem o perceberem, como também porque, mantendo-se no extremo limite das opiniões condenadas, tomam uma aparência de integridade e de doutrina irrepreensível, aliciando os imprudentes amigos de conciliações e enganando as pessoas honestas, que se revoltariam contra um erro declarado. Por isso, eles dividem os espíritos, rasgam a unidade e enfraquecem as forças que seria necessário reunir contra o inimigo"</em>.<sup>[7]</sup></span></div><div align="right" class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;"><em><sup>[7]</sup> Carta ao Presidente e membros do Círculo Santo Ambrósio, de Milão, de 6-III-1873, apud <span style="font-style: normal;">I Papi e la Gioventù</span>, Editrice A.V.E., Roma, 1944, p. 36.</em></span></div><h3><span style="font-family: Arial;"><span><span>6. OS AGENTES DA REVOLUÇÃO: A MAÇONARIA E AS DEMAIS FORÇAS SECRETAS</span></span></span></h3><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Uma vez que estamos estudando as forças propulsoras da Revolução, convém que digamos uma palavra sobre os agentes desta. </span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Não acreditamos que o mero dinamismo das paixões e dos erros dos homens possa conjugar meios tão diversos, para a consecução de um único fim, isto é, a vitória da Revolução.</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Produzir um processo tão coerente, tão contínuo, como o da Revolução, através das mil vicissitudes de séculos inteiros, cheios de imprevistos de toda ordem, nos parece impossível sem a ação de gerações sucessivas de conspiradores de uma inteligência e um poder extraordinários. Pensar que sem isto a Revolução teria chegado ao estado em que se encontra, é o mesmo que admitir que centenas de letras atiradas por uma janela poderiam dispor-se espontaneamente no chão, de maneira a formar uma obra qualquer, por exemplo, a “Ode a Satã”, de Carducci.</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">As forças propulsoras da Revolução têm sido manipuladas até aqui por agentes sagacíssimos, que delas se têm servido como meios para realizar o processo revolucionário.</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">De modo geral, podem qualificar-se agentes da Revolução todas as seitas, de qualquer natureza, engendradas por ela, desde seu nascedouro até nossos dias, para a difusão do pensamento ou a articulação das tramas revolucionárias. Porém, a seita-mestra, em torno da qual todas se articulam como simples forças auxiliares - por vezes conscientemente, e outras vezes não - é a Maçonaria, segundo claramente decorre dos documentos pontifícios, e especialmente da Encíclica <em>Humanum Genus</em> de Leão XIII, de 20 de abril de 1884 <sup>[8]</sup>.</span></div><div align="right" class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;"><em><sup>[8]</sup> Bonne Presse, Paris, vol. I, pp. 242 a 276.</em></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">O êxito que até aqui têm alcançado esses conspiradores, e particularmente a Maçonaria, deve-se não só ao fato de possuírem incontestável capacidade de se articularem e conspirarem, mas também ao seu lúcido conhecimento do que seja a essência profunda da Revolução, e de como utilizar as leis naturais - falamos das da política, da sociologia, da psicologia, da arte, da economia, etc.- para fazer progredir a realização de seus planos.</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Nesse sentido os agentes do caos e da subversão fazem como o cientista, que em vez de agir por si só, estuda e põe em ação as forças, mil vezes mais poderosas, da natureza.</span></div><div class="MsoFootnoteText"><span style="font-family: Arial;">É o que, além de explicar em grande parte o êxito da Revolução, constitui importante indicação para os soldados da Contra-Revolução. </span></div><br />
<b style="color: #660000;">No próximo artigo, será abordado capítulo que fala da Essência da Revolução. Até lá!</b>*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-43941340393007311712012-02-09T23:18:00.000-02:002012-02-09T23:18:10.732-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte X<div style="color: #660000;"><b>Após alguns dias sem escrever no blog, volto agora com o Capítulo VI da Parte I, do livro </b><b>de autoria do Dr. Plínio Corrêa de Oliveira , </b><b>"Revolução e Contra-Revolução", no qual darei continuidade ao Capítulo V do artigo anterior. </b></div><div style="color: #660000;"><b>Este capítulo, por ser mais extenso e ao mesmo tempo de importantíssima relevância - pois há que se fazer uma reflexão do que estamos vivendo em nossos dias -, será dividido em dois artigos, para que se possa dar a devida atenção.</b></div><div style="color: #660000;"><b>Leiam e observem se não é exatamente assim que se dá a marcha da Revolução por todo o Ocidente e que se destaca diante dos nossos olhos, tomando como parâmetro quatro acontecimentos recentes, quais sejam: do Comunismo na Rússia à Queda do Muro de Berlin até os dias de hoje, passando os olhos pela Revolução Cubana e pelo Socialismo Bolivariano do Século XXI, só para ilustrar.<br />
<br />
</b></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGZ8u0BbdoR24mXY2MWi7HuxUuC4_qq3mjem1r-h0aGWtmpIdL3Sa7fyAGWqbOXRcpwm5tBWk4mY-tUNKBnB0cGRir6Aho6D_Kug2Hx7PIopa5m_D8_rGQNchT-WoGKV-Da7Aa3jv59Hg/s1600/421108.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGZ8u0BbdoR24mXY2MWi7HuxUuC4_qq3mjem1r-h0aGWtmpIdL3Sa7fyAGWqbOXRcpwm5tBWk4mY-tUNKBnB0cGRir6Aho6D_Kug2Hx7PIopa5m_D8_rGQNchT-WoGKV-Da7Aa3jv59Hg/s320/421108.jpg" width="320" /></a></div><br />
<div align="center" class="tituloRCR">Parte I</div><br />
<div align="center" class="tituloartigo">Capítulo VI<br />
A Marcha da Revolução</div><div align="center" class="tituloartigo"> </div><div class="tituloartigo" style="text-align: left;"> <div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">As considerações anteriores já nos forneceram<span> </span>alguns dados sobre a marcha da Revolução, isto é, seu caráter processivo, as metamorfoses por que ela passa, sua irrupção no mais recôndito do homem, e sua exteriorização em atos. Como se vê, há toda uma dinâmica própria à Revolução. Disto podemos ter melhor idéia estudando ainda outros aspectos da marcha da Revolução.</span></div><h3><span style="font-family: Arial;"><span><span>1. A FORÇA PROPULSORA DA REVOLUÇÃO</span></span></span></h3><h4><span style="font-family: Arial;"><span><span>A. A Revolução e as tendências desordenadas</span></span></span></h4><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">A mais possante força propulsora da Revolução está nas tendências desordenadas.</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">E por isto a Revolução tem sido comparada a um tufão, a um terremoto, a um ciclone. É que as forças naturais desencadeadas são imagens materiais das paixões desenfreadas do homem.</span></div><h4><span style="font-family: Arial;"><span><span>B. Os paroxismos da Revolução estão inteiros nos germes desta</span></span></span></h4><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Como os cataclismos, as más paixões têm uma força imensa, mas para destruir.</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Essa força já tem potencialmente, no primeiro instante de suas grandes explosões, toda a virulência que se patenteará mais tarde nos seus piores excessos. Nas primeiras negações do protestantismo, por exemplo, já estavam implícitos os anelos anarquistas do comunismo. Se, do ponto de vista da formulação explícita, Lutero não era senão Lutero, todas as tendências, todo o estado de alma, todos os imponderáveis da explosão luterana já traziam consigo, de modo autêntico e pleno, embora implícito, o espírito de Voltaire e de Robespierre, de Marx e de Lenine<sup>[1]</sup>.</span></div><div align="right" class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;"><em><sup>[1]</sup> Cfr. Leão XIII, Encíclica “<span style="font-style: normal;">Quod Apostolici Muneris</span>”, de 28-XII-1878, Bonne Presse, Paris, vol. I, p. 28.</em></span></div><h4><span style="font-family: Arial;"><span><span>C. A Revolução exaspera suas próprias causas</span></span></span></h4><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Essas tendências desordenadas se desenvolvem como os pruridos e os vícios, isto é, à medida mesmo que se satisfazem, crescem em intensidade. As tendências produzem crises morais, doutrinas errôneas, e depois revoluções. Umas e outras, por sua vez, exacerbam as tendências. Estas últimas levam em seguida, e por um movimento análogo, a novas crises, novos erros, novas revoluções. É o que explica que nos encontremos hoje em tal paroxismo da impiedade e da imoralidade, bem como em tal abismo de desordens e discórdias.</span></div><h3><span style="font-family: Arial;"><span><span>2.<span> </span>OS APARENTES INTERSTÍCIOS DA REVOLUÇÃO</span></span></span></h3><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Considerando a existência de períodos de uma calmaria acentuada, dir-se-ia que neles a Revolução cessou. E assim parece que o processo revolucionário é descontínuo, e portanto não é uno.</span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Ora, essas calmarias são meras metamorfoses da Revolução. Os períodos de tranqüilidade aparente, supostos interstícios, têm sido em geral de fermentação revolucionária surda e profunda. Haja vista o período da Restauração (1815-1830) <sup>[2]</sup>.</span></div><div align="right" class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;"><em><sup>[2] </sup>Cfr. Parte I, cap. IV.</em></span></div><h3><span style="font-family: Arial;"><span><span>3. A MARCHA DE REQUINTE EM REQUINTE</span></span></span></h3><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Pelo que vimos<sup>[3]</sup><a href="http://www.revolucao-contrarevolucao.com/verrevcontrarev.asp?id=8#_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span><span class="MsoFootnoteReference"></span></span></span></a> se explica que cada etapa da Revolução, comparada com a anterior, não seja senão um requinte. O humanismo naturalista e o protestantismo se requintaram na Revolução Francesa, a qual, por sua vez, se requintou no grande processo revolucionário de bolchevização do mundo hodierno.</span></div><div align="right" class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;"><em><sup>[3] </sup>Cfr. nº 1, C, supra.</em></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">É que as paixões desordenadas, indo num crescendo análogo ao que produz a aceleração na lei da gravidade, e alimentando-se de suas próprias obras, acarretam conseqüências que, por sua vez, se desenvolvem segundo intensidade proporcional. E, na mesma progressão, os erros geram erros, e as revoluções abrem caminho umas para as outras.</span></div><h3><span style="font-family: Arial;"><span><span>4. AS VELOCIDADES HARMÔNICAS DA REVOLUÇÃO</span></span></span></h3><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Esse processo revolucionário se dá em duas velocidades diversas. Uma, rápida, é destinada geralmente ao fracasso no plano imediato. A outra tem sido habitualmente coroada de êxito, e é muito mais lenta.</span></div><h4><span style="font-family: Arial;"><span><span>A. A alta velocidade</span></span></span></h4><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Os movimentos pré-comunistas dos anabatistas, por exemplo, tiraram imediatamente, em vários campos, todas ou quase todas as conseqüências do espírito e das tendências da Pseudo-Reforma: fracassaram.</span></div><h4><span style="font-family: Arial;"><span><span>B. A marcha morosa</span></span></span></h4><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Lentamente, ao longo de mais de quatro séculos, as correntes mais moderadas do protestantismo, caminhando de requinte em requinte, por etapas de dinamismo e de inércia sucessivas, vão entretanto favorecendo paulatinamente, de um ou de outro modo, a marcha do Ocidente para o mesmo ponto extremo <sup>[4]</sup>.</span></div><div align="right" class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;"><sup>[4]</sup> Cfr. Parte II, Cap. VIII, 2. </span></div><h4><span style="font-family: Arial;"><span><span>C. Como se harmonizam essas velocidades</span></span></span></h4><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Cumpre estudar o papel de cada uma dessas velocidades na marcha da Revolução. Dir-se-ia que os movimentos mais velozes são inúteis. Porém, não é verdade. A explosão desses extremismos levanta um estandarte, cria um ponto de mira fixo que fascina pelo seu próprio radicalismo os moderados, e para o qual estes se vão lentamente encaminhando. Assim, o socialismo repudia o comunismo mas o admira em silêncio e tende para ele. Mais remotamente o mesmo se poderia dizer do comunista Babeuf e seus sequazes nos últimos lampejos da Revolução Francesa. Foram esmagados. Mas lentamente a sociedade vai seguindo o caminho para onde eles a quiseram levar. O fracasso dos extremistas é, pois, apenas aparente. Eles colaboram indireta, mas possantemente, para a Revolução, atraindo paulatinamente para a realização de seus culposos e exacerbados devaneios a multidão incontável dos “prudentes”, dos “moderados”, e dos medíocres.</span></div></div><br />
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<b style="color: #660000;">No próximo artigo, publicarei a segunda parte deste capítulo, onde o autor desfaz objeções. Aguardem!</b>*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-26231111182332407172012-02-02T13:15:00.000-02:002012-02-02T13:15:52.401-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte IX<div style="color: #660000;"><b>Veremos a seguir, no Capítulo V de "Revolução e Contra-Revolução", o estudo das três profundidades da Revolução. </b></div><div style="color: #660000;"><b>Este talvez seja o um dos capítulos no qual mais se deva prestar uma especial atenção, fazendo uma analogia com a realidade em que nos encontramos e que, inadvertidamente, nos vemos tragados por ela - tal é a sutileza no 'modus operandi' da Revolução.</b></div><div style="color: #660000;"><b>Creio e tenho por certo, que destas três revoluções (nas tendências, nas idéias, nos fatos) sobreveio o relativismo moral, o aniquilamento de qualquer distinção entre verdade e erro, bem e mal. E isso fez criar uma ilusão de paz entre os homens, pela interpenetração, pelo nivelamento de todas as religiões, filosofias, escolas de pensamento e de cultura. Tudo equivalendo a tudo, ou seja, tudo é nada! Caos implantado nas raízes mais profundas do pensamento humano, a causar uma desordem completa no existir do homem.</b></div><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIUTZ_FzCpRZOcnI3MnE5YH56mFmSbdVYdqSOb20O85BIohJrzXuV-14kHHX0QWlYHMGnc9y4N7TOjhK1bQyiJswHRIWACdrUnp63gW0e-6JTx62eN7KgpEmmdRzXm0JMbuqmudLKxYfA/s1600/47408_1376083561895_1226022341_30858120_1706191_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIUTZ_FzCpRZOcnI3MnE5YH56mFmSbdVYdqSOb20O85BIohJrzXuV-14kHHX0QWlYHMGnc9y4N7TOjhK1bQyiJswHRIWACdrUnp63gW0e-6JTx62eN7KgpEmmdRzXm0JMbuqmudLKxYfA/s320/47408_1376083561895_1226022341_30858120_1706191_n.jpg" width="320" /></a></div><br />
