domingo, 2 de dezembro de 2012

Para quem não leu "Revolução e Contra-Revolução" - Parte XIX

Neste artigo, transcreverei o Capítulo IV, da Parte II, do livro "Revolução e Contra-Revolução", onde Dr. Plínio Corrêa de Oliveira define o que é um contra-revolucionário e, também, estabelece a diferença entre este e o "semicontra-revolucionário" - que é um filho da Revolução - como explicitou muito bem, anteriormente, no Capítulo IX da parte I, deste mesmo livro. Ou seja: segundo o autor, na alma do semicontra-revolucionário começa a vacilar o ídolo da Revolução, pois embora possa viver em meio fortemente tradicionalista e moralizado, tem o espírito marcado pela mesma. Assim que um autêntico contra-revolucionário só poderá ser total! Vejamos, então, o que é um contra-revolucionário:

Parte II

Capitulo IV
O que é um contra-revolucionário?
Pode-se responder à pergunta em epígrafe de duas maneiras:

1. EM ESTADO ATUAL

Em estado atual, contra-revolucionário é quem:

- Conhece a Revolução, a ordem e a Contra-Revolução em seu espírito, suas doutrinas, seus métodos respectivos.
- Ama a Contra-Revolução e a ordem cristã, odeia a Revolução e a “anti-ordem”.
- Faz desse amor e desse ódio o eixo em torno do qual gravitam todos os seus ideais, preferências e atividades.
Claro está que essa atitude de alma não exige instrução superior. Assim como Santa Joana D Arc não era teólogo mas surpreendeu seus juizes pela profundidade teológica de seus pensamentos, assim os melhores soldados da Contra-Revolução, animados por uma admirável compreensão do seu espírito e dos seus objetivos, têm sido muitas vezes simples camponeses, da Navarra, por exemplo, da Vendéa ou do Tirol.
2. EM ESTADO POTENCIAL

Em estado potencial, contra-revolucionários são os que têm uma ou outra das opiniões e dos modos de sentir dos revolucionários, por inadvertência ou qualquer outra razão ocasional, e sem que o próprio fundo de sua personalidade esteja afetado pelo espirito da Revolução. Alertadas, esclarecidas, orientadas, essas pessoas adotam facilmente uma posição contra-revolucionária. E nisto se distinguem dos “semicontra-revolucionários” de que atrás falávamos[1].
[1] Parte I - Cap. IX.

Interessante observar que aqui se faz mais nítida a distinção entre os semicontra-revolucionários e o autêntico contra-revolucionário: este "Ama a Contra-Revolução e a ordem cristã, odeia a Revolução e a “anti-ordem”, como disse o Dr. Plínio. Mas estes ainda são poucos, hoje em dia. Não obstante, os semicontra-revolucionários até conservam - em um ou muitos pontos - uma atitude contra-revolucionária, porém se encontram impregnados pela Revolução, mormente, pela tática gramscista da mesma, como já falei anteriormente. São ainda a grande maioria!

No próximo artigo será abordada a tática da Contra-Revolução. Até lá!

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