<br />
<div align="center" class="tituloRCR">Parte I</div><br />
<div align="center" class="tituloartigo">Capítulo V<br />
As Três Profundidades da Revolução: Nas tendências, nas idéias, nos fatos</div><div align="center" class="tituloartigo"> </div><div class="tituloartigo" style="text-align: left;"> <div align="justify"><strong><span style="font-family: Arial;">1. A REVOLUÇÃO NAS TENDÊNCIAS</span></strong></div><div align="justify"><span style="font-family: Arial;"> Como vimos, essa Revolução é um processo feito de etapas, e tem sua origem última em determinadas tendências desordenadas que lhe servem de alma e de força propulsora mais íntima . Assim, podemos também distinguir na Revolução três profundidades, que cronologicamente até certo ponto se interpenetram. A primeira, isto é, a mais profunda, consiste em uma crise nas tendências. Essas tendências desordenadas, que por sua própria natureza lutam por realizar-se, já não se conformando com toda uma ordem de coisas que lhes é contrária, começam por modificar as mentalidades, os modos de ser, as expressões artísticas e os costumes, sem desde logo tocar de modo direto - habitualmente, pelo menos - nas idéias.</span></div><div align="justify"><strong><span style="font-family: Arial;"> 2. A REVOLUÇÃO NAS IDÉIAS</span></strong></div><div align="justify"><span style="font-family: Arial;"> Dessas camadas profundas, a crise passa para o terreno ideológico. Com efeito - como Paul Bourget pôs em evidência em sua célebre obra <em>Le Démon du Midi</em> - “<em>cumpre viver como se pensa, sob pena de, mais cedo ou mais tarde, acabar por pensar como se viveu</em>” . Assim, inspiradas pelo desregramento das tendências profundas, doutrinas novas eclodem. Elas procuram por vezes, de início, um <em>modus vivendi</em> com as antigas, e se exprimem de maneira a manter com estas um simulacro de harmonia que habitualmente não tarda em se romper em luta declarada.</span></div><div align="justify"><strong><span style="font-family: Arial;"> 3. A REVOLUÇÃO NOS FATOS</span></strong></div><div align="justify"><span style="font-family: Arial;"> Essa transformação das idéias estende-se, por sua vez, ao terreno dos fatos, onde passa a operar, por meios cruentos ou incruentos, a transformação das instituições, das leis e dos costumes, tanto na esfera religiosa quanto na sociedade temporal. É uma terceira crise, já toda ela na ordem dos fatos.</span></div><div align="justify"><strong><span style="font-family: Arial;"> 4. OBSERVAÇÕES DIVERSAS</span></strong></div><div align="justify"><span style="font-family: Arial;"> A. As profundidades da Revolução não se identificam com etapas cronológicas</span></div><div align="justify"><span style="font-family: Arial;"> Essas profundidades são, de algum modo, escalonadas. Mas uma análise atenta evidência que as operações que a Revolução nelas realiza de tal modo se interpenetram no tempo, que essas diversas profundidades não podem ser vistas como outras tantas unidades cronológicas distintas.</span></div><div align="justify"><span style="font-family: Arial;"> B. Nitidez das três profundidades da Revolução</span></div><div align="justify"><span style="font-family: Arial;"> Essas três profundidades nem sempre se diferenciam nitidamente umas das outras. O grau de nitidez varia muito de um caso concreto a outro.</span></div><div align="justify"><span style="font-family: Arial;"> C. O processo revolucionário não é incoercível</span></div><div align="justify"><span style="font-family: Arial;"> O caminhar de um povo através dessas várias profundidades não é incoercível, de tal maneira que, dado o primeiro passo, ele chegue necessariamente até o último, e resvale para a profundidade seguinte. Pelo contrário, o livre arbítrio humano, coadjuvado pela graça, pode vencer qualquer crise, como pode deter e vencer a própria Revolução. Descrevendo esses aspectos, fazemos como um médico que descreve a evolução completa de uma doença até a morte, sem pretender com isto que a doença seja incurável.</span></div></div><br />
<b style="color: #660000;">No próximo Capítulo, será abordada a marcha deste processo revolucionário e de sua relação com as tendências desordenadas do homem. Até lá! </b>*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-62629074454432058062012-01-31T00:42:00.001-02:002012-01-31T01:26:34.630-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte VIII<div style="color: #660000;"><b>Após apontar os caracteres do processo revolucionário e suas várias etapas, abordaremos, no capítulo IV de "Revolução e Contra-Revolução", </b><b>as metamorfoses do processo revolucionário.</b></div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div style="color: #660000;"><b>Os fatos atuais estão a mostrar-nos que o comunismo não morreu, mas passa por uma velhaca metamorfose para nos iludir. Mediante esta nova "maquiagem", visa mais facilmente atingir sua meta final: a implantação de um estado anárquico. A deterioração moral dos costumes e a demolição de todas as instituições, principalmente a família, é o seu maior objetivo</b><b>. </b></div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl3iU2lLeGe1JVOWjUFyzvM-tNpbry9mzAkxf5Qa8QtImaWN2tOnAhmipDs-CCGihuelTrvs3Yw_EuY8DRiOSOHJ5exOAn8QS6hL51d0bS8yMqYo4JxodUpVcuS-VxZX4mmWS39tgCTDQ/s1600/encruci.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhl3iU2lLeGe1JVOWjUFyzvM-tNpbry9mzAkxf5Qa8QtImaWN2tOnAhmipDs-CCGihuelTrvs3Yw_EuY8DRiOSOHJ5exOAn8QS6hL51d0bS8yMqYo4JxodUpVcuS-VxZX4mmWS39tgCTDQ/s320/encruci.jpg" width="320" /></a></div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div align="center" class="tituloRCR">Parte I</div><br />
<div align="center" class="tituloartigo">Capitulo IV<br />
As Metamorfoses do Processo Revolucionário</div><div align="center" class="tituloartigo"></div><div class="tituloartigo" style="text-align: left;"> <span style="font-family: arial;">Como se depreende da análise feita no capítulo anterior, o processo revolucionário é o desenvolvimento, por etapas, de certas tendências desregradas do homem ocidental e cristão, e dos erros delas nascidos.<br />
Em cada etapa, essas tendências e erros têm um aspecto próprio. A Revolução vai, pois, se metamorfoseando ao longo da História.<br />
Essas metamorfoses que se observam nas grandes linhas gerais da Revolução, se repetem, em ponto menor, no interior de cada grande episódio dela.<br />
Assim, o espírito da Revolução Francesa, em sua primeira fase, usou máscara e linguagem aristocrática e até eclesiástica. Freqüentou a corte e sentou-se à mesa do Conselho do Rei.<br />
Depois, tornou-se burguês e trabalhou pela extinção incruenta da monarquia e da nobreza, e por uma velada e pacífica supressão da Igreja Católica.<br />
Logo que pôde, fez-se jacobino, e se embriagou de sangue no Terror.<br />
Mas os excessos praticados pela facção jacobina despertaram reações. Ele voltou atrás, percorrendo as mesmas etapas. De jacobino transformou-se em burguês no Diretório, com Napoleão estendeu a mão à Igreja e abriu as portas à nobreza exilada, e, por fim, aplaudiu a volta dos Bourbons. Terminada a Revolução Francesa, não termina com isto o processo revolucionário. Ei-lo que torna a explodir com a queda de Carlos X e a ascensão de Luís Felipe, e assim por sucessivas metamorfoses, aproveitando seus sucessos e mesmo seus insucessos, chegou ele até o paroxismo de nossos dias.<br />
A Revolução usa, pois, suas metamorfoses não só para avançar, como também para operar os recuos táticos que tão freqüentemente lhe têm sido necessários.<br />
Por vezes, movimento sempre vivo, ela tem simulado estar morta. E é esta uma de suas metamorfoses mais interessantes. Na aparência, a situação de um determinado país se apresenta como inteiramente tranqüila. A reação contra-revolucionária se distende e adormece. Mas, nas profundidades da vida religiosa, cultural, social, ou econômica, a fermentação revolucionária vai sempre ganhando terreno. E, ao cabo desse aparente interstício, explode uma convulsão inesperada, freqüentemente maior que as anteriores.</span></div><br />
<b style="color: #660000;">Volto aqui, porque, mais uma vez, vale lembrar (sempre faço questão de lembrar) que Antonio Gramsci (1891-1937), um dos fundadores do Partido Comunista Italiano em 1921, foi o primeiro teórico marxista a defender que a revolução na Europa Ocidental teria que se desviar muito do rumo seguido pelos bolcheviques russos, comandados por Lênin e seguido por Stalin.<br />
<br />
Lênin, por exemplo, sustentava que a revolução deveria começar pela tomada do Estado para, a partir daí, transformar a sociedade. Gramsci inverteu esses termos: a revolução deveria começar pela transformação da sociedade, privando a classe dominante da direção da “sociedade civil” e, só então, atacar o poder do Estado.<br />
<br />
Durante os anos de 1926 a 1935, Antonio Gramsci escreveu inúmeros textos sobre o comunismo, sob o título "Cadernos do Cárcere". Esta publicação, difundida em vários continentes, passou a ser o Catecismo das Esquerdas que viram nela uma forma muito mais potente de realizar o velho sonho de implantar o Totalitarismo, sem que fosse necessário o derramamento de sangue - um evidente recuo estratégico de que falou Dr. Plínio, dando uma aparência de morte, mas que "</b><span style="color: #660000;">nas profundidades da vida religiosa, cultural, social, ou econômica, a fermentação revolucionária vai sempre ganhando terreno</span><b style="color: #660000;">."<br />
<br />
Sugiro que o leitor, arrume um tempinho e leia o artigo de Anatoli Oliynik, "GRAMSCI E A COMUNIZAÇÃO DO BRASIL" e conheça mais este processo de 'metamorfoseamento' que já acontece em nossos dias, desde há mais de 50 anos aqui no Brasil.</b><br />
<br />
<b style="color: #660000;">Na próximo artigo (Capítulo V) veremos as três profundidades da Revolução: nas tendências, nas idéias e nos fatos. Até lá!</b>*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-36245101521204547922012-01-28T00:29:00.001-02:002012-01-28T01:01:08.015-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte VII<div style="color: #660000;"><b>Antes de dar continuidade, gostaria de dizer aos leitores que estão acompanhando a leitura do livro neste blog que, na época de seu lançamento, "Revolução e Contra-Revolução" teve uma grande repercussão nos meios intelectuais brasileiros e de outros países como, EUA, França, Espanha, Argentina e Chile. Porém, justamente aqui no Brasil, onde o livro foi publicado pela primeira vez, ele passa por um grave processo de esquecimento, tanto nos meios eclesiásticos como também intelectuais.</b></div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div style="color: #660000;"><b>Não é para menos. Simplesmente não se lê - o ler não é muito bem aceito aqui neste país-; muito menos divulgado. E, por se tratar de uma leitura de análise crítica filosofo-histórica, não é de interesse da mídia, comandada pela batuta revolucionária, que seja divulgado. Não obstante, se chegam a lê-lo, o fazem superficialmente, dando margem a uma leitura impregnada de interpretações equivocadas.</b></div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div style="color: #660000;"><b>Quero, portanto, nesta parte do livro que fala de ditadura, desfazer qualquer equívoco interpretativo que possa haver - principalmente pela leitura liberal-esquerdista que domina o cenário acadêmico brasileiro - esclarecendo que: Dr. Plínio jamais em momento algum apoiou ditaduras militares ou totalitárias na América Latina ou em qualquer parte do mundo. Ao contrário, sempre defendeu a ordem. E por "ordem” ele entendia “não apenas a tranquilidade material, mas a disposição das coisas segundo seu fim e de acordo com a respectiva escala de valores." Além disso, como veremos mais adiante, na Parte II do livro, a Contra-Revolução proposta pelo autor, visa o retorno sadio e saudável da civilização cristã - uma civilização anti-militarista, anti-totalitária que fará uso equilibrado do progresso material, mas que acima de tudo viverá iluminada providência, pela misericórdia de Deus e pelo seu corpo místico, que é a Igreja.</b></div><div style="color: #660000;"><b><br />
</b></div><b style="color: #660000;">Peço, então, que leiam cuidadosamente o texto a seguir, onde o autor nos mostra que a principal característica de uma ditadura não é a concentração do poder em uma só pessoa, mas a onipotência do Estado. Assim concluimos o Capítulo III da Parte I de "Revolução e Contra-Revolução".</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-_3TIrlslnMGyVG0Qt0-fqtpmMCBpQ4eMBwpuqFNLm0o7C2t4ETdgvVDT8xPBtu5BVRr7RoozIcpzudGYN27ssmL7KysR5dQjGEeRtToNGoOrgAQM8rUCcGW7WsBa8Tja7qxrXf12ebA/s1600/tumblr_lnjbopzFEY1qjv5iyo1_400.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-_3TIrlslnMGyVG0Qt0-fqtpmMCBpQ4eMBwpuqFNLm0o7C2t4ETdgvVDT8xPBtu5BVRr7RoozIcpzudGYN27ssmL7KysR5dQjGEeRtToNGoOrgAQM8rUCcGW7WsBa8Tja7qxrXf12ebA/s320/tumblr_lnjbopzFEY1qjv5iyo1_400.jpg" width="320" /></a></div><br />
<span id="goog_717316960"></span><span id="goog_717316961"></span><br />
<span style="font-family: arial;"></span><br />
<span style="font-family: arial;"><b>F. Revolução, Contra-Revolução e ditadura<a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=4184418593578521403" id="ditadura" name="ditadura"></a></b></span><br />
<span style="font-family: arial;"> As presentes considerações sobre a posição da Revolução e do pensamento católico em face das formas de governo suscitarão em vários leitores uma interrogação: a ditadura é um fator de Revolução, ou de Contra-Revolução?<br />
Para responder com clareza a uma pergunta a que têm sido dadas tantas soluções confusas e até tendenciosas, é necessário estabelecer uma distinção entre certos elementos que se emaranham desordenadamente na idéia de ditadura, como a opinião pública a conceitua. Confundindo a ditadura em tese com o que ela tem sido in concreto em nosso século, o público entende por ditadura um estado de coisas em que um chefe dotado de poderes irrestritos governa um país. Para o bem deste, dizem uns. Para o mal, dizem outros. Mas em um e outro caso, tal estado de coisas é sempre uma ditadura.<br />
Ora, este conceito envolve dois elementos distintos:<br />
- onipotência do Estado;<br />
<br />
- concentração do poder estatal em uma só pessoa.<br />
<br />
No espírito público, parece que o segundo elemento chama mais a atenção. Entretanto, o elemento básico é o primeiro, pelo menos se entendermos por ditadura um estado de coisas em que o Poder público, suspensa qualquer ordem jurídica, dispõe a seu talante de todos os direitos. Que uma ditadura possa ser exercida por um Rei (a ditadura real, isto é, a suspensão de toda a ordem jurídica e o exercício irrestrito do poder público pelo Rei, não se confunde com o Ancien Régime, em que estas garantias existiam em considerável medida, e muito menos com a monarquia orgânica medieval) ou um chefe popular, uma aristocracia hereditária ou um clã de banqueiros, ou até pela massa, é inteiramente evidente.<br />
<br />
Em si, uma ditadura exercida por um chefe ou um grupo de pessoas não é revolucionária nem contra-revolucionária. Ela será uma ou outra coisa em função das circunstância de que se originou, e da obra que realizar. E isto, quer esteja em mãos de um homem, quer de um grupo.<br />
<br />
Há circunstâncias que exigem, para a salus populi, uma suspensão provisória de todos os direitos individuais, e o exercício mais amplo do poder público. A ditadura pode, portanto, ser legítima em certos casos.<br />
<br />
Uma ditadura contra-revolucionária e, pois, inteiramente norteada pelo desejo de Ordem, deve apresentar três requisitos essenciais:<br />
<br />
* Deve suspender os direitos, não para subverter a Ordem, mas para a proteger. E por Ordem não entendemos apenas a tranqüilidade material, mas a disposição das coisas segundo seu fim, e de acordo com a respectiva escala de valores. Há, pois, uma suspensão de direitos mais aparente do que real, o sacrifício das garantias jurídicas de que os maus elementos abusavam em detrimento da própria ordem e do bem comum, sacrifício este todo voltado para a proteção dos verdadeiros direitos dos bons.<br />
<br />
* Por definição, esta suspensão deve ser provisória, e deve preparar as circunstâncias para que o mais cedo possível se volte à ordem e à normalidade. A ditadura, na medida em que é boa, vai fazendo cessar sua própria razão de ser. A intervenção do Poder público nos vários setores da vida nacional deve fazer-se de maneira que, o mais breve possível, cada setor possa viver com a necessária autonomia. Assim, cada família deve poder fazer tudo aquilo de que por sua natureza é capaz, sendo apoiada apenas subsidiariamente por grupos sociais superiores naquilo que ultrapasse o seu âmbito. Esses grupos, por sua vez, só devem receber o apoio do município no que excede à normal capacidade deles, e assim por diante nas relações entre o município e a região, ou entre esta e o país.<br />
<br />
* O fim precípuo da ditadura legítima hoje em dia deve ser a Contra-Revolução. O que, aliás, não implica em afirmar que a ditadura seja normalmente um meio necessário para a derrota da Revolução. Mas em certas circunstâncias pode ser.<br />
<br />
Pelo contrário, a ditadura revolucionária visa eternizar-se, viola os direitos autênticos, e penetra em todas as esferas da sociedade para as aniquilar, desarticulando a vida de família, prejudicando as elites genuínas, subvertendo a hierarquia social, alimentando de utopias e de aspirações desordenadas a multidão, extinguindo a vida real dos grupos sociais e sujeitando tudo ao Estado: em uma palavra, favorecendo a obra da Revolução. Exemplo típico de tal ditadura foi o hitlerismo.<br />
<br />
Por isto, a ditadura revolucionária é fundamentalmente anticatólica. Com efeito, em um ambiente verdadeiramente católico, não pode haver clima para uma tal situação.<br />
<br />
O que não quer dizer que a ditadura revolucionária, neste ou naquele país, não tenha procurado favorecer a Igreja. Mas trata-se de atitude meramente política, que se transforma em perseguição franca ou velada, logo que a autoridade eclesiástica comece a deter o passo à Revolução.</span><br />
<i><span style="font-family: Arial;"></span></i> <br />
<br />
<br />
<b style="color: #660000;">Aqui concluo o Capítulo III. Até o próximo artigo, onde serão abordad</b><b style="color: #660000;">as as metamorfoses do processo revolucionário</b><b style="color: #660000;">!</b>*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-42646664008405611302012-01-26T22:05:00.001-02:002012-01-26T22:07:33.710-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte VI<div style="color: #660000;"><b>Caro leitor que vem acompanhando a leitura do livro "Revolução e Contra-Revolução" do Prof. Plínio Corrêa de Oliveira neste blog, hoje publico o 6º artigo.</b></div><div style="color: #660000;"><b>Após discorrer sobre os caracteres das 3 Grandes Revoluções, nos primeiros cinco artigos, descrevendo as características do processo revolucionário e sua ação na História do Ocidente, será abordado, neste item E do Capítulo III, da Parte I do livro "Revolução e Contra-Revolução", o pensamento da Igreja em matéria de regimes de governo. </b></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieIbu1Mh1O7l-Zn8wYp9X4egQ84MTOojWAeuV_PoxcrgysUnAwl37hiC-EXOtyy1yCc2WtDMtnPhj6SAjXKyzJbPbwfIKUzazw5I_P_W8QpZ33O3fcJOJmyPh95OZOjuk1B6bFZf4tVzA/s1600/roma-antiga.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieIbu1Mh1O7l-Zn8wYp9X4egQ84MTOojWAeuV_PoxcrgysUnAwl37hiC-EXOtyy1yCc2WtDMtnPhj6SAjXKyzJbPbwfIKUzazw5I_P_W8QpZ33O3fcJOJmyPh95OZOjuk1B6bFZf4tVzA/s320/roma-antiga.jpg" width="320" /></a></div><br />
<br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b>E. Monarquia, república e religião<a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=4184418593578521403&postID=4264666400840561130" id="monarquia" name="monarquia"></a></b></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">A fim de evitar qualquer equívoco, convém acentuar que esta exposição não contém a afirmação de que a república é um regime político necessariamente revolucionário. Leão XIII deixou claro, ao falar das diversas formas de governo, que “<i>cada uma delas é boa, desde que saiba caminhar retamente para seu fim, a saber, o bem comum, para o qual a autoridade social é constituída</i>”<sup>[3]</sup>.</div><div align="right" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><i><sup>[3]</sup>Encíclica “Au Milieu des Solicitudes”, de 16-II-1892, Bonne Presse, Paris, vol. III, p. 116.</i></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Taxamos de revolucionária, isto sim, a hostilidade professada, por princípio, contra a monarquia e a aristocracia, como sendo formas essencialmente incompatíveis com a dignidade humana e a ordem normal das coisas. É o erro condenado por São Pio X na Carta Apostólica “<i>Notre Charge Apostolique</i>”, de 25 de agosto de 1910. Nela censura o grande e santo Pontífice a tese do “<i>Sillon</i>”, de que “<i>só a democracia inaugurará o reino da perfeita justiça</i>”, e exclama: “<i>Não é isto uma injúria às outras formas de governo, que são rebaixadas, por esse modo, à categoria de governos impotentes, aceitáveis à falta de melhor?</i>”<sup>[4]</sup>.</div><div align="right" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><i><sup>[4]</sup>A.A.S., vol. II, p. 618.</i></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Ora, sem este erro, inviscerado no processo de que falamos, não se explica inteiramente que a monarquia, qualificada pelo Papa Pio VI como sendo em tese a melhor forma de governo - <i>praestantioris monarchici regiminis forma<sup>[5]</sup></i> -, tenha sido objeto, nos séculos XIX e XX, de um movimento mundial de hostilidade que deu por terra com os tronos e as dinastias mais veneráveis. A produção em série de repúblicas para o mundo inteiro é, a nosso ver, um fruto típico da Revolução, e um aspecto capital dela.</div><div align="right" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><i><sup>[5] </sup>Alocução ao Consistório, de 17-VI-1793, “Les Enseignements Pontificaux - La paix intérieure des Nations - par les moines de Solesmes”, Desclée & Cie., p. 8.</i></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Não pode ser taxado de revolucionário quem para sua Pátria, por razões concretas e locais, ressalvados sempre os direitos da autoridade legítima, prefere a democracia à aristocracia ou à monarquia. Mas sim quem, levado pelo espírito igualitário da Revolução, odeia em princípio, e qualifica de injusta ou inumana por essência, a aristocracia ou a monarquia.</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Desse ódio antimonárquico e antiaristocrático, nascem as democracias demagógicas, que combatem a tradição, perseguem as elites, degradam o tônus geral da vida, e criam um ambiente de vulgaridade que constitui como que a nota dominante da cultura e da civilização, ... se é que os conceitos de civilização e de cultura se podem realizar em tais condições.</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Como diverge desta democracia revolucionária a democracia descrita por Pio XII: “<i>Segundo o testemunho da História, onde reina uma verdadeira democracia, a vida do povo está como que impregnada de sãs tradições, que é ilícito abater. Representantes dessas tradições são, antes de tudo, as classes dirigentes, ou seja, os grupos de homens e mulheres ou as associações, que dão, como se costuma dizer, o tom na aldeia e na cidade, na região e no país inteiro.</i></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><i>“Daqui, em todos os povos civilizados, a existência e o influxo de instituições eminentemente aristocráticas, no sentido mais elevado da palavra, como são algumas academias de larga e bem merecida fama. Pertence a este número também a nobreza</i>”<sup>[6]</sup> . Como se vê, o espírito da democracia revolucionária é bem diverso daquele que deve animar uma democracia conforme a doutrina da Igreja.</div><div align="right" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><i><sup>[6] </sup>Alocução ao Patriciado e à Nobreza Romana, de 16-I-1946, Discorsi e Radiomessaggi, vol. VII, p. 340.</i></div><div align="right" style="color: #660000;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><b style="color: #660000;">O 7º artigo tratará da Ditadura: é ela revolucionária ou contra-revolucionária? Aguardem! </b></div><div style="text-align: left;"></div>*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-37799080702289571712012-01-21T14:20:00.000-02:002012-01-21T14:20:56.472-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte V<div style="color: #660000;"><b>Seguindo com a leitura do livro "Revolução e Contra-Revolução" e ainda discorrendo sobre os caracteres das crises, do Capítulo III, da Parte I, falaremos agora do item D, que trata do Comunismo. Neste Capítulo, Dr. Plinio Corrêa de Oliveira mostra como as revoluções protestante e francesa, logicamente, haveriam de dar origem a esta Terceira Grande Revolução.</b></div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div style="color: #660000;"><b>Antes de prosseguir, creio que é de fundamental importância que se esclareça o seguinte aspecto: o comunismo não é senão uma forma extrema de socialismo. Do ponto de vista ideológico, não há diferença substancial entre os dois. Na verdade, a União Soviética, um país comunista, chamou-se “União das Repúblicas Socialistas Soviéticas” (1922-1991) e igualmente a China comunista, Cuba e Vietnã se definem como nações socialistas. E quando se fala de um, fala-se de outro, pois comunismo e socialismo são, na verdade, a mesma ideologia. Ambos violam a liberdade pessoal, a natureza humana, a propriedade privada, se opõem ao casamento tradicional, ao direito dos pais na educação, promovem a igualdade radical, o ateísmo, o relativismo e zombam da Religião. </b></div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div style="color: #660000;"><b>Os Teólogos da Libertação pregam, inclusive, a possibilidade de um “comunismo cristão”, uma espécie de socialismo aliado ao Evangelho. Neste aspecto, no entanto, o Papa Pio XI afirmou taxativamente: <em>“Socialismo religioso, socialismo católico, são termos contraditórios — termos que ‘urram de se encontrar juntos’. Ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista”</em> (Encíclica <em>Quadragesimo Anno,</em> 15-5-1931).</b></div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div style="color: #660000;"><b>Voltemos ao livro:</b></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2y7LsyG1AZcych0AdLNtpveHkfQ6n_YyB-EPkeUJzr1VJ-vTF3fuTSJzRY5itK6cddxu2ykO8pu2zah3yUqIv6HfLx9TDmQkQ8gQZyCfdvoEMBccmDn2ja0ibGwYnAFVvulDUsED-xMI/s1600/marx_engels.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2y7LsyG1AZcych0AdLNtpveHkfQ6n_YyB-EPkeUJzr1VJ-vTF3fuTSJzRY5itK6cddxu2ykO8pu2zah3yUqIv6HfLx9TDmQkQ8gQZyCfdvoEMBccmDn2ja0ibGwYnAFVvulDUsED-xMI/s320/marx_engels.jpg" width="320" /></a></div><br />
<br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><strong><em>D. Comunismo</em><a href="" id="comunismo" name="comunismo"></a></strong></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">No protestantismo nasceram algumas seitas que, transpondo diretamente suas tendências religiosas para o campo político, prepararam o advento do espírito republicano. São Francisco de Sales, no século XVII, premuniu contra estas tendências republicanas o Duque de Sabóia<sup>[2]</sup>. Outras, indo mais longe, adotaram princípios que, se não se chamarem comunistas em todo o sentido hodierno do termo, são pelo menos pré-comunistas.</div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span><div align="right" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><em><sup>[2]</sup>Cfr. Sainte-Beuve, “Études des lundis - XVIIème siècle - Saint François de Sales”,<br />
Librairie Garnier, Paris, 1928, p. 364.</em></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Da Revolução Francesa nasceu o movimento comunista de Babeuf. E mais tarde, do espírito cada vez mais vivaz da Revolução, irromperam as escolas do comunismo utópico do século XIX e o comunismo dito científico de Marx.</div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">E o que de mais lógico? O deísmo tem como fruto normal o ateísmo. A sensualidade, revoltada contra os frágeis obstáculos do divórcio, tende por si mesma ao amor livre. O orgulho, inimigo de toda superioridade, haveria de investir contra a última desigualdade, isto é, a de fortunas. E assim, ébrio de sonhos de República Universal, de supressão de toda autoridade eclesiástica ou civil, de abolição de qualquer Igreja e, depois de uma ditadura operária de transição, também do próprio Estado, aí está o neobárbaro do século XX, produto mais recente e mais extremado do processo revolucionário.</div><br />
<b style="color: #660000;">Outra coisa que temos de ter bem presente é que, passados alguns anos, depois da euforia provocada pela queda do Muro e, posteriormente, pela abertura da Cortina de Ferro, são poucos os intelectuais e analistas políticos que ousam afirmar que o comunismo morreu ou que o comunismo acabou. O comunismo, na realidade, metamorfoseou-se e está passando por uma transformação. Devemos estar atentos quanto a essa nova face do comunismo, pois numa coisa os comunistas não mudarão: sua determinação firme de destruir o que ainda resta de Civilização Cristã.</b><br />
<br />
<b style="color: #660000;">Até o próximo artigo!</b>*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-51559624751110569382012-01-19T22:16:00.000-02:002012-01-19T22:16:36.172-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte IV<div style="color: #660000;"><b>Segue, neste quarto artigo, o Capítulo III da Parte I do livro REVOLUÇÃO E CONTRA-REVOLUÇÃO, cujo autor, Dr. Plínio Corrêa de Oliveira, trata da imensa crise que envolve o mundo atual e seu processo revolucionário. </b></div><div style="color: #660000;"><b>No último artigo, mostrei como se deu a decadência da Idade Média (item A). Neste artigo, vou mostrar os traços essenciais da Primeira Grande Revolução, levada a efeito pelo Humanismo e pelo Protestantismo, no item B.</b></div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6sW24Ak0M_IzWVGjId6qDO0jmWyhXOg5NKEkZtswk2hmPhKLx3b7BCmbBXDXoWdYLqtacqVwSz4J6U2ufp-mJI2MuXATHpahsEzjeTvheiT8xjNliLQPFTPRk4Qger3ED9_8UEZeFcL8/s1600/aquinas-769477.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6sW24Ak0M_IzWVGjId6qDO0jmWyhXOg5NKEkZtswk2hmPhKLx3b7BCmbBXDXoWdYLqtacqVwSz4J6U2ufp-mJI2MuXATHpahsEzjeTvheiT8xjNliLQPFTPRk4Qger3ED9_8UEZeFcL8/s320/aquinas-769477.jpg" width="320" /></a></div><br />
<span style="font-family: arial;"></span><br />
<span style="font-family: arial;"><i><b>B. Pseudo-Reforma e Renascença</b></i><a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=4184418593578521403&postID=5155962475111056938" id="pseudoreforma" name="pseudoreforma"></a></span><br />
<span style="font-family: arial;"> Este novo estado de alma continha um desejo possante, se bem que mais ou menos inconfessado, de uma ordem de coisas fundamentalmente diversa da que chegara a seu apogeu nos séculos XII e XIII.<br />
A admiração exagerada, e não raro delirante, pelo mundo antigo, serviu como meio de expressão a esse desejo. Procurando muitas vezes não colidir de frente com a velha tradição medieval, o Humanismo e a Renascença tenderam a relegar a Igreja, o sobrenatural, os valores morais da Religião, a um segundo plano. O tipo humano, inspirado nos moralistas pagãos, que aqueles movimentos introduziram como ideal na Europa, bem como a cultura e a civilização coerentes com este tipo humano, já eram os legítimos precursores do homem ganancioso, sensual, laico e pragmático de nossos dias, da cultura e da civilização materialistas em que cada vez mais vamos imergindo. Os esforços por uma Renascença cristã não lograram esmagar em seu germe os fatores de que resultou o triunfo paulatino do neopaganismo.<br />
Em algumas partes da Europa, este se desenvolveu sem levar à apostasia formal. Importantes resistências se lhe opuseram. E mesmo quando ele se instalava nas almas, não lhes ousava pedir - de início pelo menos - uma formal ruptura com a Fé.<br />
Mas em outros países ele investiu às escâncaras contra a Igreja. O orgulho e a sensualidade, em cuja satisfação está o prazer da vida pagã, suscitaram o protestantismo.<br />
O orgulho deu origem ao espírito de dúvida, ao livre exame, à interpretação naturalista da Escritura. Produziu ele a insurreição contra a autoridade eclesiástica, expressa em todas as seitas pela negação do caráter monárquico da Igreja Universal, isto é, pela revolta contra o Papado. Algumas, mais radicais, negaram também o que se poderia chamar a alta aristocracia da Igreja, ou seja, os Bispos, seus Príncipes. Outras ainda negaram o próprio sacerdócio hierárquico, reduzindo-o a mera delegação do povo, único detentor verdadeiro do poder sacerdotal.<br />
No plano moral, o triunfo da sensualidade no protestantismo se afirmou pela supressão do celibato eclesiástico e pela introdução do divórcio.</span><br />
<br />
<div style="color: #660000;"><b>Em suma, a revolução protestante, conhecida como Pseudo-reforma, constitui, juntamente com a Renascença, a primeira etapa do processo multissecular de destruição da Civilização Cristã, que teve início com a decadência da Idade Média.</b></div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div style="color: #660000;"><b>O item C do Cap. III falará sobre a Segunda Grande Revolução - a Revolução Francesa - e suas correlações com a primeira.</b></div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi842WcBerdL_4pniu3KJ-SczEl_QhyphenhyphenPM2SqNsaf1hZmQk64y8Ksn0-Cr5u547RH8GpOQzOxzeXYOMLGh9k0tANptW9yCW1QpcNJJnXjt9Ual6mx6OGkncH-oumO43_Po45EciZB-PCJAw/s1600/1713.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi842WcBerdL_4pniu3KJ-SczEl_QhyphenhyphenPM2SqNsaf1hZmQk64y8Ksn0-Cr5u547RH8GpOQzOxzeXYOMLGh9k0tANptW9yCW1QpcNJJnXjt9Ual6mx6OGkncH-oumO43_Po45EciZB-PCJAw/s320/1713.jpg" width="320" /></a></div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div style="color: #660000;"><b></b></div><span style="font-family: arial;"></span><em><strong>C. Revolução Francesa</strong></em><a href="" id="revfrancesa" name="revfrancesa"></a> <div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">A ação profunda do Humanismo e da Renascença entre os católicos não cessou de se dilatar numa crescente cadeia de conseqüências, em toda a França. Favorecida pelo enfraquecimento da piedade dos fiéis - ocasionado pelo jansenismo e pelos outros fermentos que o protestantismo do século XVI desgraçadamente deixara no Reino Cristianíssimo - tal ação teve por efeito no século XVIII uma dissolução quase geral dos costumes, um modo frívolo e brilhante de considerar as coisas, um endeusamento da vida terrena, que preparou o campo para a vitória gradual da irreligião. Dúvidas em relação à Igreja, negação da divindade de Cristo, deísmo, ateísmo incipiente foram as etapas dessa apostasia.</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Profundamente afim com o protestantismo, herdeira dele e do neopaganismo renascentista, a Revolução Francesa realizou uma obra de todo em todo simétrica à da Pseudo-Reforma. A Igreja Constitucional que ela, antes de naufragar no deísmo e no ateísmo, tentou fundar, era uma adaptação da Igreja da França ao espírito do protestantismo. E a obra política da Revolução Francesa não foi senão a transposição, para o âmbito do Estado, da “reforma” que as seitas protestantes mais radicais adotaram em matéria de organização eclesiástica:<br />
<br />
- Revolta contra o Rei, simétrica à revolta contra o Papa;<br />
<br />
- Revolta da plebe contra os nobres, simétrica à revolta da “plebe” eclesiástica, isto é, dos fiéis, contra a “aristocracia” da Igreja, isto é, o Clero;<br />
<br />
- Afirmação da soberania popular, simétrica ao governo de certas seitas, em medida maior ou menor, pelos fiéis.</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b></b><b style="color: #660000;"><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">Até o próximo artigo! </span></b></div>*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-54476044241633383852012-01-16T02:04:00.004-02:002012-01-19T22:19:45.498-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte III<div style="color: #660000;"><b>Dando continuidade ao Capítulo III da Parte I, neste artigo vou citar cada momento da História onde a crise começou a se manifestar de modo mais proeminente, começando pela Idade Média. </b></div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVR6PJzFcnBJoD6bOYpbF5LQwcyf8qQR87WslnvHaAJYaKyFu_9ygLwBqpapYfzmjWxBVN7HlZLbMFNxUsDiMMh1DpEtoUqMcbfwg-xfvQ6SoyaM02dF95iJWwk1kwTvOYYSVgBou4sLE/s1600/Tres+Riches+Heures+du+duc+de+Berry%252C+Mar%25C3%25A7o%252C+Idade+Media.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVR6PJzFcnBJoD6bOYpbF5LQwcyf8qQR87WslnvHaAJYaKyFu_9ygLwBqpapYfzmjWxBVN7HlZLbMFNxUsDiMMh1DpEtoUqMcbfwg-xfvQ6SoyaM02dF95iJWwk1kwTvOYYSVgBou4sLE/s320/Tres+Riches+Heures+du+duc+de+Berry%252C+Mar%25C3%25A7o%252C+Idade+Media.jpg" width="288" /></a></div><div style="color: #660000;"><b>Antes, gostaria de poder desmistificar um pouco este período que foi chamado de Idade das Trevas - o que não é verdade - e já tem sido refutado por grandes personalidades, como Jacques Heers, diretor do Departamento de Estudos Medievais da Universidade de Paris-Sorbonne IV, em sua obra “Le Moyen Age, une Imposture - Vérités et Légendes” , Perrin, Paris, 1993, que disse tratar-se de </b>"uma legenda urdida a partir do século XVIII e sabiamente orquestrada pelos revolucionários franceses de 1789, pelos bonzos da História e, sobretudo pelos mestres do ensino público”<b> ; pelo Prof <span class="caption">Rodney Stark, “A Vitória da Razão”, Random House, New York, 2005, onde ele diz que </span></b><span class="caption">"nos últimos anos estes pontos de vista ficaram tão completamente desacreditados que até alguns dicionários e enciclopédias começaram a se referir à noção de "Era das Trevas" como sendo um mito"</span><b><span class="caption"> e que </span></b><span class="caption">"a Era das Trevas é um boato espalhado por intelectuais anti-religiosos, amarguradamente anti-católicos do século XVIII que estavam decididos a afirmar a superioridade cultural do seu próprio tempo, e que engrossavam sua pretensão denegrindo os séculos passados como — nas palavras de Voltaire — uma época em que a "barbárie, a superstição e a ignorância cobriram a face do mundo."</span><b><span class="caption">, entre outros. <br />
</span></b></div><div style="color: #660000;"><b><span class="caption">Claramente se vê a desonestidade daqueles revoltosos, pois na realidade foi exatamente neste período em que houve o apogeu da Cristandade, </span>sob o influxo de todas as energias naturais e sobrenaturais entesouradas nas nações cristãs.</b></div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div style="color: #660000;"><b>Em seu livro “A Cruzada do século XX”, Plínio Correa de Oliveira nos conta que foi na Idade Média que houve </b>"o conhecimento profundo da ordem natural das coisas;[...]"<b>; que foi neste período que </b>"Nasceram os reinos, e as estirpes fidalgas, os costumes corteses, e as leis justas, as corporações e a cavalaria, a escolástica e as universidades, o estilo gótico e o canto dos menestréis, por exemplo."<b>; que os homens desta época lutavam pela realização do ideal da Civilização Cristã e </b>"daí uma consonância profunda de todas as instituições, de todos os costumes, de todas as tradições nascidas nessa época."</div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div style="color: #660000;"><b>Além disso, sabe-se também que na Idade Média, o povo legislava mediante <span style="font-style: italic;">leis consuetudinárias, </span>isto é, leis codificadas dos costumes que todas as categorias sociais elaboravam. Nem o rei, nem o nobre, nem os eclesiásticos podiam ir contra o costume, desde que não violasse a Lei de Deus e os demais costumes já existentes. A família era uma instituição sólida, organizada e tinha uma grande influência no meio: era ela que dominava a vida pública e não o inverso, como hoje. E, ao contrário do que se diz, a mulher da Idade Média era valorizada e respeitada. Frequentava universidades, desempenhavam notável papel na Igreja medieval. Muitas mártires cristãs, como Santa Agnes e Santa Cecília, surgiram na Idade Média. </b>"Verdade é que a jovem era dada em casamento pelos pais sem que tivesse livre escolha do seu futuro consorte. Todavia, observe-se que também o rapaz era assim tratado; por conseguinte, homens e mulheres eram sujeitos ao mesmo regime.",<b> conforme relata Régine Pernoud, em “Idade Média ‒ o que não nos ensinaram”</b>.</div><div style="color: #660000;"><br />
</div><div style="color: #660000;"><b>Todos estes dados poderão ser conferidos no blog: http://gloriadaidademedia.blogspot.com/</b></div><div style="color: #660000;"><b><br />
</b></div><div style="color: #660000;"><b>Desfeitos estes mitos, voltemos ao livro "Revolução e Contra-Revolução" de que estou tratando.</b></div><br />
<br />
<div align="center" class="tituloRCR">Parte I</div><br />
<div align="center" class="tituloartigo">Capítulo III<br />
Caracteres dessa Crise</div><div align="center" class="tituloartigo"></div><div class="tituloartigo" style="text-align: left;"> <span style="font-family: arial;"><i><b>A. Decadência da Idade Média</b></i><a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=4184418593578521403&postID=5447604424163338385" id="idademedia" name="idademedia"></a><br />
Já esboçamos na Introdução os grandes traços deste processo. É oportuno acrescentar aqui alguns pormenores.<br />
No século XIV começa a observar-se, na Europa cristã, uma transformação de mentalidade que ao longo do século XV cresce cada vez mais em nitidez. O apetite dos prazeres terrenos se vai transformando em ânsia. As diversões se vão tornando mais freqüentes e mais suntuosas. Os homens se preocupam sempre mais com elas. Nos trajes, nas maneiras, na linguagem, na literatura e na arte o anelo crescente por uma vida cheia de deleites da fantasia e dos sentidos vai produzindo progressivas manifestações de sensualidade e moleza. Há um paulatino deperecimento da seriedade e da austeridade dos antigos tempos. Tudo tende ao risonho, ao gracioso, ao festivo. Os corações se desprendem gradualmente do amor ao sacrifício, da verdadeira devoção à Cruz, e das aspirações de santidade e vida eterna. A Cavalaria, outrora uma das mais altas expressões da austeridade cristã se torna amorosa e sentimental, a literatura de amor invade todos os países, os excessos do luxo e a conseqüente avidez de lucros se estendem por todas as classes sociais.<br />
Tal clima moral, penetrando nas esferas intelectuais, produziu claras manifestações de orgulho, como o gosto pelas disputas aparatosas e vazias, pelas argúcias inconsistentes, pelas exibições fátuas de erudição, e lisonjeou velhas tendências filosóficas, das quais triunfara a Escolástica, e que já agora, relaxado o antigo zelo pela integridade da Fé, renasciam em aspectos novos. O absolutismo dos legistas, que se engalanavam com um conhecimento vaidoso do Direito Romano, encontrou em Príncipes ambiciosos um eco favorável. E “pari passu” foi-se extinguindo nos grandes e nos pequenos a fibra de outrora para conter o poder real nos legítimos limites vigentes nos dias de São Luís de França e São Fernando de Castela.<br />
<br />
<b style="color: #660000; font-family: "Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif;">No próximo artigo, será abordado o tema "Contra-Reforma e Renascença". Até lá!</b></span></div>*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-67517355948280273392012-01-15T00:55:00.005-02:002012-01-19T22:20:23.701-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte II<b style="color: #660000;"><span class="style38">Como disse no artigo anterior, o livro do D. Plínio Corrêa de Oliveira, REVOLUÇÃO E CONTRA-REVOLUÇÃO quer tratar é sobre </span></b><i><b style="color: #660000;"><span class="style38"> </span></b></i><span style="font-family: Arial;">os contornos da imensa avalancha que é a Revolução, dar-lhe o nome adequado, indicar muito sucintamente suas causas profundas, os agentes que a promovem, os elementos essenciais de sua doutrina, a importância respectiva dos vários terrenos em que ela age, o vigor de seu dinamismo, o “mecanismo” de sua expansão. Simetricamente, </span><b style="color: #660000;"><span class="style38">tratar</span></b><span style="font-family: Arial;"> depois de pontos análogos referentes à Contra-Revolução, e </span><b style="color: #660000;"><span class="style38">estudar</span></b><span style="font-family: Arial;"> algumas das suas condições de vitória.<br />
</span><b style="color: #660000;"><span class="style38">Então vamos lá!</span></b><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqPMdAEqyx5Ld3cFC9frLVsdRCMqSCtLW5w0XJDAtgJXY6G1e8jE5VrS6PhSSvU-5uafwqBnV92L5LyEjLryOqL6o-JiLrk6BBNxU3EcMCytoZSzvkHT2KwgCc8u61ar7XahoTSvvd8CQ/s1600/ACCR-CR_media.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqPMdAEqyx5Ld3cFC9frLVsdRCMqSCtLW5w0XJDAtgJXY6G1e8jE5VrS6PhSSvU-5uafwqBnV92L5LyEjLryOqL6o-JiLrk6BBNxU3EcMCytoZSzvkHT2KwgCc8u61ar7XahoTSvvd8CQ/s400/ACCR-CR_media.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div align="center" class="tituloRCR">Parte I</div><br />
<div align="center" class="tituloartigo">Capítulo I<br />
Crise do Homem Contemporâneo<br />
<br />
<div style="text-align: left;"><span style="font-family: Arial;">As muitas crises que abalam o mundo hodierno - do Estado, da família, da economia, da cultura, etc. - não constituem senão múltiplos aspectos de uma só crise fundamental, que tem como campo de ação o próprio homem. Em outros termos, essas crises têm sua raiz nos problemas de alma mais profundos, de onde se estendem para todos os aspectos da personalidade do homem contemporâneo e todas as suas atividades.<br />
</span></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br />
<div align="center" class="tituloRCR">Parte I</div><br />
<div align="center" class="tituloartigo">Capítulo II<br />
Crise do Homem Ocidental e Cristão<br />
<br />
<div style="text-align: left;"><span style="font-family: Arial;">Essa crise é principalmente a do homem ocidental e cristão, isto é, do europeu e de seus descendentes, o americano e o australiano. E é enquanto tal que mais particularmente a estudaremos. Ela afeta também os outros povos, na medida em que a estes se estende e neles criou raiz o mundo ocidental. Nesses povos tal crise se complica com os problemas próprios às respectivas culturas e civilizações e ao choque entre estas e os elementos positivos ou negativos da cultura e da civilização ocidentais.<br />
</span><b style="color: #660000;"><span class="style38"><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: small;">Aqui quero intervir com algo que agora me veio à lembrança, quando no Capítulo I, diz que a crise</span> </span></b><span style="font-family: Arial;">tem como campo de ação o próprio homem.<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: small;"> </span></span><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: small;"><b style="color: #660000;">Mikhail Bakunin, um anarquista russo e </b><b style="color: #660000;">companheiro de Marx na Primeira internacional, </b><b style="color: #660000;">que tinha um programa completo de revolução, disse que </b></span><span style="color: #660000; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: small;"><i>“Nesta revolução, devemos despertar o demônio no povo a fim de estimular as suas paixões mais inferiores”. </i></span><b style="color: #660000;"><span class="style38"><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: small;">Ora, se o demônio foi incapaz de trazer abaixo o trono de Deus, nada mais natural que ele insista em exterminar com Sua grande e mais amada criação: o homem - principalmente o homem cristão!</span><br />
<br />
<br />
Seguindo a leitura:<br />
</span></b><br />
<div align="center" class="tituloRCR">Parte I</div><br />
<div align="center" class="tituloartigo">Capítulo III<br />
Caracteres dessa Crise<br />
<br />
<div style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;">Por mais profundos que sejam os fatores de diversificação dessa crise nos vários países hodiernos, ela conserva, sempre, cinco caracteres capitais:<br />
<b> 1. É UNIVERSAL</b><a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=4184418593578521403&postID=6751735594828027339" id="universal" name="universal"></a><br />
Essa crise é universal. Não há hoje povo que não esteja atingido por ela, em grau maior ou menor.<br />
<b>2. É UNA</b><a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=4184418593578521403&postID=6751735594828027339" id="una" name="una"></a><br />
Essa crise é una. Isto é, não se trata de um conjunto de crises que se desenvolvem paralela e autonomamente em cada país, ligadas entre si por algumas analogias mais ou menos relevantes.<br />
Quando ocorre um incêndio numa floresta, não é possível considerar o fenômeno como se fosse mil incêndios autônomos e paralelos, de mil árvores vizinhas umas das outras. A unidade do fenômeno “combustão”, exercendo-se sobre a unidade viva que é a floresta, e a circunstância de que a grande força de expansão das chamas resulta de um calor no qual se fundem e se multiplicam as incontáveis chamas das diversas árvores, tudo, enfim, contribui para que o incêndio da floresta seja um fato único, englobando numa realidade total os mil incêndios parciais, por mais diferentes, aliás, que cada um destes seja em seus acidentes.<br />
A Cristandade ocidental constituiu um só todo, que transcendia os vários países cristãos, sem os absorver. Nessa unidade viva se operou uma crise que acabou por atingi-la toda inteira, pelo calor somado e, mais do que isto, fundido, das sempre mais numerosas crises locais que há séculos se vêm interpenetrando e entreajudando ininterruptamente. Em conseqüência, a Cristandade, enquanto família de Estados oficialmente católicos, de há muito cessou de existir. Dela restam como vestígios os povos ocidentais e cristãos. E todos se encontram presentemente em agonia, sob a ação deste mesmo mal.<br />
<b> 3. É TOTAL<a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=4184418593578521403&postID=6751735594828027339" id="total" name="total"></a></b><br />
Considerada em um dado país, essa crise se desenvolve numa zona de problemas tão profunda, que ela se prolonga ou se desdobra, pela própria ordem das coisas, em todas as potências da alma, em todos os campos da cultura, em todos os domínios, enfim, da ação do homem.<br />
<b> 4. É DOMINANTE<a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=4184418593578521403&postID=6751735594828027339" id="dominante" name="dominante"></a></b><br />
Encarados superficialmente, os acontecimentos dos nossos dias parecem um emaranhado caótico e inextricável, e de fato o são de muitos pontos de vista.<br />
Entretanto, podem-se discernir resultantes, profundamente coerentes e vigorosas, da conjunção de tantas forças desvairadas, desde que estas sejam consideradas do ângulo da grande crise de que tratamos.<br />
Com efeito, ao impulso dessas forças em delírio, as nações ocidentais vão sendo gradualmente impelidas para um estado de coisas que se vai delineando igual em todas elas, e diametralmente oposto à civilização cristã.<br />
De onde se vê que essa crise é como uma rainha a que todas as forças do caos servem como instrumentos eficientes e dóceis.<br />
<b> 5. É PROCESSIVA<a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=4184418593578521403&postID=6751735594828027339" id="processiva" name="processiva"></a></b><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtcAVEyyzs8yqiMNSyHtcotNtYJh2ZiHVES5bJddoXU7MJkjnpdUaOcn0gaqTMc7DP9gE17mbDo9XAvetOaE-uSNCJCO4kiUPZ0W5SP4zwLtnrRT9Sk37ItgNY6Rh06FGLYE5WZO_owsE/s1600/pio-xii-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtcAVEyyzs8yqiMNSyHtcotNtYJh2ZiHVES5bJddoXU7MJkjnpdUaOcn0gaqTMc7DP9gE17mbDo9XAvetOaE-uSNCJCO4kiUPZ0W5SP4zwLtnrRT9Sk37ItgNY6Rh06FGLYE5WZO_owsE/s320/pio-xii-1.jpg" width="223" /></a>Essa crise não é um fato espetacular e isolado. Ela constitui, pelo contrário, um processo crítico já cinco vezes secular, um longo sistema de causas e efeitos que, tendo nascido, em momento dado, com grande intensidade, nas zonas mais profundas da alma e da cultura do homem ocidental, vem produzindo, desde o século XV até nossos dias, sucessivas convulsões. A este processo bem se podem aplicar as palavras de Pio XII a respeito de um sutil e misterioso “inimigo” da Igreja: “Ele se encontra em todo lugar e no meio de todos: sabe ser violento e astuto. Nestes últimos séculos tentou realizar a desagregação intelectual, moral, social, da unidade no organismo misterioso de Cristo. Ele quis a natureza sem a graça, a razão sem a fé; a liberdade sem a autoridade; às vezes a autoridade sem a liberdade. É um “inimigo” que se tornou cada vez mais concreto, com uma ausência de escrúpulos que ainda surpreende: Cristo sim, a Igreja não! Depois: Deus sim, Cristo não! Finalmente o grito ímpio: Deus está morto; e, até, Deus jamais existiu. E eis, agora, a tentativa de edificar a estrutura do mundo sobre bases que não hesitamos em indicar como principais responsáveis pela ameaça que pesa sobre a humanidade: uma economia sem Deus, um Direito sem Deus, uma política sem Deus”<sup>[1]</sup><br />
</span><br />
<div align="right"><span style="font-family: arial;"><i><sup>[1]</sup> Alocução à União dos Homens da A. C. Italiana, de 12-X-1952 – “Discorsi e Radiomessaggi”, vol. XIV, p. 359.</i></span></div><span style="font-family: arial;">Este processo não deve ser visto como uma seqüência toda fortuita de causas e efeitos, que se foram sucedendo de modo inesperado. Já em seu início possuía esta crise as energias necessárias para reduzir a atos todas as suas potencialidades, que em nossos dias conserva bastante vivas para causar por meio de supremas convulsões as destruições últimas que são seu termo lógico.<br />
Influenciada e condicionada em sentidos diversos, por fatores extrínsecos de toda ordem - culturais, sociais, econômicos, étnicos, geográficos e outros - e seguindo por vezes caminhos bem sinuosos, vai ela no entanto progredindo incessantemente para seu trágico fim.</span></div></div></div><div style="text-align: left;"><br />
<b style="color: #660000;"><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: small;"><i></i></span></b><b><span style="color: #660000; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: x-small;"><i></i></span></b><span style="font-size: x-small;"><span style="color: navy;"><i></i></span></span><b style="color: #660000;"><span class="style38"> </span></b></div><div style="text-align: left;"><b style="color: #660000;"><span class="style38">Para não ficar muito longo para os leitores, dividirei o Capítulo III em duas partes. No próximo artigo, serão abordados os diversos caracteres desta crise, ao longo da História, desde a decadência da Idade Média.<br />
<br />
Até lá!</span></b><br />
<b style="color: #660000;"><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: small;"><i></i></span></b><b><span style="color: #660000; font-family: Times,"Times New Roman",serif; font-size: x-small;"><i></i></span></b><span style="font-size: x-small;"><span style="color: navy;"><i></i></span></span><b style="color: #660000;"><span class="style38"> </span></b></div></div></div></div>*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-37965798332849592092012-01-11T02:12:00.003-02:002012-01-19T22:20:54.628-02:00Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução"<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC1jmSxZToshmcqP-4TVWmf8VmoBDMQQp0wq6tzQRnsKnLknmZmdL0eerSrMQ_gscdEU7vQb1ZdfVHaMs6m1Hf-zJv8dysqn6LqELV0s1qrvzsuOaZpME1MFSmCaA_0WE13UeDntd64n8/s1600/Capanova_peq.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC1jmSxZToshmcqP-4TVWmf8VmoBDMQQp0wq6tzQRnsKnLknmZmdL0eerSrMQ_gscdEU7vQb1ZdfVHaMs6m1Hf-zJv8dysqn6LqELV0s1qrvzsuOaZpME1MFSmCaA_0WE13UeDntd64n8/s320/Capanova_peq.jpg" width="271" /></a><b style="color: #660000;"><span style="font-size: small;">REVOLUÇÃO E CONTRA-REVOLUÇÃO é uma obra do Sr. Plínio Corrêa de Oliveira, que causou uma "magnífica impressão" ao Mons. Romolo Carboni, Núncio Apostólico no Peru, posteriormente Núncio junto ao governo italiano; uma "obra profética", palavras ditas pelo Pe. Anastasio Gutierrez, CMF, Decano emérito da Facul. de Direito Canônico da Univ. de Latrão, membro da Comissão de Reforma do Direito Canônico, reputado canonista em Roma; "uma edição atualizada da grandiosa obra de Sto. Agostinho 'De Civitate Dei'", dito pelo Pe. César Dainese SJ, Superior da Residência dos Padres Jesuítas de Pinheiral, RJ; que "tem um porte de uma Encíclica", impressão que teve o Prof. Fernando Serrano Misas, Catedrático da Facul. de Direito e diretor da revista 'Cristianidad', Espanha; e que é também "o mais importante documento jamais escrito, excetuada a Bíblia", dito por John Steinbacher, editor e escritor, EUA.</span></b><br />
<div style="color: #660000;"><b><span style="font-size: small;">Diante de tantos elogios, é inevitável que nos cause uma grande curiosidade a leitura desta obra. Foi o que fiz! </span></b></div><div style="color: #660000;"><b><span style="font-size: small;">Li toda a obra e passei estes últimos dias, tentando imaginar uma forma de levar ao conhecimento de todos, dada a sua importante mensagem - mais atual que nunca para os nossos dias tão sedentos de respostas. </span></b></div><div style="color: #660000;"><b><span style="font-size: small;">Daí eu ter decidido escrever neste Blog, no qual transcreverei textos do livro em vários e pequenos artigos para poder dar destaque às partes mais importantes (tarefa difícil, pois cada linha, cada palavra é imprescindível para um bom entendimento desta obra e, por isso, algumas vezes certos trechos serão colocados na íntegra), mas, sobretudo, inserindo ilustrações, a fim de torná-la mais atrativa aos que não têm paciência de ler.</span></b></div><div style="color: #660000;"><b><span style="font-size: small;">Nada complicado de entender, dado o fato de a leitura ser simples, absorvente e didática. </span></b><br />
<b><span style="font-size: small;">O livro é dividido em Primeira Parte - fala do que é a Revolução e seus contornos, causas, doutrina, etc - e divide-se </span></b><b><span style="font-size: small;">Introdução e </span></b><b><span style="font-size: small;">em Capítulos de I a XII; Segunda Parte - que fala da Contra-Revolução, uma forma de combater a Revolução hodierna, ou a Reação - que também divide-se em Capítulos de I a XII; e Terceira Parte, com Capítulos de I a III e suas sub-divisões, Conclusão e Pósfácio.</span></b></div><div style="color: #660000;"><b><span style="font-size: small;">O motivo principal de eu querer divulgar o livro é por ver muitas pessoas usarem o termo "revolução" como algo que traria "mudança" a uma ordem vigente - da qual não se agradam - e, com isso, implantar-se-ia uma nova ordem, ao gosto da, digamos, maioria queixosa ou descontente. Pois o termo para isso está errado! Vejamos:</span></b></div><div style="color: #660000;"><b><span style="font-size: small;">Tenho percebido muita gente refutar o comunismo, o socialismo, o liberalismo, o liturgicismo, enfim, mas não se dão conta de que, no fundo, estão a querer combater o que esta obra chama de "denominador comum".</span></b></div><br />
<span style="font-family: Arial;">O que é esse denominador comum? Uma doutrina? Uma força? Uma corrente de opinião?</span><br />
<br />
<div align="justify"><span style="font-family: Arial;">O estudo da Revolução e da Contra-Revolução excede de muito, em proveito, este objetivo limitado.</span></div><div align="justify"><span style="font-family: Arial;">Para demonstrá-lo, basta lançar os olhos sobre o panorama religioso de nosso País. Estatisticamente, a situação dos católicos é excelente: segundo os últimos dados oficiais constituímos 94%<sup>[2]</sup> da população. Se todos os católicos fôssemos o que devemos ser, o Brasil seria hoje uma das mais admiráveis potências católicas nascidas ao longo dos vinte séculos de vida da Igreja.</span></div><div align="justify"><br />
</div><div align="right"><span style="font-family: Arial;"><i><sup>[2]</sup> NOTA DO SITE: Dados de 1959. Atualmente o número de católicos no Brasil é de 74%, embora reduzido ainda é o maior país de população católica do mundo.</i></span></div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify"><span style="font-family: Arial;">Por que, então, estamos tão longe deste ideal? Quem poderia afirmar que a causa principal de nossa presente situação é o espiritismo, o protestantismo, o ateísmo, ou o comunismo? Não. Ela é outra, impalpável, sutil, penetrante como se fosse uma poderosa e temível radioatividade. Todos lhe sentem os efeitos, mas poucos saberiam dizer-lhe o nome e a essência.</span></div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify"><span style="font-family: Arial;">Este inimigo terrível tem um nome: ele se chama Revolução. Sua causa profunda é uma explosão de orgulho e sensualidade que inspirou, não diríamos um sistema, mas toda uma cadeia de sistemas ideológicos. Da larga aceitação dada a estes no mundo inteiro, decorreram as três grandes revoluções da História do Ocidente: </span><span style="font-family: Arial;">a Pseudo-Reforma, a Revolução Francesa e o Comunismo <sup>[3]</sup>.</span></div><div align="right"><span style="font-family: Arial;"><i><sup>[3]</sup> cfr. Leão XIII, Encíclica “Parvenus à la Vingt-Cinquième Année”, de 19-III-1902 – “Bonne Presse”, Paris, vol. VI, p. 279).</i></span><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><div align="justify"><span style="font-family: Arial;"><i> </i>O orgulho leva ao ódio a toda superioridade, e, pois, à afirmação de que a desigualdade é em si mesma, em todos os planos, inclusive e principalmente nos planos metafísico e religioso, um mal. É o aspecto igualitário da Revolução.</span></div><div align="justify"><span style="font-family: Arial;">A sensualidade, de si, tende a derrubar todas as barreiras. Ela não aceita freios e leva à revolta contra toda autoridade e toda lei, seja divina ou humana, eclesiástica ou civil. É o aspecto liberal da Revolução.</span></div><div align="justify"><span style="font-family: Arial;">Ambos os aspectos, que têm em última análise um caráter metafísico, parecem contraditórios em muitas ocasiões, mas se conciliam na utopia marxista de uma paraíso anárquico em que uma humanidade altamente evoluída e “emancipada” de qualquer religião vivesse em ordem profunda sem autoridade política, e em uma liberdade total da qual entretanto não decorresse qualquer desigualdade.</span></div><div align="justify"><br />
</div><div align="justify"><span style="font-family: Arial;">A Pseudo-Reforma foi uma primeira Revolução. Ela implantou o espírito de dúvida, o liberalismo religioso e o igualitarismo eclesiástico, em medida variável aliás nas várias seitas a que deu origem.</span></div><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjgK4YFgXsK47TcU-0UdpjaOIGTarESAoEfUcMJby3hnOqgmUODxT-DFSz4vTSHNzc-0w9tHgNtrgUpVYf4Ymmor1aPPsPSMg5AN5wrxwcWBTbL_8b17dxJgQZfo_lrHVOpnin9ux7sV8/s1600/alutero-na-dieta-de-worms.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="255" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjgK4YFgXsK47TcU-0UdpjaOIGTarESAoEfUcMJby3hnOqgmUODxT-DFSz4vTSHNzc-0w9tHgNtrgUpVYf4Ymmor1aPPsPSMg5AN5wrxwcWBTbL_8b17dxJgQZfo_lrHVOpnin9ux7sV8/s320/alutero-na-dieta-de-worms.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lutero na dieta de Worms</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"> <span style="font-family: Arial;">Seguiu-se-lhe a Revolução Francesa, que foi o triunfo do igualitarismo em dois campos. No campo religioso, sob a forma do ateísmo, especiosamente rotulado de laicismo. E na esfera política, pela falsa máxima de que toda a desigualdade é uma injustiça, toda autoridade um perigo, e a liberdade o bem supremo.</span></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit-3uD2-4_wpeFRjhEXVTrGFeodqwE1amcImUfbTUdNmNoN0cI7fcACltygv0GVbsNwEL6BSx8KzCfYjzQsBfPhLH3v-P7rFMTyQ5GzkBU7SarYWzgE3YmMJQAX461ATD_l6YJa5dA7yc/s1600/Marie_Antoinette_Execution1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit-3uD2-4_wpeFRjhEXVTrGFeodqwE1amcImUfbTUdNmNoN0cI7fcACltygv0GVbsNwEL6BSx8KzCfYjzQsBfPhLH3v-P7rFMTyQ5GzkBU7SarYWzgE3YmMJQAX461ATD_l6YJa5dA7yc/s320/Marie_Antoinette_Execution1.jpg" width="242" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Execução de Maria Antonieta</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"> <span style="font-family: Arial;">O Comunismo é a transposição destas máximas para o campo social e econômico.</span></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2w5nQkINdxRFj3NfSTgUevb6tLMw5y41Ykq-RHqImrAJ0cuADzxDeZNDJYzd9xPRZGtbGkYmaTqVOSV7kajZFyp6-vwDoRKOjp-4AajR7NnHGXxHdYt6Uk6ez76l3oa4HWdUBJkRPP-s/s1600/Soviet_Union_Lenin.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2w5nQkINdxRFj3NfSTgUevb6tLMw5y41Ykq-RHqImrAJ0cuADzxDeZNDJYzd9xPRZGtbGkYmaTqVOSV7kajZFyp6-vwDoRKOjp-4AajR7NnHGXxHdYt6Uk6ez76l3oa4HWdUBJkRPP-s/s320/Soviet_Union_Lenin.jpg" width="235" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lenin na URSS</td></tr>
</tbody></table><div align="justify"><span style="font-family: Arial;"><i> </i>Estas três revoluções são episódios de uma só Revolução, dentro da qual o socialismo, o liturgicismo, a “politique de la main tendue”, etc., são etapas de transição ou manifestações atenuadas. Sobre os erros através dos quais se opera a penetração larvada do espírito da Revolução em ambientes católicos, o Exmo. Revmo. Sr. D. Antônio de Castro Mayer, Bispo de Campos, publicou uma Carta Pastoral da maior importância<sup>[4]</sup>.</span></div><div align="right"><span style="font-family: Arial;"><i><sup>[4]</sup>Carta Pastoral sobre os Problemas do Apostolado Moderno - Boa Imprensa Ltda., Campos, 1953, 2ª. edição.</i></span></div><div align="right"><br />
</div><div style="text-align: left;"><span style="font-family: Arial;"><i> </i></span><span style="font-family: Arial;">Claro está que um processo de tanta profundidade, de tal envergadura e tão longa duração não pode desenvolver-se sem abranger todos os domínios da atividade do homem, como por exemplo a cultura, a arte, as leis, os costumes e as instituições.</span></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><span style="font-family: Arial;"><i> </i></span><b style="color: #660000;"><span style="font-size: small;">Aqui eu entro, para recordarmos de Antonio Gramsci, na sua obra </span></b><b style="color: #660000;">sob o título <i>"Cadernos do Cárcere</i>" (escrita na década de 30 e concluída em 1975), na qual ele </b><b style="color: #660000;">"<i>professava que a implantação do comunismo não deve se dar pela força, como aconteceu na Rússia, mas de forma pacífica e sorrateira, infiltrando, lenta e gradualmente, a idéia revolucionária. A estratégia é utilizar-se de diplomas legais e de ações políticas que sejam docilmente aceitas pelo povo, entorpecendo consciências e massificando a sociedade com uma propaganda subliminar, imperceptível aos mais incautos que, <i>a priori</i>, representam a grande maioria da população, de modo que, entorpecidos pelo melífluo discurso gramsciano, as consciências já não possam mais perceber o engodo em que estão sendo envolvidas.</i>" (texto retirado do artigo "Gramsci e a Comunização do Brasil" de Anatoli Oliynik). "</b><i><b style="color: #660000;"><span class="style38">Gramsci priorizou a mudança das mentalidades pela derrubada dos valores tradicionais, para implantar os valores da ideologia comunista".</span></b></i></div><div style="text-align: left;"><b style="color: #660000;"><span class="style38">Mas, o que REVOLUÇÃO E CONTRA-REVOLUÇÃO quer tratar é sobre </span></b><i><b style="color: #660000;"><span class="style38"> </span></b></i><span style="font-family: Arial;">os contornos da imensa avalancha que é a Revolução, dar-lhe o nome adequado, indicar muito sucintamente suas causas profundas, os agentes que a promovem, os elementos essenciais de sua doutrina, a importância respectiva dos vários terrenos em que ela age, o vigor de seu dinamismo, o “mecanismo” de sua expansão. Simetricamente, </span><b style="color: #660000;"><span class="style38">tratar</span></b><span style="font-family: Arial;"> depois de pontos análogos referentes à Contra-Revolução, e </span><b style="color: #660000;"><span class="style38">estudar</span></b><span style="font-family: Arial;"> algumas das suas condições de vitória.<br />
</span><b style="color: #660000;"><span class="style38">Então vamos lá!</span></b></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"></div><div align="center" class="tituloRCR">Parte I</div><br />
<div align="center" class="tituloartigo">Capítulo I<br />
Crise do Homem Contemporâneo<br />
<br />
<div style="text-align: left;"><span style="font-family: Arial;">As muitas crises que abalam o mundo hodierno - do Estado, da família, da economia, da cultura, etc. - não constituem senão múltiplos aspectos de uma só crise fundamental, que tem como campo de ação o próprio homem. Em outros termos, essas crises têm sua raiz nos problemas de alma mais profundos, de onde se estendem para todos os aspectos da personalidade do homem contemporâneo e todas as suas atividades.<br />
</span><br />
<div align="center" class="tituloRCR">Parte I</div><br />
<div align="center" class="tituloartigo">Capítulo II<br />
Crise do Homem Ocidental e Cristão<br />
<br />
<div style="text-align: left;"><span style="font-family: Arial;">Essa crise é principalmente a do homem ocidental e cristão, isto é, do europeu e de seus descendentes, o americano e o australiano. E é enquanto tal que mais particularmente a estudaremos. Ela afeta também os outros povos, na medida em que a estes se estende e neles criou raiz o mundo ocidental. Nesses povos tal crise se complica com os problemas próprios às respectivas culturas e civilizações e ao choque entre estas e os elementos positivos ou negativos da cultura e da civilização ocidentais.<br />
</span><b style="color: #660000;"><span style="font-size: small;">O Capítulo III, por ser mais extenso e mais detalhado, deixarei para o próximo artigo! </span></b></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><b style="color: #660000;"><span style="font-size: small;">Fiquem atentos!!! </span></b></div></div></div></div></div>*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-81310202263031485852011-08-23T22:19:00.000-03:002011-08-23T22:19:41.493-03:00É a pílula SÓ um "anticoncepcional"?<div style="color: #660000;"><b>A maioria das mulheres que usam pílulas anticoncepcionais não sabem da horrível realidade que se esconde por trás desta prática. </b></div><div style="color: #660000;"><b>Escondendo a verdade sobre os efeitos que os contraceptivos orais combinados provocam, os laboratórios enganam as usuárias, fazendo com que milhares de seres humanos estejam sendo mortos, ainda no ventre da mãe.</b></div><div style="color: #660000;"><b>E o que é pior: às custas da "vista grossa" da maioria dos médicos - muitos deles, cristãos - que os prescrevem, indiscriminadamente, sem questionamentos.</b></div><div style="color: #660000;"><b>Assistam atentamente a este vídeo, onde o Pe. Paulo Ricardo nos alerta sobre o uso criminoso de "anticoncepcionais" e lutemos, doravante, para impedir que ABORTOS OCULTOS aconteçam!</b></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/VXcpiktmYfM?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<br />
*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-10034038958766329032011-08-14T15:09:00.008-03:002011-08-15T09:22:33.876-03:00Sobre o uso do véu na Santa Missa<div style="color: #660000;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDAnXa_Tm9frQ4UNQWhyzuGCVjEc3QglsHTSXwOx7SlQxTvzZvaft7y1sQNz96SAms9npUwXorU5a8EwU6TZWpasiv7ARLzlvATo0jEKuOfYJ97Bf05BZvK-xMyumHFu4mR2HUGs_70_8/s1600/Crisma04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDAnXa_Tm9frQ4UNQWhyzuGCVjEc3QglsHTSXwOx7SlQxTvzZvaft7y1sQNz96SAms9npUwXorU5a8EwU6TZWpasiv7ARLzlvATo0jEKuOfYJ97Bf05BZvK-xMyumHFu4mR2HUGs_70_8/s1600/Crisma04.jpg" /></a></div><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Para as mulheres católicas que desejam saber mais sobre o uso do véu na Santa Missa, deixo aqui um artigo da Juliana Fragetti Ribeiro Lima e uma palestra do Pe. Paulo Ricardo.</b></div><br />
<br />
<span style="color: black;"><b style="color: #660000;">O artigo:</b> </span><br />
<br />
<h3 class="post-title entry-title">POR QUE USAR O VÉU</h3><br />
<span style="font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="color: #351c75; font-weight: bold;"><span class="Apple-style-span">Juliana Fragetti Ribeiro Lima</span></span></span><br />
<div><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">Publicado originalmente no blog </span><a href="http://tantumergo.wordpress.com/2008/07/11/porque-usar-o-veu/"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">Tantum Ergo</span></a></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqvF6Hg0upBvGH2d3V2cdxnPN7L64tUpLUvnqKqFwk17am66vcigFbSDyb8ZimVWxt5umjii_FDQ8MXzNS5j-8B6HVv5IBTQ7MCKx_-qpo3Db9qaYE8xz3oug-uo87VxBcwzK2UQGpe_c/s1600/vc3a9u_thumb2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqvF6Hg0upBvGH2d3V2cdxnPN7L64tUpLUvnqKqFwk17am66vcigFbSDyb8ZimVWxt5umjii_FDQ8MXzNS5j-8B6HVv5IBTQ7MCKx_-qpo3Db9qaYE8xz3oug-uo87VxBcwzK2UQGpe_c/s320/vc3a9u_thumb2.jpg" width="189" /></a>Sei que hoje isso é algo considerado “ultrapassado”, “radical” entre outras coisas. Muitos dirão que isso até é reflexo de um costume machista e que inferioriza a mulher e tal. Mas isso não é verdade. Eu estou me referindo ao uso do véu na Santa Missa. Aliás, não só na Santa Missa, mas em qualquer ato de devoção.</div><div style="text-align: justify;">Primeiro temos que entender o motivo. </div><div><div style="text-align: justify;">Um deles é bíblico. <i>“Quero, porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo. Todo homem que ora ou profetiza com a cabeça coberta desonra a sua cabeça. Mas toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça, porque é a mesma coisa como se estivesse rapada.” </i>(1 Co 11.3-5)</div><div style="text-align: justify;">Veja que na Escritura, S. Paulo fala que é vergonhoso que oremos com a cabeça descoberta. Que em sinal de submissão devemos ter a cabeça coberta. Oras, dirá você, mas que argumento machista, por causa de homens eu vou cobrir minha cabeça? Não. Não é machismo, é um reconhecimento: Deus fez o homem, que é a sua (de Deus) glória. E dele (de Adão, do homem) nos fez, sendo nós a sua (do homem) glória (1 Co 11.7). Além disso, diz S. Paulo, que devemos cobrir a cabeça por causa dos anjos (1 Co 11.10).</div><div style="text-align: justify;">Além disso, temos um motivo mais sublime. Muito mais. Não é por homens que o fazemos, mas pelo Senhor. Veja, até os anjos cobrem seu rosto em face de estarem diante de Deus (Is 6.2)!! Os anjos são puros, sem pecado, mas reconhecem o que é estar diante da majestade de Deus, diante do Criador de todas as coisas e cobrem seu rosto. Não iremos nós também nos cobrir diante de Cristo presente no Santíssimo Sacramento?</div><div style="text-align: justify;">Sim, não só na hora da missa, pois se estivermos na igreja, o Senhor está lá no Sacrário, sempre presente. Se formos fazer atos piedosos (orar, etc.) em público, ainda que não na igreja, também convém, pois não estaríamos nós com isso testemunhando nosso amor a Jesus, assim como Nossa Senhora o fez?</div><div style="text-align: justify;">Uma outra coisa interessante, é que nos tempos do Antigo Testamento, descobrir a cabeça da mulher estava relacionado à vergonha, maldição, etc.</div><div style="text-align: justify;">Em Números, depois de falar de como proceder no caso de adultério, o texto sagrado diz que <i>“Então apresentará a mulher perante o Senhor, e <b>descobrirá a cabeça da mulher</b>, e lhe porá na mão a oferta de cereais memorativa, que é a oferta de cereais por ciúmes; e o sacerdote terá na mão a água de amargura, que traz consigo a <b>maldição</b>” </i>(Números 5.18) </div><div style="text-align: justify;">A Igreja sempre recomendou o uso do véu. São Jerônimo, escrevendo uma carta, abordou o assunto dizendo:<span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"></span><br />
<blockquote><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">“É comum nos mosteiros do Egito e da Síria que as virgens e viúvas que se entregaram a Deus, renunciaram ao mundo e jogaram ao chão os prazeres, peçam às mães de suas comunidades que cortem seus cabelos; não que depois elas possam ir com as cabeças descobertas em desafio ao mandamento do Apóstolo, elas usam uma capa fechada e véu.” (Carta 147, 5)</span></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Hoje se diz muito por aí que “o que importa é o interior”, etc. Mas a grande verdade é que não somos “puro espirito” e sim somos uma unidade de corpo e alma, e o interior e exterior se refletem mutuamente. E, com freqüência, o nosso exterior revela o nosso interior, a nossa fé e espiritualidade. Cá pra nós, não é estranho você ver alguém que se diz muito temente a Deus andando com roupas sensuais, etc? Você e eu esperaríamos (corretamente) que a vida e o exterior dessa pessoa correspondessem à alta profissão de fé que ela faz, não é?</div><div style="text-align: justify;">Além do mais, veja que tudo que é importante na liturgia da Igreja é coberto: o cálice com o Sangue de Nosso Senhor é coberto durante a missa até o momento da consagração, O sacrário, onde fica permanentemente o Corpo de Nosso Senhor, é coberto por um véu frontal. A Virgem Santíssima também. Você já viu uma imagem da Ssma. Virgem onde ela estivesse descoberta? Repare que em todas as invocações que conhecemos dela, a vemos de véu.</div><div style="text-align: justify;">O véu por séculos simbolizou a castidade, a modéstia e a santidade da mulher cristã. A Igreja sabendo disso, instava por todos os séculos com suas filhas que o usassem, simbolizando pureza, santidade, humildade, qualidades que vemos em Nossa Senhora. Por que então não adotarmos uma coisa tão simples, mas como vimos, tão cheia de significados?</div><div style="text-align: justify;"></div><br />
Fonte: <a href="http://www.avidasacerdotal.com/2009/05/por-que-usar-o-veu.html">http://www.avidasacerdotal.com/2009/05/por-que-usar-o-veu.html </a></div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><b style="color: #660000;">A palestra:</b></div><div></div><div style="color: #351c75;"><br />
<b>Palestra do Pe. Paulo Ricardo, ministrada no grupo de formação Cor Mariae, em Cuiabá, MT.</b></div><div style="color: #351c75;"><b><br />
</b></div><span class="Apple-style-span" style="color: #333333; line-height: 21px;"><b><span class="Apple-style-span" style="color: #333333; line-height: 21px;"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;"> </span></span></span></b></span><br />
<div><div style="text-align: left;"><br />
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;">Link</span></b><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;">: </span></span><a href="http://www.4shared.com/audio/KwPGKbWs/Cor_Mariae_12_-_O_Piedoso_Uso_.html"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia,'Times New Roman',serif;">http://www.4shared.com/audio/KwPGKbWs/Cor_Mariae_12_-_O_Piedoso_Uso_.html</span></a><br />
<br />
</div><div style="text-align: left;"><b style="color: #660000;">Não deixem de assistir!!!</b></div></div>*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-85549403795854962512011-08-12T15:10:00.005-03:002011-08-15T09:35:49.546-03:00Pudor e Modéstia - no modo de ser e no vestir-se.<div style="color: #660000;"><b><span style="color: #351c75;">Cristina Froes </span></b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhRmkCNEmGzeNacck8zdwK2yb9eBbDrtQM8hzjXBpPQj3czRrvVD91MgYEpY7qOn7YGq2f0HLQz_z_MWWe926q8EAPYlKeUr8Zpn0lLZd_Xu210CWJiepdS1MmHoLdCDWJcvIsTj7OFY0/s1600/jacinta.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhRmkCNEmGzeNacck8zdwK2yb9eBbDrtQM8hzjXBpPQj3czRrvVD91MgYEpY7qOn7YGq2f0HLQz_z_MWWe926q8EAPYlKeUr8Zpn0lLZd_Xu210CWJiepdS1MmHoLdCDWJcvIsTj7OFY0/s1600/jacinta.jpg" /></a></div><b>Toda a mulher cristã deveria mirar-se no exemplo de Nossa Mãe Santíssima; jamais ser como "...infames instrumentos de que o inferno se serve para perder as almas." ( Santo Cura d'Ars <span style="text-decoration: underline;"></span>). </b></div><div style="color: #660000;"><b><br />
</b></div><b style="color: #660000;">O pecado tornou opaco o olhar humano. Ao contemplar o outro, o olhar não recorda que está diante de uma pessoa, passando a ver o outro como mero objeto. Neste caso, é imprescindível o recato, tanto no modo de ser, como no modo de se vestir - algo que pouco se vê em nossos dias, principalmente por parte de muitas mulheres.</b><br />
<div style="color: #660000;"><br />
</div><div style="color: #660000;"><br />
<br />
<br />
<br />
<b>Neste vídeo, Pe. Paulo Ricardo nos fala sobre Pudor e Modéstia. Saiba o significado de cada uma destas palavras e reflitam:</b></div><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/LFQHkWBxHSM?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
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<div style="color: #660000;"><br />
</div><div style="color: #660000;"><b>Abaixo, selecionei alguns modelos de roupas modestas, contemporâneas e elegantes que uma mulher cristã, filha de Maria, pode usar nos dias de hoje, sem estar necessariamente fora de moda:</b><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhwvFnWoUAat5uuroIWdEq4i6CICgOvTfHqS1K7aZCSINYeDapp8N7gPLlIa61Lq-uB8Ryo_hsludpGq7uuePelTBHukHe5r5kmbfIB8C5MGhNv06GUyOY8LaMX6QiiP-7J7HBjgl2ehE/s1600/OgAAAEpMJhjMV-Re03ma_sMzAW4XiT2jyi_w5XfbPC6kPo9XdZqMlswJthdcTGgeYWO-vwFMIlaKACpESzztzpOTcnQAm1T1UCg7dYGBR8JXkxgmnYwgnoS0Xbd1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhwvFnWoUAat5uuroIWdEq4i6CICgOvTfHqS1K7aZCSINYeDapp8N7gPLlIa61Lq-uB8Ryo_hsludpGq7uuePelTBHukHe5r5kmbfIB8C5MGhNv06GUyOY8LaMX6QiiP-7J7HBjgl2ehE/s320/OgAAAEpMJhjMV-Re03ma_sMzAW4XiT2jyi_w5XfbPC6kPo9XdZqMlswJthdcTGgeYWO-vwFMIlaKACpESzztzpOTcnQAm1T1UCg7dYGBR8JXkxgmnYwgnoS0Xbd1.jpg" width="256" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkYyyD_Uq3wo8PFbsKrETe8ZlFBGTieAPG1sVMoUEOdMAVb5mu1rSqr4f1iE6KmM0BjHZycL27HA3rSKZvX_l_mKF1iewfI4f-HQeh2JiaSF9b2yJMjJC125JgUCCVutLc_3bHUxi8XVQ/s1600/39146796EN_2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkYyyD_Uq3wo8PFbsKrETe8ZlFBGTieAPG1sVMoUEOdMAVb5mu1rSqr4f1iE6KmM0BjHZycL27HA3rSKZvX_l_mKF1iewfI4f-HQeh2JiaSF9b2yJMjJC125JgUCCVutLc_3bHUxi8XVQ/s320/39146796EN_2.jpg" width="251" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxoFuNqeR8YMZKCRd2B10ThngZeAvjnjGPYBhitjwVVhKXgieCBIRXjqNmosBM3zMK1cCGVWbtafwpP47e0JMjThtJSr_5mrIv_FtGe4JbzNJGk5JqFnUfi1xR4NpritymeVQebzIoPcY/s1600/47847.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxoFuNqeR8YMZKCRd2B10ThngZeAvjnjGPYBhitjwVVhKXgieCBIRXjqNmosBM3zMK1cCGVWbtafwpP47e0JMjThtJSr_5mrIv_FtGe4JbzNJGk5JqFnUfi1xR4NpritymeVQebzIoPcY/s320/47847.jpg" width="255" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyZQkY0Hfv9sLTUd14HtL_tvXziPytxne0NjMerJwptjFCqBpqnNeGTAhs7rfAnozT1sTUiKIULSg3xzG9mzjofZmxMcgZXqGWm9X6aej9YgRcuw6FdfDDUckxMHvBg-DwXA8ap2H03Wk/s1600/599_vestidos-inverno_01LINHA+PURA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyZQkY0Hfv9sLTUd14HtL_tvXziPytxne0NjMerJwptjFCqBpqnNeGTAhs7rfAnozT1sTUiKIULSg3xzG9mzjofZmxMcgZXqGWm9X6aej9YgRcuw6FdfDDUckxMHvBg-DwXA8ap2H03Wk/s320/599_vestidos-inverno_01LINHA+PURA.jpg" width="232" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzYuedjHiDWmXzgDVwwzgFilodPw47Ii2OkKgHombFKmPuTTuK9moUeAx0xKHmOqyZI09TdqxL2aays3sBsr52fS63u0ZAQVFW1Qdr4kD93rujrw85uBmOaYSRiPBXuZzeROUevZ_237Q/s1600/S09_luau_vl.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzYuedjHiDWmXzgDVwwzgFilodPw47Ii2OkKgHombFKmPuTTuK9moUeAx0xKHmOqyZI09TdqxL2aays3sBsr52fS63u0ZAQVFW1Qdr4kD93rujrw85uBmOaYSRiPBXuZzeROUevZ_237Q/s320/S09_luau_vl.jpg" width="201" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br />
<b style="color: #660000;">Fonte:</b> <a href="http://feminaonline.blogspot.com/">http://feminaonline.blogspot.com/</a><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmLlIl_5ujermjwxjc6qULncDBGlozpKSsT_7jN77Cr9Pqls24WGli62parY_4DsyXNhwiAl5d5KhdsV6DUSow-HGHp4uPBpiZMUOsnm78zl2FgWaj43vug1gghTs6UAU-ofhBPPEX4co/s1600/vestidomodesto2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmLlIl_5ujermjwxjc6qULncDBGlozpKSsT_7jN77Cr9Pqls24WGli62parY_4DsyXNhwiAl5d5KhdsV6DUSow-HGHp4uPBpiZMUOsnm78zl2FgWaj43vug1gghTs6UAU-ofhBPPEX4co/s320/vestidomodesto2.jpg" width="202" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9FrylhS3nKLhjHSercECdEXJWN6bmG2VhrFIflk61UWwH4zFIG865ac5rQobM3ZRop9s3wNVdfDXLdZEu5D3w2qzRzvzVPw6XewlvFMjrr3qZgsUq6NBLkK8IMHaUNUaFmUplKLanJzQ/s1600/23.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9FrylhS3nKLhjHSercECdEXJWN6bmG2VhrFIflk61UWwH4zFIG865ac5rQobM3ZRop9s3wNVdfDXLdZEu5D3w2qzRzvzVPw6XewlvFMjrr3qZgsUq6NBLkK8IMHaUNUaFmUplKLanJzQ/s320/23.jpg" width="230" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-0c4SkM4nSoO51srwfQEmYyN63k_o7EnL_4vhYTlYba7nTs1CcrZuVObyK5llzDvAl4EtwfBr4MVQAzq100ls7YmMbmIfWIKW2va812nx6cPL3BJ8y50rwIyibyW9UkO0CdM8uMhT4-w/s1600/011-21.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-0c4SkM4nSoO51srwfQEmYyN63k_o7EnL_4vhYTlYba7nTs1CcrZuVObyK5llzDvAl4EtwfBr4MVQAzq100ls7YmMbmIfWIKW2va812nx6cPL3BJ8y50rwIyibyW9UkO0CdM8uMhT4-w/s320/011-21.jpg" width="139" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJreRZhA9tA7mfBUZ1oFeaD4tgCzo21acMm_TTAp1IP_0LsHJu8b121YgKrcf_Bee1ruZK9-iAngkNwQtEUKzoeUd9Ow0jcLWzQPSWf9V9NXTRY3iPEm1YOMbTpJkgveluz5xhHn6EqlA/s1600/detalhesdovestido.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJreRZhA9tA7mfBUZ1oFeaD4tgCzo21acMm_TTAp1IP_0LsHJu8b121YgKrcf_Bee1ruZK9-iAngkNwQtEUKzoeUd9Ow0jcLWzQPSWf9V9NXTRY3iPEm1YOMbTpJkgveluz5xhHn6EqlA/s320/detalhesdovestido.png" width="237" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3UlCzagn1yXE_GN9B5Aqdag7EASPURdVFxMJ_NUFTSwlN7xCxoGPFAdwhnkgQERgQuESAaUXBHMythfq-zl5fufzTbcuCNb5lD6k-ojVyM9nn7LGa-zdr6qJD8Fmu0-lnj4TomNSrvT0/s1600/inverno-modesto-um.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3UlCzagn1yXE_GN9B5Aqdag7EASPURdVFxMJ_NUFTSwlN7xCxoGPFAdwhnkgQERgQuESAaUXBHMythfq-zl5fufzTbcuCNb5lD6k-ojVyM9nn7LGa-zdr6qJD8Fmu0-lnj4TomNSrvT0/s320/inverno-modesto-um.jpg" width="261" /></a></div><br />
<b style="color: #660000;">Fonte:</b> <a href="http://teusvestidos.wordpress.com/">http://teusvestidos.wordpress.com/</a><br />
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<div style="color: #660000;"><b>Aproveito também para mostrar alguns argumentos às interessadas em se vestir com modéstia. Do blog "Teus Vestidos" (<a href="http://teusvestidos.wordpress.com/">http://teusvestidos.wordpress.com/</a>) que procura reunir bons exemplos de roupas para a mulher católica:</b></div><div style="color: #660000;"><br />
</div><br />
<div style="text-align: justify;"><a href="http://teusvestidos.files.wordpress.com/2011/05/teusvestidossaia.jpg"><img alt="" class="size-full wp-image-2445" height="290" src="http://teusvestidos.files.wordpress.com/2011/05/teusvestidossaia.jpg?w=899&h=653" title="teusvestidossaia" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><a href="http://teusvestidos.files.wordpress.com/2011/05/quadro1.jpg"><img alt="" class="aligncenter size-full wp-image-2447" height="705" src="http://teusvestidos.files.wordpress.com/2011/05/quadro1.jpg?w=490&h=705" title="quadro1" width="490" /></a></span></div><a href="http://teusvestidos.files.wordpress.com/2011/05/quadro2.jpg"><img alt="" class="aligncenter size-full wp-image-2450" height="731" src="http://teusvestidos.files.wordpress.com/2011/05/quadro2.jpg?w=490&h=731" title="quadro2" width="490" /></a><br />
<a href="http://teusvestidos.files.wordpress.com/2011/05/quadro42.jpg"><img alt="" class="aligncenter size-full wp-image-2456" height="703" src="http://teusvestidos.files.wordpress.com/2011/05/quadro42.jpg?w=490&h=703" title="quadro4" width="490" /></a><br />
<a href="http://teusvestidos.files.wordpress.com/2011/05/quadro5.jpg"><img alt="" class="aligncenter size-full wp-image-2457" height="497" src="http://teusvestidos.files.wordpress.com/2011/05/quadro5.jpg?w=490&h=497" title="quadro5" width="490" /></a><br />
<a href="http://teusvestidos.files.wordpress.com/2011/05/quadro6.jpg"><img alt="" class="aligncenter size-full wp-image-2459" height="769" src="http://teusvestidos.files.wordpress.com/2011/05/quadro6.jpg?w=490&h=769" title="quadro6" width="490" /></a><br />
<a href="http://teusvestidos.files.wordpress.com/2011/05/quadro7.jpg"><img alt="" class="aligncenter size-full wp-image-2460" height="701" src="http://teusvestidos.files.wordpress.com/2011/05/quadro7.jpg?w=490&h=701" title="quadro7" width="490" /></a>*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4184418593578521403.post-50169898887938361712011-08-10T09:41:00.000-03:002011-08-10T18:43:36.080-03:00Brasil profundo: um Brasil que fica à margem da mídia e dos projetores da publicidade.<b style="color: #660000;"><span style="color: #351c75;">Cristina Froes</span></b><br />
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<b style="color: #660000;">Eles estão no poder, sim! O quadro que se vislumbra não é dos melhores. Mas nem tudo está perdido!<br />
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Convido, porém, a todos os leitores para antes lerem este artigo que D. Bertrand de Orleans e Bragança escreveu às vésperas do 2º turno das últimas eleições para presidente, onde ele nos chama a atenção para este "Brasil profundo" - em suas palavras, "um amplo setor conservador do eleitorado sem legítimo porta-voz" - mas não tão ignorado pelos que estão agora no poder:</b><br />
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<a href="http://www.ipco.org.br/home/noticias/insurreicao-eleitoral">http://www.ipco.org.br/home/noticias/insurreicao-eleitoral</a><br />
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<b style="color: #660000;">É verdade que a Dilma venceu. Mas não venceu por grande margem de votos. Não foi uma vitória arrebatadora. E mais mostrou que o Brasil está dividido.<br />
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Mesmo sem militância conservadora que preste, o Brasil não embarcou, "in totum", na aventura petista! Mesmo sem uma militância conservadora pra valer, mesmo com um inerme candidato como foi e é o Serra, que fez uma campanha modorrenta, ainda assim, o eleitorado se dividiu bastante...<br />
<br />
A quê se deve isso?</b><br />
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<span style="color: #660000;">"Não existirá também um Brasil profundo? Um Brasil que fica à margem da mídia e dos projetores da publicidade?" (D. Bertrand de Orleans e Bragança)</span><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPDMt1pPWv7c-wTonQ7iby1Q0ZT2FTssfCfeczyD8HcZFQM3AeqrYyWN1y7NHK1azordrkUMErW0b8laJbn__QTJ7JakyRzODTT6bHqGfjMOc3-1ZTvczDc38ILCCacUr_b7gCiWccsVs/s1600/ATcAAADCkv5BIBHDn_kGuJyr4aPto9BzAqeoeM3tFLCjtk_2HbHbe396FdhO-XmB1X4qraviustDCUyhNyXn9RDJR79EAJtU9VAWFOdamudcNl6FkNSk0avIEThrjQ.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPDMt1pPWv7c-wTonQ7iby1Q0ZT2FTssfCfeczyD8HcZFQM3AeqrYyWN1y7NHK1azordrkUMErW0b8laJbn__QTJ7JakyRzODTT6bHqGfjMOc3-1ZTvczDc38ILCCacUr_b7gCiWccsVs/s1600/ATcAAADCkv5BIBHDn_kGuJyr4aPto9BzAqeoeM3tFLCjtk_2HbHbe396FdhO-XmB1X4qraviustDCUyhNyXn9RDJR79EAJtU9VAWFOdamudcNl6FkNSk0avIEThrjQ.jpg" /></a></div> D. Bertrand de Orleans e Bragança<br />
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<b style="color: #660000;">Penso que hoje, após estas últimas eleições, mesmo embaídos por utopias fracassadas, já não se negam a ver a realidade e nem ignoram a imensa rotação que se vai produzindo em importantes setores de uma nação que exerce papel decisivo no mundo e é presentemente o grande baluarte do Ocidente Cristão.<br />
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Nossa gente, de "per si", é conservadora, mas instintivamente conservadora. O povo brasileiro é conservador, só que não se dá conta disso e não tem uma clareza quanto a este ponto de vista. <br />
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Quando Lula se apresentava como ele realmente era e é, não conseguia nada. Com uma maquiagem quase "conservadora", mostrando-se como um moderado, até mesmo, um "moderador", vejam onde o povo o colocou!<br />
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Quando Dilma pousou de católica e anti-abortista, o povo a elegeu! Imagine se Dilma gritasse, à la Chavez: "Socialismo ou morte!"...acham mesmo que ela ganharia as eleições? <br />
<br />
Ao invés de ares totalitaristas, Dilma foi à Missa. Atrapalhou-se com a liturgia, representou o papel de católica como canastrona, mas teve de fazê-lo para não perder as eleições. Teve de mostrar-se "religiosa", ainda que entre aspas, mas "religiosa". Senão, ofenderia o Brasil verdadeiro. Senão, perderia as eleições.<br />
<br />
Por que não se disse atéia e socialista? Por que não se disse, escancaradamente, atéia, abortista e socialista?<br />
<br />
Vejam, o Estado pode ser laico, mas nossa sociedade está longe de ser atéia! E, ainda por cima, é de maioria cristã, majoritariamente católica apostólica romana! Gostem ou não os gramscistas!<br />
<br />
O que falta para o brasileiro é conscientização! É um povo facilmente manipulável. E os comunistas gramscistas sabem muito bem disso.<br />
<br />
E o que os gramscistas agora querem, como coroamento da revolução cultural é acabar, até, com o tal "conservadorismo instintivo" do nosso povo. <br />
<br />
Por isso, investem no Kit-Gay para o ensino fundamental. Eles querem "formar", ou antes, "deformar" os brasileiros desde cedo.<br />
<br />
Se conseguirem, aí, sim, o Brasil verdadeiro que conhecemos (aquilo que D. Bertrand chama de Brasil profundo), terá desaparecido.<br />
<br />
Enquanto esse Brasil profundo existir, os gramscistas patinarão. Colecionarão algumas vitórias, mas nunca terão o poder absoluto que querem.<br />
<br />
<br />
Vejam por exemplo o que aconteceu para que Dilma conseguisse a vitória:<br />
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O programa de governo da Dilma incluía, totalmente, o PNDH-3. E este programa foi registrado junto ao TSE no último dia para isso. Foi registrado de manhã. À tarde, a coordenação de campanha foi ao Tribunal e trocou o programa, amenizando-o substancialmente.<br />
<br />
Isso não nos deve fazer crer que eles se "emendaram". Foi só uma mudança de tática e estratégia. Mas foi necessário para eles, porque com aquele plano, ela perderia as eleições.<br />
<br />
Eles jogam na certeza de manipulação do povo, vestindo rapidinho uma pele de cordeiro e apostando que conseguem, assim, enganar os eleitores.<br />
<br />
Claro que isso tudo não é "vantagem", mas é um sinal. Um sinal de que nem tudo está perdido e temos como reverter!<br />
<br />
Essa cambada precisa se colocar em pele de cordeiro para ser aceita - o que significa que nosso povo não está tão moralmente dominado como estão os povos da Venezuela, Bolívia e Equador, por exemplo.<br />
<br />
Dilma tem muito, muito a seu favor, mas nem tudo!<br />
<br />
Se tentar passar o aborto ou a eutanásia pelo Congresso, a sociedade irá protestar, como protestou contra o PNDH-3.<br />
<br />
Por que o PNDH-3 já não é uma realidade? Porque houve gritaria da sociedade - bem ou mal, mas houve!<br />
<br />
Essa esquerdalha sabe que no Brasil, por pior que seja nossa situação, não dá para meter o pé na porta e arrombar tudo...<br />
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Esse PNDH-3 já era para estar implantado!!!<br />
<br />
Essa cambada petista gramscista está no poder, sem dúvida! Mas eles não estão absolutamente tranquilos, não.<br />
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São espertos, mas não inteligentes... e isso conta a nosso favor!<br />
<br />
Lula que - diziam - elegeria até um poste, não conseguiu eleger a Dilma "de qualquer jeito". A Dilma teve que se amoldar, ainda que de fachada, ao Brasil verdadeiro, ao Brasil profundo de D. Bertrand.<br />
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O PNDH-3 é um paradigma!<br />
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A reação foi certeira - e olhem que ainda foi tímida! Mas já frustrou a implantação do plano no próprio governo Lula, como era o objetivo.<br />
<br />
Ah, mas agora tem o Kit-Gay, a campanha à favor do Desarmamento...<br />
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Sim, fazem volteios para conseguirem o que querem. Porém a necessidade de terem de fazer estes volteios, é sinal de que estamos vivos e reagindo! Eles estão encontrando reação! Não a reação ideal, mas há uma reação.<br />
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Os gramscistas-petistas têm conseguido muita coisa, mas com a reação certa, muito pode ser impedido neste país que temos.<br />
<br />
O Brasil é um grande país, praticamente um continente inteiro! Não é como "dominar" a Venezuela ou o nanico Equador.<br />
<br />
Penso que muito do que nos salva é nossa dimensão territorial - bendita herança de D. João VI e D. Pedro I! Fôssemos do tamanho do Uruguay, "já era"!<br />
<br />
Claro que se ninguém reage, eles acabam conseguindo mesmo, pois eles só conseguem ascender a algum poder se disfarçando.<br />
<br />
E nossa reação na internet (Twitter, Facebook, Blogs etc) mostrou seus efeitos!<br />
<br />
Eu acredito que é preciso uma injeção de otimismo em nossa gente, principalmente em NOSSA GENTE (os conservadores).<br />
<br />
Não é um otimismo à la Polyana...de modo algum!<br />
<br />
É reconhecer a gravidade da situação, com os gramscistas no governo e na máquina do Estado, como o estão, mas que só estão por que se disfarçam - o que revela que o radicalismo que professam não encontra eco no Brasil verdadeiro. Ou seja: ainda há um Brasil; ainda há uma pátria!<br />
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A campanha contra o PNDH-3 é uma prova da organização, ainda que muito tênue da sociedade contra o arbítrio, que fez com que esse projeto fosse frustrado.<br />
<br />
Sabemos que outras tentativas virão.<br />
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Não me iludo, por exemplo, tal qual Ives Gandra, que já dá a luta como "ganha" não!<br />
<br />
Eles voltarão à carga, inclusive com o PNDH-3. Mas também encontrarão, talvez, uma resistência ainda mais madura a essa sandice comunista!<br />
<br />
Sim, porque o Brasil verdadeiro, o tal "Brasil profundo" de D. Bertrand é contra o aborto, fundamentalmente, porque é o herdeiro da Cristandade, do Catolicismo que nos foi legado desde o descobrimento!<br />
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É claro que não podemos "dormir em berço esplêndido" sobre essa realidade, porque essa cambada está trabalhando, diuturnamente, justamente para mudar essa realidade e formar gerações de brasileiros já divorciados do legado do Brasil profundo ainda vigente.<br />
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Temos de nos mobilizar!<br />
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Mas não podemos dizer que estamos vendidos. Não estamos derrotados. E nem subestimemos nossa capacidade de reação! Sim, reação!<br />
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Sejamos orgulhosamente reacionários!<br />
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Ser reacionário, neste caso, é reagir contra a destruição não só do Brasil, mas de toda a civilização que o lastreia.<br />
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Portanto, antes de nos ofendermos, tenhamos orgulho de sermos chamados de direita reacionária.<br />
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Somos de Direita, opostos da esquerda! E reacionários, pois reagimos à tentativa de dominação totalitária! <br />
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Negar isso, é dar a vitória ideológica ao inimigo!<br />
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É negar o nosso Brasil profundo! Um Brasil marcadamente majoritário, em contraste com um Brasil de superfície, cosmopolitizado e afinado com as últimas modas, indumentárias, ideológicas ou outras, segundo as palavras de advertência de Plínio Corrêa de Oliveira em seu livro “Projeto de Constituição Angustia o País”:</b><br />
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<span style="color: #660000;">“À medida que o Brasil de superfície caminhe para a extrema esquerda, irá se distanciando mais e mais do Brasil de profundidade. E este último irá despertando, em cada região, do velho letargo. E de futuro os que atuarem na vida pública de nosso País terão de tomar isso em consideração. E, em vez de olharem tão preponderantemente para o Brasil cosmopolitizado que se agita, terão de olhar para o Brasil conservador que constitui parte da população dos grandes centros e se patenteia mais numeroso na medida em que a atenção do observador desce das grandes cidades para as médias, das médias para as pequenas e destas últimas, já meio imersas no campo, para nossas populações especificamente rurais”.</span><br />
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<b style="color: #660000;">E essa é a idéia que eu queria passar a todos: ainda há uma pátria! Um Brasil profundo que deve ser considerado e que precisa tomar posição! Precisa acordar!<br />
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É esse Brasil profundo, que, coerente com nosso hino, ainda dorme em "berço esplêndido', mas precisa ser despertado! </b><br />
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<b style="color: #660000;"><a href="http://comentaseporai.blogspot.com/2011/04/brasil-profundo-um-brasil-que-fica.html"><br />
</a></b>*Cristinahttp://www.blogger.com/profile/04248763005430786711noreply@blogger.com0